2018, um ano dominado pelo grande incêndio de Monchique

Eis o balanço deste ano de 2018, com base no trabalho que o Sul Informação foi fazendo ao longo de doze meses intensos

O ano de 2018 foi dominado pelo grande incêndio de Monchique, que decorreu durante uma longa semana de Agosto e deixou muitos problemas para resolver. Mas talvez tenha também, finalmente, contribuído para mudar mentalidades e formas de atuação.

No campo das notícias negativas, espaço ainda para o tornado que, em Março, causou prejuízos sobretudo no concelho de Faro. Uma das zonas afetadas foi o acampamento cigano do Cerro do Bruxo, cujos habitantes foram levados para o pavilhão desportivo municipal, onde tiveram direito a visita do Presidente da República.

Aliás, o estado do tempo, com tornados, tempestades com direito a nome, vagas de calor, chuva a menos ou a mais, foi tema recorrente ao longo de todo o ano.

Outros factos relevantes, a nível regional, foram as eleições para a Região de Turismo do Algarve e mais tarde para a Associação Turismo do Algarve, ambas ganhas por João Fernandes.

O anúncio formal da criação do Tech Hub Algarve, que vai envolver a universidade, empresas e cérebros regionais e não só, foi uma boa notícia, assim como a formalização, em Alcoutim, do Observatório Nacional de Combate à Desertificação, que poderá atrair para este concelho periférico saber e gente.

De resto, na EN125 fizeram-se obras de remendos no troço do Sotavento, até porque os trabalhos de fundo não se sabe ainda quando começarão. Na ferrovia, sucederam-se os percalços, com a palavra da ordem do dia na Linha do Algarve a ser «suprimido».

2018 foi igualmente o ano de afirmação da programação cultural apoiada pelo 365 Algarve. Eventos como o Lavrar o Mar, o Festival do Contrabando, o Video Lucem, o Jazz nas Adegas ou o Cataplay, para apenas citar os de maior sucesso, colocaram a animação cultural algarvia no mapa a nível nacional, mesmo fora de época.

2018 foi também o ano que viu desaparecer muitas figuras importantes do Algarve, mortes das quais o Sul Informação foi dando notícia.

A 4 de Janeiro, morreu Carlos Lourenço, antigo presidente da Assembleia Municipal de Faro, dois dias depois o coronel José Manuel Rosa Pinto, botânico e estudioso da flora algarvia.

Nesse mesmo dia, faleceu José Correia Leal, ex presidente da Assembleia Municipal de Silves. Quase a terminar o mês, a 25 de Janeiro, morreu Ana Isabel Leiria, professora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve.

Em Fevereiro, no dia 23, morreu de forma completamente inesperada o presidente da Câmara de Albufeira, Carlos Silva e Sousa.

Em Março, no dia 9, foi a vez do empresário inglês John Stilwell, fundador do Hotel e do campo de golfe da Penina.

Em Junho, faleceram Emídio Serrano, antigo presidente da Assembleia Municipal de Portimão (dia 18), e José Manuel Tengarrinha, resistente anti fascista, deputado, investigador (dia 29). No dia 16 de Julho, morreu Francisco Correia, antigo presidente da Junta de Freguesia de Portimão.

José Louro, semeador de teatro e de cultura no Algarve, faleceu a 10 de Agosto, e Vítor Reia-Baptista, professor da Universidade do Algarve, criador do curso de Ciências da Comunicação, no dia 16. Neste mesmo mês, desapareceu ainda José Luís Cabrita, arqueólogo amador e antigo vereador da Câmara de Silves.

O antigo juiz do Supremo Mário Varges Gomes, marido da presidente da Câmara de Portimão, morreu no dia 31 de Outubro. Santos Serra, poeta, advogado e antigo presidente da Assembleia Municipal de Albufeira, faleceu a 29 de Novembro.

Em Dezembro, o dia das vésperas de Natal foi terrível: morreram o professor Joaquim Romero de Magalhães, que ainda poucos dias antes tinha sido agraciado com o título de doutor honoris causa pela Universidade do Algarve.

Faleceu ainda, nesse mesmo dia 24, João Santos, fundador e sócio número 1 da associação Almargem, bem como Maria João Calapez, radialista e considerada «a voz da Fatacil».

Para o nosso jornal, o ano que ontem terminou foi de sucesso: em Julho lançámos o novo site, com mais funcionalidades e novos conteúdos, em Setembro formalizámos um acordo com o Jornal de Notícias, que há-de dar ainda mais frutos em 2019, em Dezembro recebemos dois prémios nacionais de jornalismo: o Prémio Sapo Media Digital e o Prémio Nacional Jornalismo de Inovação.

Eis o balanço deste ano de 2018, com base no trabalho que o Sul Informação foi fazendo ao longo de doze meses intensos:

 

Janeiro

Imagens do alegado caos vivido nas urgências de Faro no início de 2018, que foi negado pela administração do CHUA

Logo no primeiro dia do ano, um cachalote juvenil foi encontrado encalhado na praia de Monte Gordo, mas conseguiu regressar ao mar, com a ajuda de voluntários e de elementos da lancha salva-vidas de Vila Real de Santo António. O cachalote acabou por ser encontrado sem vida, no dia seguinte, na praia da Armona, em Olhão.

Também a começar o ano, surgiram denúncias da parte dos enfermeiros do Hospital de Faro, acompanhadas por imagens, de que se estavam a viver situações de caos nas urgências. Uma realidade negada pela administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, que, ainda assim, procedeu a um reforço dos recursos humanos pouco tempo depois.

Em Portimão, soube-se que iria avançar a obra de requalificação da já muito degradada esquadra da PSP da cidade, um investimento que andará «entre os 800 mil e o milhão de euros», segundo revelou ao Sul Informação a presidente da Câmara de Portimão Isilda Gomes.

Esta não foi a única boa nova recebida por Portimão neste mês, já que também ficou a saber que iria ser Cidade Europeia do Desporto em 2019.

Em Faro, o Palácio de Belmarço ganhou uma nova vida, fruto de um investimento que se adivinha avultado – o valor exato não foi revelado – feito pelo empresário João Rodrigues, que é o atual presidente do Farense e dono da marca de vinhos Couteiro-Mor.

A obra foi apresentada aos jornalistas durante mais uma edição do Faro Positivo, onde foi também foi dada a conhecer a nova fábrica de transformação de Alfarroba da empresa Chorondo e Filhos, na qual foram investidos 7 milhões de euros.

Ainda na capital algarvia, foi apresentada uma versão preliminar da proposta de revisão do PDM, que tira a linha de caminho-de-ferro da baixa e abre a porta para a criação de uma nova estação na zona do Patacão, além de prever um corredor para construção de um traçado alternativo da linha.

Apesar desta intenção não ser novidade, desta vez a Câmara de Faro garante que já obteve luz verde da parte das Infraestruturas de Portugal, a dona da linha férrea.

 

Projeto da Câmara de Faro e do CCMar para o Porto Comercial de Faro

Igualmente bem acolhida, neste caso pela ministra do Mar Ana Paula Vitorino, foi a visão da Câmara e do CCMar para o Porto Comercial de Faro, o projeto Farformosa, que pretende revolucionar esta zona. Em Janeiro, a ministra criou um grupo de trabalho «com o objetivo de apresentar o Plano de Ordenamento do Espaço afeto ao Porto Comercial de Faro e ao Cais Comercial».

Outro membro do Governo, neste caso Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, esteve na capital algarvia, a acompanhar o primeiro-ministro António Costa, e anunciou que as obras de eletrificação da Linha do Algarve seriam lançadas ainda em 2018, o que acabou por não acontecer.

Na Praia do Peneco, em Albufeira, surgiu uma autêntica cratera, que depressa foi denunciada nas redes sociais. A Agência Portuguesa do Ambiente veio a público explicar que se tratava de uma obra de construção de um apoio de praia, devidamente licenciada, o que não impediu pesadas críticas e o pedido de suspensão da intervenção por parte de associações ambientalistas, nomeadamente da Almargem.

Outro tema que agitou a atualidade, no primeiro mês de 2018, foi a draga que se virou e afundou na barra da Armona. A Autoridade Marítima apressou-se a tomar medidas para evitar potenciais acidentes ambientais, nomeadamente o derrame de combustível e óleo, mas, apesar das (muitas) tentativas, não conseguiu retirar o barco naufragado.

O Sul Informação também deu um salto à Luz de Tavira, para falar com os arqueólogos que têm vindo a tentar saber mais sobre a antiga cidade romana de Balsa e ficou a saber que há um anteprojeto para continuar os trabalhos, delimitar os limites da cidade e até criar um Centro Interpretativo. Falta, agora, dinheiro para o levar avante.

De volta à capital algarvia, foi denunciada a falta de espaço nos cemitérios de Faro, um problema admitido pela Câmara Municipal, mas que se revelava de difícil resolução. O cemitério antigo, dentro da cidade, já há muito tem problemas de espaço. Já no novo, que foi construído nos arredores da cidade, não se podem enterrar os corpos, devido às caraterísticas do solo e, mesmo nos gavetões, «os cadáveres mumificam, em vez de se decomporem», segundo a Câmara.

 

Uma das “crateras” na Via do Infante que foram arranjadas após as obras realizadas pela concessionária da A22

Em Castro Marim, continuava a guerra política entre o executivo minoritário do PSD e a oposição. Apesar de ter conseguido a aprovação da proposta de Orçamento Municipal, ainda que à segunda tentativa, Francisco Amaral foi obrigado a acabar com a Unidade de Saúde Móvel, situação que gerou trocas de acusações entre o edil e os eleitos pelo PS.

Também na sequência das autárquicas de 2017, José Liberto Graça e Steven Piedade, presidentes das Juntas de Freguesia da Luz de Tavira e Santo Estêvão (Tavira) e do Montenegro (Faro), respetivamente, foram eleitos para o conselho diretivo da Associação Nacional de Freguesias.

Entretanto, o presidente da Câmara de Aljezur José Amarelinho viu o Tribunal Constitucional negar-lhe um recurso, confirmando dessa forma a sentença de perda de mandato a que tinha sido condenado em primeira instância pelo Tribunal de Lagos, em 2012, devido a ilegalidades no licenciamento de obras no Vale da Telha. O autarca ainda se manteve em funções, mas não por muito tempo.

Na Via do Infante, onde as portagens tinham aumentado no início do ano, foram realizadas obras de manutenção há muito reclamadas pelos utentes. A intervenção foi feita na zona do Sotavento, após um coro de protestos dos automobilistas nas redes sociais, devido ao elevado estado de degradação do piso e à existência de buracos.

Em Janeiro, o Sul Informação entrevistou Anabela Afonso, então a nova comissária do programa “365Algarve”, que deu conta das ideias que tinha para o futuro. Entre elas, estava o reforço da comunicação dirigida a residentes estrangeiros, para chegar aos seus amigos que vivem noutros países.

Com o iniciar de 2018, a Sociedade Polis Ria Formosa entrou em liquidação, mas nem por isso deixou de lançar obras e de avançar com demolições. Logo em Janeiro, foram enviadas novas notificações a proprietários de casas nos Hangares e no Farol, que voltaram a recorrer aos tribunais para tentar parar o derrube das casas. Desta feita, abriram uma conta, para quem quisesse apoiar.

No Dia de Reis, morreu José Manuel da Rosa Pinto, de 76 anos, coronel da Infantaria reformado, especialista em botânica e profundo conhecedor da flora algarvia. Foi, a par da professora Maria Manuela David, o criador do Algu-Herbário da Universidade do Algarve, que contém mais de 14 mil plantas, das quais 2500 recolhidas no campo pelo botânico.

Também faleceram, no primeiro mês do ano, José Correia Leal, antigo presidente da Assembleia Municipal de Silves, Ana Isabel Leiria, professora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve (UAlg) e Carlos Lourenço, antigo presidente da Assembleia Municipal de Faro.

 

Fevereiro

Carlos Silva e Sousa morreu em Fevereiro de 2018

Fevereiro de 2018 ficou marcado pela morte inesperada de Carlos Silva e Sousa, o presidente da Câmara de Albufeira, que chocou o concelho e a região. O funeral do edil albufeirense juntou mais de um milhar de pessoas, entre os quais o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.

Ainda em Fevereiro, José Carlos Rolo, até então vice-presidente da Câmara de Albufeira, assumiu a presidência do município.

Um dia antes de morrer, Carlos Silva e Sousa foi um dos presidentes de Câmara que se uniram a associações empresariais algarvias, a associações ambientalistas, a movimentos anti-petróleo e a figuras públicas para dizer um sonoro e definitivo “Não!” à prospeção e exploração de gás e petróleo ao largo de Aljezur, numa iniciativa que teve lugar em Loulé.

A Câmara de Loulé esteve, de resto, bem ativa no segundo mês do ano. Começou por assumir a competência pela EN270, substituindo-se ao Estado na construção do troço que falta da Circular Norte da cidade.

Alguns dias depois, anunciou a construção de uma via panorâmica, a Sul da cidade de Loulé, integrada num parque urbano e agrícola que aí será criado, e a extensão da Avenida do Atlântico, na entrada de Quarteira para quem vem de Loulé. De caminho, deu a conhecer o mais recente monumento de Loulé, o catálogo da exposição “Loulé: Territórios. Memórias. Identidades”.

Também em maré de anúncio de intervenções estruturantes esteve o presidente da Câmara de Lagoa, que revelou ao Sul Informação os seus planos para revolucionar a baixa de Ferragudo, tornando-a mais amiga dos peões.

 

Estragos causados pelo tornado na Doca de Faro

Com a chegada do Carnaval, Loulé voltou a estar no centro das atenções. Em 2018, saíram às ruas da cidade a gerigonça e as bolas de Reinaldo, para participar no Carnaval Summit de Loulé. Na mesma altura, em Moncarapacho, a dona Isménia explicava ao Sul Informação a alma de outro famoso desfile carnavalesco do Algarve.

Já na cidade de Olhão, a população podia, novamente, atravessar a Passagem de Nível junto à estação de Caminho-de-Ferro, fechada desde o início do ano.

Entretanto, chegou o frio, o que levou Faro a tomar medidas para aquecer o corpo e alma dos sem-abrigo, ação acompanhada pelo repórter do Sul Informação. A temperatura descia, mas a chuva teimava em andar ausente, mantendo-se a situação de seca que durava há meses.

Em Fevereiro houve, de resto, um incêndio, em Alte, que foi combatido recorrendo aos meios de sete corporações de bombeiros do Algarve e do Alentejo, ajudados um meio aéreo. No mesmo dia, em Faro, os bombeiros combateram um incêndio num armazém, no Chalé das Canas, junto à Quinta da Senhora Menina.

A chuva acabou por chegar já no final do mês. No dia 28 de Fevereiro o Algarve esteve sob aviso amarelo devido à chuva e ao vento, mas foi um fenómeno meteorológico raro que acabou por ser notícia.

Nesse dia, Faro foi surpreendido por um tornado de fraca intensidade, que ainda assim teve força suficiente para virar barcos na Doca, a zona mais atingida, e causar estragos em carros e esplanadas.

Loulé vibrou com a conquista do título de Campeão da Europa de Futsal pela seleção onde alinha o filho da terra Pedro Cary

Entretanto, Portugal foi campeão da Europa de Futsal, uma conquista vivida intensamente em Loulé, terra natal de Pedro Cary, que ajudou a conquistar o título. E foi também em Loulé que terminou a 44ª Volta ao Algarve, que foi ganha por Michal Kwiatkowski, da Sky.

Em Faro, a candidatura a Capital Europeia da Cultura tinha desenvolvimentos, mas uma das principais estruturas culturais do concelho, a ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve, vivia momentos de incerteza, devido aos atrasos nos apoios às artes. Uma situação que colocava em dúvida a programação do Teatro Lethes, gerido pela companhia teatral.

Fevereiro foi, igualmente, o mês escolhido por Paulo Águas, o novo reitor da Universidade do Algarve, para se reunir com empresários da região e dar-lhes a conhecer o que a academia tem para oferecer.

As empresas já se deparavam, por esta altura, com dificuldades em arranjar mão-de-obra para trabalhar no Algarve, o que os levou a procurar trabalhadores noutras regiões e até noutros países.

O segundo mês do ano ficaria, ainda, marcado pela demissão dos diretores de serviço da unidade de Faro do Centro Hospitalar Universidade do Algarve, uma saída que foi desvalorizada pelo ministro da Saúde, que falou em divergência pontual.

Houve ainda tempo para a realização das duas semi-finais do Festival da Canção, onde se iniciaria a escolha do representante português no Festival da Eurovisão, que se iria realizar em Lisboa. O Algarve esteve representado pelo farense Diogo Piçarra, pelo olhanense Júlio Resende e pela vilarrealense Susana Travassos.

A música composta por Júlio Resende foi uma das apuradas para a final, bem como a de Diogo Piçarra, mas apenas num primeiro momento. Acusações de plágio levaram o cantor farense a afastar-se, apesar de ter negado ter copiado a canção, tendo Susana Travassos avançado para a decisão derradeira.

 

Março

Tornado desalojou a comunidade cigana do Cerro do Bruxo, que teve de ser acolhida no Pavilhão Municipal de Faro

Um novo tornado e três tempestades com direito a nome sobressaltaram o Algarve, em Março e marcaram o mês. A destruição começou logo no primeiro dia – o tornado de fraca intensidade que atingira Faro a 28 de Fevereiro demonstrou ser um prenúncio – e seguiram-se vários episódios, que em conjunto criaram avultados prejuízos.

Logo na madrugada de dia 1 de Março, por influência da tempestade Ema, a forte agitação marítima causou estragos em diversos pontos da costa algarvia.

Na Praia de Faro, as ondas galgaram a duna, escavaram o areal e chegaram mesmo a invadir o quarto de uma guesthouse.

Em Portimão, a zona mais fustigada era a Praia da Rocha, onde o bar No Solo Aqua foi arrasado. A força do mar proporcionava imagens impressionantes, que o Sul Informação captou.

No Sotavento, o temporal também causou estragos, nomeadamente na Ilha de Tavira, onde o mar galgou dunas até chegar onde raramente chega, levando tudo o que encontrou com ele.

Ainda se avaliavam estragos do temporal quando o Algarve voltou a ser atingido por um tornado, ainda mais intenso do que o de Fevereiro.

Na noite de 4 de Março, um domingo, aquele que, mais tarde, havia de ser confirmado como um tornado, entrou em terra na Praia de Faro, subiu até à zona da Campina, neste concelho, e evoluiu de Barlavento para Sotavento, pela zona do Barrocal, voltando ao mar em Cacela Velha.

Em Faro, os ventos muito fortes arrasaram o acampamento cigano do Cerro do Bruxo, deixando as várias famílias que ali viviam desalojadas. A comunidade de etnia cigana foi acolhida no Pavilhão Municipal de Faro e pediu ajuda para recuperar o que havia perdido.

Outra zona de Faro onde a destruição foi grande foi em Bela Curral, nos arredores da cidade de Faro, que foi atingida em força pelo fenómeno meteorológico, como mostra um vídeo captado por populares.

Os relatos recolhidos pelo Sul Informação, na manhã seguinte, já no concelho de Olhão, davam conta de um tornado com «grande força» e que chegou acompanhado de um som parecido com aviões.

Os fortes ventos circulares também deixaram a sua marca em Altura, onde árvores foram arrancadas e carros e telhados danificados, e em Cacela Velha, onde uma autocaravana se virou, causando um ferido.

Marcelo Rebelo de Sousa a visitar uma exploração agrícola que foi arrasada pelo tornado, em Faro

O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa depressa se dirigiu à região, para ver com os seus próprios olhos os estragos causados pelo tornado, mas também para apelar à tolerância e à inclusão.

A comunidade cigana do Cerro do Bruxo aproveitou a presença de Marcelo Rebelo de Sousa para pedir uma solução de habitação permanente ou, pelo menos, a instalação de pré-fabricados que pudessem utilizar. A Câmara de Faro rejeitou esta proposta, mas ajudou a comunidade de etnia cigana a reconstruir o seu acampamento.

Dias mais tarde foi a vez do ministro do Ambiente se deslocar à região, já com a perspetiva de fazer um levantamento dos prejuízos e saber o valor da fatura a pagar.

Até final do mês, sucederam-se os avisos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, a alertar para a chuva e ventos fortes e para a elevada agitação marítima. A justificá-los estiveram outras duas tempestades, a Félix, que chegou a meio do mês, e a Gisele, que veio logo de seguida.

Destas, só a tempestade Félix deixou a sua marca na região, ao arrancar parte do novo telhado do Pavilhão Municipal de Olhão.

Com o passar dos dias, começaram a ser contabilizados, também, os estragos com consequências de longo prazo causados pelas tempestades.

Em Cacela Velha, o mar bravo abriu uma barra frente à aldeia e comeu parte da arriba onde se erguem a igreja e a fortaleza. Uma situação vista com preocupação pela comunidade local, nomeadamente pela associação ADRIP,  que temia consequências para o rico património histórico local.

Marcas deixadas pelo Temporal de Março em Cacela Velha

Também preocupante era a situação do último produtor de ostras de Cacela, que revelou ao Sul Informação que se preparava para desistir da sua atividade, por falta de condições.

Ainda assim, nem tudo eram más notícias, no que toca a esta aldeia histórica. É que foi em Março que se ficou a saber que as escavações arqueológicas voltariam a Cacela Velha e, desta feita, os trabalhos envolveriam alunos de uma universidade do Canadá.

Esta nova campanha arqueológica envolveu a Câmara de VRSA, a Direção Regional de Cultura e a Universidade do Algarve.

A academia algarvia haveria de estar em foco mais vezes, ao longo do mês de Março, pelas melhores razões. Na sequência do temporal, uma equipa do CCMar salvou corais que haviam sido arrancados, com o objetivo de os replantar. Entretanto, uma equipa de investigadores da Ualg lançou a aplicação Milage, uma explicadora portátil de matemática.

Na área da cultura, o mês foi marcado por diversas iniciativas com o selo do “365Algarve”. Uma delas foi o Festival Internacional de Música do Algarve, que arrancou naquele mês e levou música a diversos pontos do Algarve até Maio.

Em Alcoutim, voltava-se a contrabandear cultura entre Portugal e Espanha, em nova edição do Festival do Contrabando. A animação era muita e nem os secretários de Estado do Turismo e da Cultura resistiram a dar um pé de dança.

No Barlavento Algarvio, continuava o Lavrar o Mar, outros dos eventos âncora do “365 Algarve”. Neste mês, o teatro chegou a Marmelete, no concelho de Monchique, acompanhado de música e copinhos de medronho.

Margarida Tengarrinha também esteve em destaque, em Março, ao lançar o livro “Memórias de uma Falsificadora”, onde conta episódios da sua vida na clandestinidade, antes do 25 de Abril.

José Amarelinho suspendeu o mandato de presidente da Câmara de Aljezur

Em Ourique, o Porco Preto voltou a ser rei e a ter um festival inteiramente a ele dedicado. O Sul Informação esteve lá e registou os momentos bem originais proporcionados pelo certame, nomeadamente o concurso de grunhidos.

No desporto, a seleção nacional feminina de futebol fez história, ao garantir um inédito 3º lugar na Algarve Cup. Para isso, teve de vencer a Austrália, uma das mais fortes seleções de futebol feminino do mundo.

As tempestades, neste caso figuradas, também chegaram à política. José Amarelinho, presidente da Câmara de Aljezur, que tinha visto o Tribunal Constitucional recusar o seu recurso da decisão que determinava que iria perder o seu mandato, suspendeu funções e foi substituído pelo até então vice-presidente, José Gonçalves.

A AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve veio a público anunciar que a introdução de uma taxa turística no Algarve tinha sido aprovada por unanimidade, mas depressa foi desmentida pela presidente da Câmara de Silves Rosa Palma, que assegurou que não concordava com a medida e que votaria contra – não o fez por não estar presente na reunião em causa.

Os anteriores detentores do cargo de presidente da Câmara de Silves – Isabel Soares e Rogério Pinto – também foram notícia, por terem sido condenados pelo tribunal a pagar 267 mil euros ao município, no âmbito do caso “Viga d’Ouro”.

Já em Castro Marim, a situação mostrava-se mais calma do que nos primeiros meses do ano e era anunciada a construção de um novo hotel na sede de concelho, um investimento privado de perto de 2,5 milhões de euros.

Março de 2018 também ficou marcado pela morte de John Stilwell, o criador do primeiro campo de golfe do Algarve e do hotel Penina.

 

Abril

Exemplo de elevado grau de degradação da EN125, no Sotavento, que motivou obras de emergência nesta estrada

A EN125 esteve na ordem do dia no mês de Abril de 2018, não só porque se ficou a saber que, afinal, a culpa de não haver ainda autorização para fazer obras estruturantes não era do Tribunal de Contas, mas também porque foram anunciadas obras de emergência para requalificar o troço desta estrada entre Olhão e Vila Real de Santo António, que estava muito degradado.

Mas vamos por partes. A meio do mês, uma delegação composta por elementos do Movimento de Cidadania dos Utentes da EN125 -Sotavento e por autarcas de Castro Marim e VRSA reuniu-se com o diretor do Tribunal de Contas, que garantiu que esta entidade aguardava, desde 28 de Março, uma resposta da Infraestruturas de Portugal  e que não era a primeira vez que o processo estava parado longo tempo à espera de esclarecimentos da empresa.

No dia seguinte ao Sul Informação ter avançado com a notícia, o secretário de Estado das Infraestruturas Guilherme d’Oliveira Martins esteve em Faro para se reunir com os presidentes de Câmara do Algarve e anunciar de viva voz o avanço de obras de emergência, a ser concluídas antes do Verão.

Ainda o membro do Governo não tinha concluído a reunião e já a IP anunciava publicamente que ia avançar com obras de emergência não só na EN125, mas também na EN124 e na EN396, todas elas no Algarve.

Apesar das garantias que foram deixadas por Guilherme d’Oliveira Martins, os social–democratas Francisco Amaral e Conceição Cabrita, presidentes das Câmaras de Castro Marim e VRSA, respetivamente, defenderam que a intervenção só serviria para tapar buracos. Até porque nunca avançariam obras de fundo antes de 2019.

Entretanto, o presidente da IP António Laranjo garantiu aos edis algarvios que iria responder ainda nessa semana ao Tribunal de Contas.

Infraestruturas de Portugal apontou inicio da obra de eletrificação da Linha do Algarve para 2019, quando chegou a estar anunciada para 2018

Cerca de duas semanas antes, Carlos Fernandes, o vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, tinha anunciado em Faro que a eletrificação da Linha do Algarve entre Tunes e Lagos e Faro e Vila Real de Santo António ia custar 57 milhões de euros e avançaria em 2019.

Além do ajustamento da data de começo da obra, atirando-a para o ano seguinte – quando que o ministro do Planeamento e Infraestruturas tinha anunciado em Janeiro que começava em 2018-, Carlos Fernandes avançou que a ligação ferroviária ao Aeroporto de Faro ia ser estudada e que era «um problema essencialmente ambiental».

Em Loulé, os primeiros dias do mês trouxeram o início da obra de construção do novo posto da GNR de Almancil. Ao mesmo tempo, a Câmara louletana pensava já na valorização do património e lançava a ideia de candidatar a festa da Mãe Soberana a Património Cultural e Imaterial da Humanidade.

Em Portimão, havia obras a inaugurar e outras a tomar forma. A há muito reclamada nova ETAR da Companheira foi, finalmente, inaugurada pela Águas do Algarve. Além de ter perdido os maus cheiros associados à antiga Estação de Tratamento, Portimão ganhou no seu território uma infraestrutura moderna e inovadora.

Já a Câmara de Portimão apresentava o projeto de requalificação do largo da Igreja Matriz, onde o reforço da identidade do centro histórico é um ponto de honra.

Em Vila Real de Santo António, era inaugurado o novo cais para acolher as carreiras fluviais internacionais do Guadiana.

O Governo também assinou, em Abril, um protocolo de cooperação com a associação Algarve Safe Communities, tendo em vista o reforço da segurança dos estrangeiros no Algarve.

Após um mês de Março repleto de chuva, a seca no Algarve foi finalmente dada como acabada – ou quase, pois restava uma zona no Nordeste Algarvio nesta situação.

A chuva encheu as barragens, mas as tempestades que a trouxeram deixaram muitos estragos. Ao todo, foram canalizados para o Algarve 800 mil euros para fazer face aos estragos causados pelos temporais na orla costeira.

De caminho, foi assinado entre o Ministério do Ambiente e a Câmara de Portimão o contrato de empreitada da dragagem do canal e barra da Ria de Alvor, com a reposição das areias retiradas na praia de Alvor Nascente (Três Irmãos), com início marcado para Outubro.

Foi também em território portimonense, nos Monumentos Megalíticos de Alcalar, que foi lançada a programação de mais uma edição do programa DiVaM, da Direção Regional de Cultura.

Espetáculos de estruturas culturais algarvias voltaram a dar vida a monumentos algarvios, entre os quais aquele que acolheu a cerimónia de apresentação do programa, que, ainda no mês de em Abril, voltou à pré-história por um dia.

Joaquina Matos liderou a comitiva de Lagos que foi a Alcácer Quibir, em Marrocos, assinar um acordo de geminação

Foi também a pensar na sua herança cultural que uma delegação da Câmara de Lagos, encabeçada pela presidente Joaquina Matos, viajou até Marrocos, para assinar um acordo de geminação com Alcácer Quibir. O Sul Informação foi o único órgão de informação convidado a acompanhar a visita, onde se procurou transformar «um momento trágico em ato de cooperação».

Abril foi também um mês em que as caminhadas estiveram em destaque. Desde logo porque houve dois festivais de caminhadas no Algarve, em Alcoutim e no Ameixial, mas também porque se ficou a saber que iria nascer um terceiro em Lagos.

Entretanto, o Algarve foi atingido por novo fenómeno extremo de vento localizado, descrito por testemunhas como um tornado. Desta vez, aconteceu em Albufeira durante a madrugada e causou danos em carros estacionados no parque de uma superfície comercial.

As esponjas do mar de Sagres também se tornaram notícia, já que são elas que fornecem o componente essencial para um novo fármaco que está a ser desenvolvido por uma empresa algarvia. Este projeto valeu à Sea4Us o prémio SME Instruments do programa Horizonte 2020 da Comissão Europeia, no valor de 50 mil euros.

Na AMAL, era finalmente eleito o substituto de Miguel Freitas como 1º Secretário da AMAL, cerca de 9 meses depois da sida do agora secretário de Estado das Florestas para o Governo. Brandão Pires foi o nome escolhido para ocupar este importante cargo, embora não tenha existido unanimidade entre os presidentes da Câmara do Algarve.

Também a eleições foi o Portimonense, com os sócios a reconduzir Fernando Rocha como o presidente do clube.

A fechar o mês de Abril, o Algarve ficou a saber que teria, em 2018, mais uma Bandeira Azul que no ano anterior, graças ao regresso a esta lista da praia do Pintadinho, no concelho de Lagoa. Com 89 zonas balneares galardoadas, a região algarvia voltou a ser aquela em que mais praias exibiram este selo de qualidade.

 

 

Maio

Maio, no Sul Informação, foi mês de grandes entrevistas. Começou com uma entrevista a Conceição Cabrita, a primeira que a presidente da Câmara de Vila Real de Santo António deu, depois da sua eleição. Sobre as complicadas contas daquele município, a autarca revelou que a receita passava por cortar nas «gorduras» e renegociar com a banca. Apesar das boas intenções, ainda não foi em 2018 que a Câmara da cidade do Guadiana saiu do vermelho.

No turismo, houve muitas novidades: o festival de caminhadas voltou a encher-se de gente e a deixar a sua marca no Ameixial, enquanto, na Região de Turismo do Algarve, se soube que a presidência seria disputada por duas pessoas: João Fernandes, que era vice-presidente, e Desidério Silva, o então presidente. O vencedor acabou por ser João Fernandes.

No Baixo Alentejo, o Festival Terras sem Sombra continuou a somar sucessos. Em Ferreira do Alentejo, a pianista norte-americana Pauline Yang garantiu ao Sul Informação que nunca esquecerá o festival alentejano.

A Semana Académica animou Faro, com muita música, enquanto no concelho vizinho se soube que o construtor de guitarras recordista do Guinness “reforçou” o Loulé Criativo.

De volta a Faro, uma boa notícia: o mosaico romano do Deus Oceano, do Museu da capital algarvia, passou a ser o primeiro Tesouro Nacional do Algarve.

Em Portimão, a fragata francesa Hermione visitou a cidade e foi acompanhada por dezenas de embarcações na sua chegada ao porto da cidade, numa festa presenciada pelo Sul Informação e reportada em vídeo, fotografia e texto.

Maio foi também o mês em que a antiga resistente anti fascista, deputada, pintora e escritora Margarida Tengarrinha comemorou os seus 90 anos de vida bem vivida…e recebeu um voo de parapente como prenda.

José Amarelinho, a braços com um longo processo judicial, renunciou à presidência da Câmara de Aljezur. No fim do mês, soube-se que passaria a ser o primeiro secretário geral da Associação de Municípios Terras do Infante.

Também em Maio, o Sul Informação foi a Lisboa, à presidência do Conselho de Ministros, entrevistar, com alguns dos principais órgãos de informação regional do país, o ministro Siza Vieira. E soube-se que o Governo está a estudar sistema para «remunerar» o interior pelos serviços que presta ao país.

No que diz respeito ao turismo gastronómico e à gastronomia, em Maio foi anunciado que o Algarve está a preparar “receita” para ser «ícone» mundial no turismo culinário, enquanto a sardinha, cuja pesca reabriu este mês, será abundante e gorda.

Menos boas são as notícias sobre as estradas: confirmou-se, mais uma vez, que a EN125 é a estrada com mais pontos negros em todo o país. Em contrapartida, começam obras na EN2. Assim, como foram anunciadas obras de melhoria na EN124 e EN396, para estarem prontas «antes do Verão» (e estiveram).

Maio é o mês dos Museus e por isso houve boas notícias nesse setor, cá pelo Algarve. O Museu de Portimão comemorou 10 anos e até ganhou prendas. Por seu lado, os Museus de Loulé e de Faro ganharam prémios nacionais da APOM, a Associação Portuguesa de Museologia.

Quanto ao futebol, o quinto mês do ano também foi bom: o Ferreiras sagrou-se campeão distrital e subiu de divisão, enquanto o Farense garantiu a subida à II Liga, carimbando assim a sua volta aos campeonatos profissionais, ao fim de anos de travessia do deserto. Mas houve também uma má notícia: morreu o jornalista desportivo Carlos Farinha.

 

Junho

 

Portugal «está na moda» em Itália e a EasyJet resolveu alargar a sua oferta de voos a partir do Aeroporto de Faro. De tal modo que, a aerogare algarvia já ultrapassa Lisboa no número de rotas da EasyJet. Foi com estas boas notícias que começou o mês de Junho, no Sul Informação.

Nos dias iniciais do sexto mês do ano, o primeiro-ministro António Costa esteve em Monchique, para ver o trabalho dos sapadores florestais…e o nosso jornal descobriu que a brigada que demonstrou a limpeza da floresta a António Costa ainda não tinha sido paga pelo Governo. Nada que obstasse às poses para as fotografias e as imagens da televisão.

Outra guerra é a da preservação das riquezas da Ria Formosa. E “Cavalos de Guerra” é precisamente o nome do filme e do livro para ajudar os cavalos-marinhos dessa importante zona húmida.

Também em Junho, o Sul Informação esteve no hospital de Portimão, para falar com a enfermeira responsável pelo primeiro Grupo de Ajuda Mútua de AVC no Algarve. Uma nova ajuda, voluntária, muito útil para os sobreviventes de AVC e para os seus familiares.

Entre as novidades do mês, esteve a nomeação do anterior vice presidente da Câmara de Lagoa, o jurista Nuno Amorim, como novo administrador executivo da Algar em representação dos Municípios. Como se viu ao longo do ano, uma nomeação que não teve até agora repercussões na melhoria dos serviços prestados pela Algar na região.

No mês de Junho, foi também apresentado, de novo em Lisboa, o programa do Festival F, que haveria de chegar em Setembro ao centro histórico de Faro. E soube-se que o F iria contar com «todos os artistas do momento em Portugal».

Numa entrevista de fundo feita à diretora regional de Cultura do Algarve, Alexandra Gonçalves revelou que «há uma mudança no turista que nos visita».

Também se soube que a Volta a Portugal regressa ao Algarve e a prova foi apresentada no Algarve. É que a primeira etapa da Volta, que se viria a disputar em Agosto, passou no Sudoeste Alentejano e terminou em Albufeira.

Apesar de serem necessárias, há obras que podem pôr em causa o frágil e rico património subaquático. Numa palestra em Portimão, promovida pelos Amigos do Museu, o arqueólogo Cristóvão Fonseca avisou: mais dragagens no estuário do Rio Arade só com campanha arqueológica.

Por falar em arqueologia: ao longo do mês, foram publicadas crónicas sobre a nova campanha de escavações em Cacela-Velha, envolvendo a universidade do Algarve e estudantes internacionais.

O Festival MED decorreu em Loulé com um forte cartaz musical e uma aposta nas famílias e no ambiente. O vereador Carlos Carmo, em entrevista, revelou todas as novidades.

Junho trouxe também boas notícias, quanto à segurança ferroviária, já que se soube que vão desaparecer 7 passagens de nível na Linha do Algarve, nomeadamente as de Estômbar e do Parchal.

Menos boas foram as notícias referentes à rodovia. Em Junho, chegou a notícia de que o Tribunal de Contas chumbou a requalificação da EN125 no Sotavento, entre Olhão e Vila Real de Santo António, o que foi considerado como uma «péssima notícia para o Algarve» pelo presidente da AMAL.

Na sua primeira grande entrevista após ter sido eleito, o novo reitor da Universidade do Algarve anunciou que a Faculdade de Medicina da Universidade do Algarve pode “nascer” no próximo ano, ao mesmo tempo que a Escola Superior de Saúde seria transferida para o Campus de Gambelas. Em resposta, a Associação Académica manifestou-se «desconfortável» com essa mudança.

Com o tempo esquisito que houve ao longo do mês de Junho, registou-se uma descarga eletrostática que danificou habitações em Almancil e provocou mesmo um incêndio na casa do presidente da Junta de Freguesia. Felizmente não houve vítimas.

Em Faro, Junho foi um mês farto em novidades anunciadas. Assim, segundo a Câmara, a Mata do Liceu e o Jardim da Alameda vão estar requalificados em 2021, enquanto um ano antes, em 2020, a Praia de Faro vai ter «Parque de Campismo como deve ser». A Associação de Utentes deste antigo camping reagiu negativamente, como já se esperava, a este anúncio.

O sexto mês do ano viu também desaparecer duas figuras de referência: no dia 18, morreu Emídio Serrano, antigo presidente da Assembleia Municipal de Portimão, e no dia 29, foi a vez de partir José Manuel Tengarrinha, resistente anti fascista, deputado, investigador.

A terminar o mês, e apesar do entusiasmo com que foi acompanhada pelos fãs em todo o Algarve, a seleção de Portugal acabou por ser afastada do Mundial de Futebol. Portugal até jogou bem, mas o Uruguai foi implacável no ataque no jogo disputado no dia 30.

 

Julho

O mês de Julho começou com boas notícias: jovens canoístas algarvios, do Kayak Clube Castores do Arade (lagoa) e do Grupo Desportivo de Alcoutim, garantiram três títulos de campeão nacional na modalidade.

Em Portimão, soube-se que, após um conflituoso processo eleitoral, João Rosa foi escolhido como novo presidente do Clube Naval da cidade.

Mas logo no dia 2, também na cidade barlaventina, Folha foi apresentado como novo treinador do Portimonense, apontando a manutenção como «primeiro objetivo» e garantindo «uma equipa competitiva, sem medo de perder, em qualquer estádio». Depois de um início de época algo complicado, até ao fim do ano Folha tem dado boa conta do recado.

Em Faro, abriu no Museu Municipal uma exposição com obras de Cesariny, Paula Rego e Cruzeiro Seixas, entre outros artistas, numa parceria com a Fundação Millennium BCP.

No Baixo Alentejo, o Festival Terras sem Sombra chegou ao fim, com a habitual entrega dos seus prémios, que este ano distinguiram o músico Péter Eötvös, a cidade de Albarracín e a associação que protege as castas de videira portuguesas.

No dia 3, um grande susto em Portimão. Um incêndio que deflagrou numa loja de material elétrico do pequeno centro comercial situado na cave do edifício Cedipraia, na Avenida 25 de Abril (ou do Liceu), causou um ferido ligeiro e obrigou à evacuação de 80 moradores do prédio.

No Autódromo Internacional do Algarve, a viver «um ano histórico» em termos de provas e eventos recebidos, a Racing School apresentou os seus novos Porsche.

Outra boa notícia, em primeiríssima mão, havia de ser dada pelo Sul Informação no dia 6: o Algarve Tech Hub, que vai nascer no Campus da Penha da Universidade do Algarve, em Faro, será uma realidade daqui a dois anos. E será uma «semente» para fazer do Algarve um «Silicon Valley à nossa escala». Será que é desta?

Julho foi também o mês de um dos acontecimentos mais negativos do ano, no Algarve: o abate de árvores, com limpeza radical do terreno, numa zona teoricamente em área protegida, junto a Cacela Velha. Fonte do SEPNA da GNR começou por dizer ao Sul Informação que o abate tinha sido autorizado pelo ICNF, entidade que viria a negar tal autorização, dias mais tarde.

A limpeza do terreno, já depois de ter destruída uma extensa área de árvores seculares e arbustos, viria a ser suspensa, sobretudo devido à pressão das notícias nos jornais, rádios e televisões e ao alarme social causado, invocando infrações registadas nas zonas de arriba, junto à Ria Formosa.

As associações de defesa do património ambiental exigiram respostas e soube-se que o abate das árvores em Cacela Velha poderia valer multa de 5 milhões de euros. Que se saiba, até agora está tudo na mesma.

Também no Ambiente, surgiu uma boa notícia, durante o mês de Julho: o Tribunal deu razão à PALP, a Plataforma Algarve Livre de Petróleo, mais um passo para impedir o consórcio ENI/Galp de fazer prospeção de hidrocarbonetos no mar ao largo de Aljezur. Mais um passo de uma longa guerra.

Pelo meio destes assuntos mais sérios, abriu, em Faro, mais um Alameda Beer Fest, com cervejas para todos os gostos e muita animação.

Tema recorrente ao longo do ano é o da EN125. A empresa Infraestruturas de Portugal anunciou que se preparava para resgatar a concessão de requalificação e manutenção da EN125, na sequência da suspensão das atividades de operação e manutenção anunciada pela subconcessionária Rotas do Algarve Litoral. Isto deveria permitir, pelo menos em teoria, que fossem, finalmente, lançados os concursos para as obras de reabilitação da estrada entre Olhão e Vila Real de Santo António. Isso, como se veria mais tarde, não veio a acontecer. E apenas foram feitas intervenções de emergência, remendos, no roço sotaventino da EN125.

Por falar com Sotavento. O Museu Municipal de Tavira/Palácio da Galeria acolheu a exposição inédita ««Mulheres Modernas», com 55 desenhos e pinturas de Almada Negreiros na sua larga maioria pertencentes ao acervo da Coleção Moderna do Museu Calouste Gulbenkian. Foi uma mostra de grande sucesso.

No estuário do Arade, ao longo do mês, decorreu mais uma campanha de arqueologia subaquática, dirigida por Cristóvão Fonseca. Apesar de muito curta, esta campanha permitiu recuperar, do fundo do rio Arade, uma ânfora romana do tipo Dressel 1, com 2000 anos, para transporte de vinho, o único exemplar completo até hoje recolhido em Portugal em contexto de escavação.

Na Fortaleza de Sagres, no âmbito do DiVaM, o programa de Divulgação e Valorização dos Monumentos do Algarve, promovido pela Direção Regional de Cultura, e, neste caso, com a organização do Centro Ciência Viva de Lagos, houve mais uma edição do evento «Nova Escola de Sagres», onde não faltaram nem robôs nem hologramas .

Ainda no âmbito do património, Julho trouxe duas boas notícias a Lagoa: no início do mês foi inaugurado o novo percurso pedestre «Caminho dos Promontórios», pela costa, enquanto umas semanas depois foi a vez de inaugurar a obra de conservação e restauro da Torre da Lapa, também situada no litoral. Na base desta secular torre de atalaia, foi enterrada uma cápsula do tempo, onde até ficou preservado para memória futura um print da página de abertura do Sul Informação desse dia, que continha uma reportagem sobre a intervenção.

Em Cacela Velha, não acontecem só atentados ao património ambiental. Em Julho, decorreram por lá escavações arqueológicas, que contaram com a participação de estudantes canadianos, para ajudar a “desenterrar” a história desta localidade. E, entre as novidades trazidas pelos trabalhos arqueológicos, um «caso insólito»: foi descoberto um gato enterrado no cemitério medieval de Cacela.

Foi também em Julho que se soube que o Museu de Portimão passa a ser a casa do Fórum dos Museus Europeus e dá nome a novo prémio.

O Grupo de Neurociências Cognitivas do Centro de Investigação em Biomedicina (CBMR) da Universidade do Algarve está a fazer um estudo para entender a dislexia em adultos.

No dia 13 de Julho, culminando largos meses de trabalho, nasceu um novo Sul Informação, lançado com uma festa nas instalações do jornal, entre os pinheiros mansos do centro empresarial do CRIA, no Campus de Gambelas, em Faro.

A 15 de Julho, houve o primeiro grande incêndio de Verão. Mas dois canadairs, dois aviões ligeiros e três helicópteros ajudaram a controlar o fogo na Serra de Monchique. Parecia que tudo estava preparado e que as coisas iriam correr bem…mas Agosto iria encarregar-se de desmentir, de forma trágica, esta ideia.

Julho foi igualmente o mês do regresso do ferry entre Portimão-Madeira-Canárias ao porto algarvio. E, no dia da terceira viagem, a ministra do Mar esteve em Portimão, para anunciar que está em estudo a ligação de ferry a Espanha e Marrocos, bem como para revelar que o Estudo de Impacte Ambiental para a «grande dragagem» no Porto de Portimão já está em curso.

Em Faro, abriu no Solar das Pontes de Marchil, sede da Associação 289, uma grande exposição de arte contemporânea comissariada por Pedro Cabrita Reis. O Sul Informação entrevistou o mais consagrado artista plástico português que afirmou: «esta exposição é uma luz». E era mesmo.

A instalação do Observatório Nacional de Combate à Desertificação em Alcoutim foi finalmente oficializada a 19 de Julho.

Gonçalo Dourado/Sul Informação

O sétimo mês do ano é também tempo para a Concentração Motard de Faro, que já se tornou o maior evento do género em toda a Europa. Depois da prisão de elementos dos Hell’s Angels, que alegadamente quereriam causar distúrbios graves em Faro, José Amaro, presidente do Motoclube farense, já tinha avisado: quem não for à Concentração de Motos por bem, mais vale «não aparecer». E foi mesmo assim, porque a Concentração acabou por decorrer “na paz dos anjos”.

No Algarve, como no resto do país, o serviço da CP está cada vez pior. O ministro do Planeamento e das Infraestruturas Pedro Marques esteve na região e anunciou que o Governo vai alugar automotoras para atenuar problemas na Linha do Algarve. Os meses sucederam-se e os problemas na Linha do Algarve também. E só a 31 de Dezembro foi anunciada a data para o concurso para comprar as automotoras.

Em São Teotónio, no Alentejo, por ocasião da FACECO, há sempre muitas novidades a anunciar. Uma delas foi a formalização de um Grupo de Trabalho para tratar da questão da «nova agricultura intensiva», que tanto preocupa o concelho de Odemira.

No balanço da FACECO – Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira, o presidente da Câmara Municipal anunciou que o certame precisa de espaço para crescer.

Continuando pelo Baixo Alentejo, no dia 23 de Julho aterrou no Aeroporto de Beja, pela primeira vez em Portugal, um Airbus A380, a maior aeronave de passageiros do mundo. Havia por lá dezenas de fotógrafos interessados em aviões, os chamados plane spotters, entre os quais um do Sul Informação.

De volta ao Algarve, soube-se que a equipa de energias renováveis marinhas do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da Universidade do Algarve está a preparar uma candidatura ao programa europeu Horizonte 2020, para conseguir financiamento para testar um novo protótipo demonstrador de tecnologia de extração de energia das marés.

Em Julho, a Beta Talk celebrou o seu aniversário com um encontro de empreendedores em alto mar, a bordo de um barco. Celebrou o aniversário e, pelos vistos, disse adeus, porque nunca mais houve nenhuma destas iniciativas.

Em Silves, o sétimo mês do ano trouxe um sinal de esperança ao Bairro da Caixa d’Água, com o arranque do projeto «O Bairro é Meu!».

A Feira da Serra trouxe 33 mil pessoas a São Brás de Alportel, enquanto em Moncarapacho, foi tempo de Carnaval…de Verão.

Uma noite de eclipse total da Lua foi a escolhida para mais uma «Caminhada ao Luar», promovida pelo Museu de Loulé, desta vez à descoberta dos vestígios arqueológicos na Quinta do Lago.

Julho foi ainda o mês de novas presidências em duas entidades importantes: João Fernandes assumiu, a 27 de Julho, a presidência da Região de Turismo do Algarve. Em entrevista exclusiva ao Sul Informação disse vir «com a força de quem chegou de novo, mas com a experiência de quem já cá estava».

No Farense, o empresário João Rodrigues, que já liderava a SAD, foi eleito presidente do Farense, também no dia 27.

O final do mês trouxe várias boas notícias para os museus algarvios: uma “nova” estela da misteriosa escrita do Sudoeste foi vedeta da revista National Geographic e mostra-se agora no Museu de Loulé.

Em Faro, reabriu, após reabilitação tornada obrigatória pelo incêndio de 2015, o Museu Marítimo Almirante Ramalho Ortigão, o mais antigo do Algarve.

Em Portimão, o Museu foi palco para a festa do 100º aniversário de Francisco Oliveira, antigo fotógrafo da cidade. A festa contou com a inauguração de uma exposição com algumas das suas melhores fotos, mas também com bolo, repartido entre todos os familiares e amigos.

Finalmente, no dia 31, chegava um aviso: vinha aí uma onda de calor, que punha o Algarve sob aviso laranja e obrigava a cuidados especiais. Mas nem este aviso impediu o que seguiria, poucos dias depois, em Agosto…

 

Agosto

Foto: Nelson Inácio/Sul Informação

O mês de Agosto começou com uma má notícia e esse seria, infelizmente, o tom dominante ao longo de 31 angustiantes e abrasadores dias: a partir de 1 de Agosto, o planeta Terra vive a “crédito ambiental”, já que era esse o dia em que a humanidade terá usado os recursos naturais disponíveis para o ano inteiro, de acordo com a Global Footprint Network (GFN), alertam a ANP|WWF e a ZERO.

Nesse primeiro dia, o ministro da Administração Interna, que visitou o centro de meios aéreos de Loulé e garantiu: Algarve está em «prontidão máxima e preparado» para combater os incêndios. Nada mais errado, como se veria dentro de dois escassos dias.

Entretanto, o IPMA voltava a alertar, como que prevendo a tragédia que ai vinha: temperaturas podem ultrapassar os 45ºC. E a Autoridade Nacional de Proteção Civil, para mostrar serviço, enviou um sms a toda a gente a prevenir para a vaga de calor…só que se enganou no seu próprio número, e sugeria o telefone da Glassdrive nesse SMS de emergência.

No dia 2, houve um primeiro incêndio na Serra de Monchique, mas foi combatido prontamente, com meios terrestres e aéreos, e a coisa parecia ter corrido bem, de tal modo que o próprio presidente da Câmara Rui André diria que esse fogo tinha sido dominado graças a «resposta pronta dos meios».

Só que, logo no dia seguinte, uma sexta-feira, 3 de Agosto, o fogo voltou à serra e não mais a largaria durante uma longa e trágica semana.

A primeira notícia do Sul Informação sobre esse grande fogo, que haveria de consumir cerca de 20 mil hectares e deixar um rasto de destruição de casas e haveres – felizmente sem vítimas mortais – foi publicada às 14h23: Incêndio em Monchique já mobiliza 9 meios aéreos.

Desde então, e até ao fim do mês de Agosto, o Sul Informação, que foi o único jornal regional que acompanhou, a par e passo, e com repórteres no terreno, o grande incêndio, publicou nada mais, nada menos que 136 notícias sobre este tema, mais de metade das quais reportagens. Houve mesmo dias em que, praticamente, todo o fluxo noticioso do nosso jornal foi dominado pela informação relativa ao fogo.

Nesse primeiro dia, haveria de surgir a notícia de uma casa destruída e de uma aldeia evacuada (Taipas), enquanto a Proteção Civil previa uma noite «muito difícil, de muito trabalho».

No dia 4, face à gravidade do sinistro, o Plano de Emergência Municipal foi ativado em Monchique. E o calor e vento fez com que, à tarde, se agravassem as condições de combate ao incêndio da Perna da Negra.

Surgem as primeiras notícias de reforço de meios terrestres, com 130 militares enviados para combate ao incêndio de Monchique, enquanto se soube que mais duas pequenas localidades – Ladeira de Cima e Trucais – tinham sido evacuadas.

Também se começou a falar da imensa onda de solidariedade, que haveria de envolver centenas de voluntários, entidades públicas, empresas, todos a ajudar os bombeiros e os agentes da proteção civil no terreno. Os moradores de diversas zonas do concelho de Monchique obrigados a sair das suas casas – muitas vezes sob protesto – por precaução foram levados na sua maioria para Portimão, onde o pavilhão Arena se tornou num imenso abrigo.

O dia 5 amanheceu com duas frentes ativas, que não davam mostras de abrandar, sabendo-se que o fogo tinha destruído casas e carros na Perna da Negra e obrigado a retirar pessoas no vizinho concelho de Odemira.

Com as chamas descontroladas, a localidade da Portela do Vento, junto à estrada de Sabóia e às portas da vila de Monchique, teve de ser evacuada.

Habitante protegendo-se do fumo

Ao fim da tarde, o fogo chega perto da vila de Monchique e destrói casas e haveres nas localidades à volta da vila. Foi uma noite de inferno, com centenas de pessoas incapazes de sair de Monchique.

Nessa altura, também já se sabia que o incêndio estava a descer para Sul na zona da Fornalha e Alferce. Nesta aldeia, que acabou por ficar isolada pelas chamas durante uma longa noite, houve um ferido: uma senhora idosa. Veio a saber-se depois que, à volta do Alferce, o fogo destruiu tudo, mesmo os sobreirais seculares.

Com o fogo a descer a encosta sul da serra, pensou-se então, ao cair da noite, que a Barragem de Odelouca iria ajudar os bombeiros a travar incêndio de Monchique. Mas isso não aconteceu, tal era a força das chamas.

No dia 6, soube-se que o incêndio já estava em força também no concelho de Silves, com frentes na zona de São Marcos da Serra. Nas Caldas de Monchique e nas zonas limítrofes de Montinho e Barranco do Banho, os bombeiros não tinham tréguas. Receava-se o pior em relação ao complexo termal.

O fumo, que entretanto já se via à distância de dezenas e dezenas de quilómetros em todo o Algarve, impediu, durante a manhã desse dia 6 de Agosto, que os meios aéreos – aviões e helicópteros – pudessem atuar.

Primeiro balanço da área ardida feito: 13 mil hectares destruídos

Depois de o CDOS dizer que 95% do incêndio de Monchique estava «controlado», num «dia difícil», também foi admitido que se aproximava uma noite «dura e de muito trabalho». E assim aconteceu.

De tal forma que, no dia seguinte, 7 de Agosto, a preocupação começou por ser nas zonas a sul da Nave, Casais e Barragem de Odelouca.

Mas o fogo já lavrava com toda a intensidade no concelho de Silves, onde os habitantes de Zebro de Cima tiveram de combater, com os seus próprios meios, o fogo à sua porta. No Falacho, a dois quilómetros de Silves, os moradores foram também retirados.

O sistema europeu Copernicus, entretanto, atualizou a área ardida no fogo de Monchique, que nessa manhã rondava já os 19 mil hectares.

As chamas desceram pela serra abaixo e chegaram à zona do Rasmalho, concelho de Portimão e a cerca de três quilómetros da cidade, onde acabaram por parar. Mas o espetáculo dos aviões Canadair a irem abastecer-se de água do mar frente à Praia da Rocha, para a despejar sobre as chamas, impressionou, de tal forma que fotos e vídeos invadiram as redes sociais…afinal, o fogo já não era uma coisa distante e incómoda, com as cinzas a invadir jardins e piscinas e praias no litoral, estava mesmo ali ao pé…

Nessa noite, porque o fogo também não dava mostrar de abrandar na serra, as chamas subiram a encosta, rumo à Fóia, o ponto mais alto do Algarve, e ameaçaram as antenas de telecomunicações ali existentes.

A 8 de Agosto, quinto dia de incêndio, as chamas continuavam a ameaçar, agora sobretudo nas imediações de Silves, nas localidade densamente povoadas de Enxerim, Pinheiro e Garrado, Vale Fuzeiros, entre outras.

De tal forma que, também neste concelho, parte da população foi retirada das suas casas, por precaução, e levada para um pavilhão, neste caso o da Escola EB 2,3 de São Bartolomeu de Messines. O fumo era tanto e tão denso, que a população de Silves foi aconselhada a fechar portas e janelas e a manter-se em zonas seguras.

Em Lisboa, o primeiro ministro António Costa, no briefing semanal da Autoridade Nacional de Proteção Civil, constatou que «ainda são necessários muitos dias de trabalho para que o incêndio de Monchique seja totalmente extinto».

Rui André, presidente da Câmara de Monchique, avisava, entretanto: a «situação continua muito crítica».

Foi neste dia que se soube que os linces-ibéricos do Centro de Reprodução de Silves, situado em plena serra, perto da barragem do Funcho, tinham sido retirados, para os levar para um local seguro em Espanha. Primeiro, fizeram uma paragem em Lagoa, tendo pernoitado no pavilhão desportivo de uma escola.

Com seis dias de fogo, a 9 de Agosto soube-se que mais de cem pessoas tinham sido evacuadas em noite de sobressalto no concelho de Silves. O Sul Informação foi até ao pavilhão da escola de Messines, onde essas pessoas pernoitaram, e falou com algumas delas. «Se eu tivesse lá ficado sozinha, mesmo que não fosse do fogo ou do fumo, morria de susto», contou Deolinda Sequeira, de 78 anos, moradora de Vale Fuzeiros, que nessa noite tinha sido retirada pelas autoridades da sua casa, quando o fogo «já rondava ali à porta».

Em declarações ao Sul Informação, depois de uma noite também passada em sobressalto, a presidente da Câmara Rosa Palma foi clara: «Houve aqui uma falha de comunicação».

Nessa manhã, soube-se que a área ardida em Monchique já estava acima dos 23 mil hectares. Mas, no terreno, a situação estava mais «tranquila», embora se temessem reacendimentos. Ao fim do dia chegou uma boa notícia: o incêndio ainda estava ativo, mas já não tinha frentes.

Com as notícias e as imagens poderosas do fogo de Monchique a circular pelo mundo todo, o governo britânico desaconselhou viagens para as zonas atingidas no Algarve e a própria Região de Turismo admitiu terem sido retirados 500 turistas das zonas afetadas, mas apenas como precaução.

O presidente da Câmara de Monchique fez o primeiro balanço dos enormes prejuízos: o fogo tinha destruído 50 casas e causado mais de 10 milhões de euros em prejuízos.

E finalmente, ao sétimo dia, o fogo descansou! A 10 de Agosto, uma semana depois de começar, a Proteção Civil deu finalmente como dominado o incêndio de Monchique.

Foi anunciado que «grande parte» dos deslocados, abrigados no concelho de Portimão ou de Silves, regressaria a casa nesse mesmo dia.

Por entre críticas e aplausos, a presidente da Câmara de Silves decidiu que a Feira Medieval da Cidade iria abrir as suas portas, no dia 11, como previsto. Uma decisão motivada, explicou Rosa Palma, pelo «amor e determinação».

Neste mesmo dia, em entrevista ao Sul Informação, o presidente da RTA garantiu que há apoios para «reerguer» o turismo de Monchique.

Depois de arredados do “teatro de operações” para evitar atrapalhar os trabalhos, as altas figuras começaram a visitar a zona afetada no dia 10 de Agosto, já com as chamas dominadas. O primeiro a deslocar-se foi António Costa, que se reuniu na vila serrana com os autarcas das Câmaras de Monchique, Silves, Portimão e Odemira.

A «prioridade, agora, é reconstruir» o que o fogo de Monchique destruiu, garantiu o primeiro ministro.

Nessa reunião, ficou também decidido, e o primeiro ministro anunciou, que o presidente da Câmara Rui André iria coordenar um grupo de trabalho para o «reordenamento económico da Serra de Monchique».

O jornalista do Sul Informação Nuno Costa, que começou por ir para Monchique como repórter e acabou a ajudar os seus pais, também eles afetados pelo fogo, escreveu, no nosso jornal, uma crónica onde afirmava: Eu não sou especialista, mas este fogo não é como os outros. E não era mesmo.

No dia 11 de Agosto, o Sul Informação acompanhou médicos veterinários e os voluntários que andavam pelo terreno a resgatar animais ou a coordenar a ajuda aos animais. É que o animais também são vítimas do incêndio, mas há equipas no terreno a resgatá-los.

Neste dia, o Presidente da República veio ao Algarve e viu, ouviu e consolou Monchique e Silves. À noite, Marcelo Rebelo de Sousa foi à Feira Medieval de Silves (onde falou em exclusivo com o Sul Informação) e afirmou que essa visita era um «dever de solidariedade cívica».

Nos dias seguintes ao fim do fogo, enquanto ainda se via na serra fumarolas a sair das entranhas da terra, foram reabrindo os complexos turísticos: a Villa Termal Caldas de Monchique SPA Resort reabriu a 13 de Agosto, o Macdonald Monchique Resort & Spa abriu de novo as portas três dias depois.

A 20, seria a vez acompanhar os trabalhos de recuperação de um caminho antigo entre as Caldas de Monchique e a Picota, que estava a ser redescoberto para acolher os turistas de natureza, que, em Setembro, começariam a chegar à serra.

O Presidente da Câmara de Monchique, preocupado com as consequências para os residentes no concelho, exigiu uma «medida de emergência» para apoiar os pequenos agricultores.

A 17 de Agosto, soube-se que 150 agricultores já tinham declarado prejuízos com os incêndios, mas poderia haver mais.

Foi também nesta data que o Sul Informação, em reportagem no RIAS, revelou que dos quatro animais selvagens vítimas do incêndio que chegaram a este centro de recuperação, só um sobreviveu.

O nosso jornal deu ainda conta do trabalho do grupo de voluntários «Ajuda Monchique», que demonstrou como se trabalha quando os problemas dos outros importam mais que os nossos.

O ministro do Ambiente veio a Monchique e anunciou, a 20 de Agosto, dez dias depois de terminar o incêndio, que as intervenções nas linhas de água afetadas pelo incêndio custam 1,1 milhões e «podem começar já». Já já, não começaram.

Mas o mês de Agosto, apesar de tudo, não foi apenas feito de chamas e polémicas incendiárias.

No dia 1, soube-se que moradores de São Brás de Alportel estavam a contestar as obras ditas de reabilitação em curso no centro histórico da vila.

No dia10, começava em Olhão o Festival do Marisco, que até contou com um concurso de abertura de ostras, a cargo de um especialista francês.

Quanto ao Portimonense, a sua jornada de estreia na nova época da I Liga não foi auspiciosa: perdeu em casa, por 2-0, com o Boavista.

A Universidade do Algarve, entretanto, anunciou a criação de um Hub Azul para passar o conhecimento em energias renováveis e vigilância marinha para as empresas.

O Sul Informação foi a Aljezur e entrevistou o presidente da Câmara José Gonçalves. E ficou a saber-se que os novos Paços do Concelho a instalar na antiga escola e a obra no Mercado Municipal são os grandes projetos de Aljezur.

Apesar do calor, as uvas algarvias resistiram e até se previa mais vinho.

O Presidente da República estava de férias no Algarve e foi inaugurar a Fatacil, em Lagoa, onde até comprou uma boina. Uns dias depois, foi a Albufeira ver o «génio» Nelson Évora saltar com Pequim na memória.

Em termos de grandes projetos, foi anunciado que a Câmara de Portimão vai investir 1,4 milhões de euros na reabilitação e readaptação a novas funções da Antiga Lota, situada junto à ponte velha e à beira rio.

Já quanto a um grande investimento do passado, as opiniões dividem-se: Faro voltava a construir o Estádio Algarve, mas Loulé tinha de pensar melhor.

Em São Bartolomeu de Messines, foi inaugurada a rota do latoeiro, para recuperar a memória dessa arte.

No dia 28, o bastonário da Ordem dos Médicos veio ao hospital de Faro dizer que médicos a menos e problemas a mais obrigam a fazer investimento nos hospitais do Algarve. Miguel Guimarães considerou tal investimento «uma prioridade» e exigiu que o Governo «tenha em atenção a capacidade de resposta que o SNS tem de dar numa região que, para além de tudo [turismo e visibilidade internacional], tem um setor privado muito forte, que entra, facilmente, em concorrência com o setor público».

O Sindicato da Hotelaria pôs o dedo na ferida, em resposta ao que os patrões tinham dito, e afirmou o que muita gente já sabia (e vivia na pele): que «não há falta de mão de obra na hotelaria, há é falta de condições de trabalho».

Em termos de festas de Verão, Castro Marim regressou à época medieval com o desfile histórico, enquanto na praia da Manta Rota se reviveu a festa do Banho Santo, de ceroulas e combinações.

Agosto foi ainda o mês em que morreram duas figuras de referência do Algarve: o professor, semeador de teatro e cultura José Louro (dia 10), e Vítor Reia-Baptista, professor da Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve (dia 16).

 

Setembro

Escola Superior de Saúde “mudou-se” para Gambelas

A «comédia do ano», que foi maioritariamente rodada no Algarve, estreou em Setembro e o Sul Informação falou com o seu realizador André Badalo antes de a película chegar às salas de cinema.

Em Setembro, as chamas voltaram ao Algarve. No dia 1, um incêndio que deflagrou no Ameixial progrediu em direção ao concelho de Almodôvar e mobilizou quase 500 operacionais e sete helicópteros. Já no dia 15, o fogo voltou a consumir floresta, em Monchique, na zona da Palmeira, e fez um ferido ligeiro.

O concelho serrano continuava a recuperar ainda do incêndio de Agosto, e uma das formas de ajudar as vítimas foi através da criação de um supermercado solidário. Para estabilizar os solos, foram anunciadas sementeiras aéreas e o Governo garantiu que queria colocar em prática, até meados de Outubro, as ações mais urgentes para proteger o solo da erosão, nas zonas de Silves e Monchique. Também se soube que os produtores que trocarem o eucalipto por outras espécies na zona ardida serão recompensados.

Ainda em Monchique, também no desporto, houve más notícias em 2018: a Juventude Desportiva Monchiquense a desistiu de participar na 2ª Divisão Distrital de Futebol, remetendo as culpas para a Câmara Municipal.

Em Mértola, um investimento de 3 milhões de euros para criar um novo lar foi anunciado. O Lar das 5 Freguesias vai criar entre 25 e 30 postos de trabalho no concelho alentejano.

Setembro é o mês do regresso às aulas e a Universidade do Algarve teve novidades, com a mudança em pleno da Escola Superior de Saúde para o Campus de Gambelas. No que diz respeito às colocações, na primeira fase, a academia algarvia contrariou a tendência nacional e subiu 4%. Psicologia voltou a ser o curso com a média de entrada mais alta. Já na segunda fase, houve uma queda nas colocações mas, ainda assim, inferior à que foi verificada a nível nacional. Houve praxes, mas não houve polémica e houve até caloiros que pintaram paredes e limparam mato.

A Câmara de Faro aprovou, no nono mês do ano, o fim do contrato de comodato que mantinha com a Associação de Utentes e Amigos do Parque de Campismo da Praia de Faro (AUAPCPF). Os ocupantes do parque de campismo vão ter de abandonar o espaço até Setembro de 2019. Em simultâneo, a autarquia lançou o concurso para a empreitada do futuro parque de campismo que vai nascer no mesmo local.

Projeto de Faro para “abraçar” a Ria Formosa foi apresentado

A construção do novo parque de campismo não foi o único investimento anunciado para a capital algarvia em Setembro e, no Dia do Município, foi apresentado um projeto para que a cidade abrace a Ria Formosa. A cerimónia decorreu no Cais Comercial do Porto de Faro, onde estiveram atracados o Navio Escola Sagres e a Caravela Boa Esperança.

A Rota do Petisco regressou em 2018, chegando a novos concelhos com a maior oferta de sempre.

Soube-se ainda, em Setembro, já depois de a “tempestade” ter passado, que a sobrevivência do RIAS – Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens esteve «tremida».

O Metoposaurus Algarvensis chegou ao Museu de Loulé e a descoberta deste animal pré-histórico pode impulsionar a criação do primeiro Geoparque do Algarve.

A 6 de Setembro, a Seleção Nacional voltou ao Algarve para jogar frente à Croácia, vice-campeã mundial mas, apesar da boa primeira parte e das ondas mexicanas, a equipa das quinas não foi além de um empate.

Setembro foi mês de mundiais no Algarve: O Mundial de Pesca Submarina disputou-se, este ano, em Sagres, e o Algarve saiu vitorioso com Teresa Duarte a sagrar-se primeira campeã do mundo feminina e Jody Lot a arrecadar o título mundial. Já em Portimão, disputaram-se os mundiais de Windsurf, com João Rodrigues e Stephen Allen a sagrarem-se campeões.

A terra tremeu a 10 de Setembro, com um sismo de 3.0 na escala de Richter que foi sentido em Messines e em Silves. No mesmo dia, Filipe Castro Mendes, ministro da Cultura, visitou as obras de restauro, com o processo construtivo histórico dos almóadas, da torre albarrã do Castelo de Paderne.

Jackson Martinez foi apresentado em Portimão

As Jornadas Europeias do Património, que passaram por 12 concelhos, tiveram direito, em 2019, a uma caldeirada, filmes a um (Ins)tendal. Já a Semana da Mobilidade teve barco solar, 100 bicicletas na escola e app com percursos de Lagoa.

Em Olhão, a poucas semanas do início das obras de requalificação da Avenida 5 de Outubro, a autarquia anunciou a intenção de criar uma nova zona para a náutica de recreio no Porto de Pesca de Olhão. Também na educação, houve investimento, com o início dos trabalhos que vão transformar a velhinha escola nº5 de Olhão num «espaço fantástico», com todas as condições que se exige a um estabelecimento de ensino moderno.

Em Loulé, foi inaugurado o conservatório de música e nem António Costa, o primeiro-ministro, faltou à festa.

Desde Agosto que se sabia que Jackson Martínez ia reforçar o futebol do Portimonense, mas o avançado só chegou ao Algarve em Setembro. O colombiano disse estar focado a 100% no clube algarvio e estreou-se num jogo que coincidiu com a primeira vitória dos alvinegros na Primeira Liga.

As Câmaras do Algarve começaram a receber mais competências, no âmbito do processo de descentralização aprovado pelo Governo, mas os autarcas pediam verbas para conseguirem dar conta do recado.

A 15 de Setembro, 150 pessoas subiram a Fóia para ver estrelas e ajudar Monchique a recuperar do incêndio e, no dia seguinte, a Mesa de Albufeira e Olhos de Água foi considerada uma das 7 Maravilhas à Mesa. A mesas de Lagoa e da Zambujeira do Mar também foram finalistas do concurso.

A 20 de Setembro, o Sul Informação entrou na Rede de Notícias, depois de ter formalizado uma parceria com o Jornal de Notícias que engloba a partilha de conteúdos.

A taxa turística foi aprovada pelos municípios algarvios a 21 de Setembro, mas ainda não é certo quando entrará em vigor. A AMAL aponta, ainda assim, para Março de 2019.

A luta contra o petróleo continuava ativa, com a ASMAA a apelar à ajuda dos cidadãos e organizações para garantir a ação judicial pela nulidade do furo de Aljezur.

Incêndio destruiu seis carros no estacionamento subterrâneo de Monchique

A 23 de Setembro, houve novo incêndio em Monchique, mas no Parque de Estacionamento Subterrâneo da vila. Não houve feridos, mas seis carros foram destruídos pelas chamas.

Para a Via Algarviana, as notícias foram boas em Setembro, com a aprovação de uma candidatura que vai permitir introduzir «muitas novidades» na via pedonal e ciclável que atravessa o interior do Algarve.

A Feira de Verão de Quarteira não gerou consenso e, mesmo depois do seu final, as opiniões sobre o sucesso da iniciativa divergiram entre o executivo da Câmara de Loulé e a oposição.

A EN125 ceifou mais uma vida, num choque frontal, em Portimão, entre duas carrinhas, uma delas da EMARP. No acidente ficaram ainda duas pessoas feridas.

 

Outubro

CEO da Altice veio ao Algarve anunciar investimentos

O mês de Outubro começou com uma homenagem de Loulé aos seus guardiões e doadores do património. Mas nem tudo foi positivo para a autarquia, uma vez que teve de lançar um novo concurso internacional, depois de o empreiteiro que iria construir a Escola D. Dinis ter desistido da obra.

O Sul Informação avançou ainda que o órgão de tubos da Igreja Matriz de Portimão, que foi restaurado, estaria pronto a tempo do Festival de Órgão do Algarve. E esteve.

No início do mês, o Portimonense continuava a lutar para sair da cauda da tabela da Primeira Liga, mas uma pesada derrota frente ao Desportivo das Aves acentuou o mau início de época dos alvinegros. No entanto, a 7 de Outubro, uma noite de gala frente ao Sporting iniciou a recuperação na classificação.

Na APA Algarve, houve mudanças. Sebastião Teixeira deixou de ser o diretor da delegação, sendo substituído, novamente, por José Pacheco. O delegado regional de educação também mudou: Alexandre Lima assumiu o cargo, substituindo Francisco Marques, que foi exonerado.

O presidente executivo da Altice Portugal visitou o Algarve no início do mês e garantiu o apoio da empresa ao Algarve Tech Hub, numa entrevista exclusiva ao Sul Informação. Foi ainda revelada a localização do Altice Lab de Olhão, que vai nascer em Pechão já em 2019. Alexandre Fonseca mostrou ainda disponibilidade para que a Altice apoie as vítimas do incêndio de Monchique «além da tecnologia».

Os apoios às vítimas do incêndio de Monchique voltaram a ser notícia, uma vez que a legislação impedia que os agricultores que pagaram em dinheiro equipamentos para repor a sua capacidade produtiva fossem ressarcidos. No entanto, dias depois, a lei mudou.

A Câmara Municipal também enfrentou dificuldades em receber os apoios pós-incêndio e ponderou não apresentar candidatura devido às regras do PDR 2020.

365 Algarve teve nova edição

A nova edição do 365 Algarve foi apresentada a 5 de Outubro. Uma edição “casamenteira”, que junta mais agentes culturais e económicos, e que tem mais de 20 produções, que proporcionarão mais de 400 sessões por todos os concelhos do Algarve até Maio.

A 8 de Outubro, um jovem de 21 anos morreu atropelado por um comboio em Portimão, na zona na Boavista.

Os enfermeiros estiveram em greve e, no dia 10 de Outubro, 40 cirurgias foram canceladas nos hospitais de Faro e Portimão. A 26 de Outubro, uma nova greve, desta vez geral, fechou escolas e afetou ainda os hospitais.

A nova ponte para a Praia de Faro, uma ambição antiga dos farenses, estava “presa” por um milhão de euros, depois de um primeiro concurso ter ficado deserto.

Se a ponte estava parada, as obras de requalificação do Largo de São Pedro avançavam a todo o gás, para que ficasse pronto até final do ano. Foram encontradas ossadas, durante os trabalhos, mas isso não invalidou que a obra continuasse.

A 11 de Outubro foram conhecidos os projetos vencedores do Orçamento Participativo de Portugal, quatro deles algarvios. Também Monchique venceu um prémio, devido ao projeto que protege animais domésticos em caso de incêndio.

O Furacão Leslie “ameaçou” passar pelo Algarve, mas acabou por entrar em Portugal Continental mais a norte, na zona de Lisboa. A região não se livrou, ainda assim, de alguma chuva e vento.

Djalmir, uma lenda do Olhanense, retirou as chuteiras do armário e voltou aos rubronegros, aos 42 anos, para marcar golos e unir os adeptos.

Na Universidade do Algarve, os investigadores fizeram duas importantes descobertas: o genoma da sardinha foi descodificado e foram encontrados microplásticos nos mexilhões do Algarve.

Ainda não se sabe quando chegará intervenção de fundo à EN125 no Sotavento

A 15 de Outubro, Margaret Thompson entrou num avião, no Reino Unido, e aterrou no Aeroporto de Faro, onde foi recebida com pompa e circunstância por ter viajado pela 100ª vez até ao Algarve.

Os pormenores sobre o Orçamento de Estado para 2019 foram sendo conhecidos a pouco e pouco mas, em Outubro, soube-se que havia verba para a ferrovia no Algarve e mais dinheiro para as autarquias.

Não só a ferrovia no Algarve vai receber melhorias, também os problemas na Ecovia do Litoral vão ficar resolvidos até 2021.

No que diz respeito às estradas, o Estudo de Impacte Ambiental da ambicionada Variante de Olhão foi entregue. No entanto, dias depois, chegava uma notícia menos boa: não há previsão para a requalificação de fundo da EN125 entre Olhão e VRSA.

Um cão de assistência também era uma ambição para a família do jovem autista Rui Marques, depois de uma campanha de angariação de fundos, o Farrusco chegou, mas não estava treinado e a atuação do presidente da Associação Portuguesa de Cães de Assistência revelou-se uma burla.

Na Taça de Portugal, o Silves fez história e foi a única equipa do Algarve a chegar à 4ª Eliminatória.

“Os Artistas”, um dos espaços emblemáticos da noite farense fechou portas a 27 de Outubro, mas promete voltar.

Balões invadiram os céus do Algarve | Foto: Martyna Mazurek | Sul Informação

O dinheiro para reconstruir 50 casas afetadas pelo incêndio de Monchique chegou no final de Outubro, no mesmo dia em que se soube que uma candidatura de meio milhão de euros vai dar um novo impulso ao turismo de natureza no concelho.

O que pode dar um impulso à candidatura do acordeão a Património Cultural e Imaterial da Humanidade é o 69º Troféu Mundial, que vai decorrer de 3 a 9 de Novembro de 2019, em Loulé.

Na economia, Vítor Guerreiro, presidente da Câmara de São Brás de Alportel, avançou ao Sul Informação que há uma fábrica de alfarroba a caminho do novo Parque Empresarial.

Pelos céus do Algarve, em Outubro, houve mergulhadores, cães e até gelados, trazidos pelo festival de balonismo, que passou por várias terras da região.

Na mesma altura do mês chegou a Lagos uma comitiva da cidade marroquina de Alcácer Quibir, para estabelecer bases para uma cooperação futura entre duas cidades «ligadas pelo destino».

A 28 de Outubro, houve eleições no Brasil e o Algarve não passou ao lado, com os brasileiros do Algarve e Alentejo a votarem em Faro, dando a vitória a Bolsonaro.

A contratação de 22 doutorados iniciou a regularização de investigadores precários na Universidade do Algarve.

No final do mês, chegou uma das notícias do ano, e uma «ótima notícia para o Algarve», com a desistência da Galp de explorar petróleo ao largo de Aljezur. Autarcas e ambientalistas rejubilaram com a decisão.

 

Novembro

LUZA regressou a Loulé | Foto: Pablo Sabater/Sul Informação

O mês de Novembro começou com a notícia de morte do juiz Mário Varges Gomes, marido de Isilda Gomes, presidente da Câmara Municipal de Portimão.

No nono mês do ano, continuou a discussão sobre o Orçamento do Estado, com a oposição e o PS com posições distintas quanto ao valor destinado ao Algarve.

O LUZA voltou a iluminar Loulé com tochas, instalações de luz e até uma melodia na água.

Já em Barão de São João, no concelho de Lagos, caminhadas, oficinas, artes e conversas marcaram o Walk&Art Fest.

O algarvio Diogo Piçarra tem estado em destaque na música a nível nacional e, em Novembro, recebeu o prémio MTV na categoria de Best Portuguese Act.

A 3 de Novembro, em Aljezur, foi lançado um livro que é memória e semente para recordações futuras. Também no início do mês, foi lançado um site para tentar acabar com fenómeno do autocaravanismo selvagem no Algarve e a Fortaleza de Sagres inaugurou uma loja com uma instalação artística.

Em Tavira, foram anunciadas dragagens no Gilão que abrem a porta a novos cais na frente ribeirinha.

As demolições voltaram às ilhas barreira e nem as providências cautelares evitaram que casas fossem abaixo nos núcleos do Farol e dos Hangares. Já a Culatra quer tornar-se um exemplo de como é possível viver apenas com energias limpas.

O projeto Lavrar o Mar mostrou, em Novembro, porque é que «o fogo não tem quatro letras» e nasceu uma orquestra de inclusão na Costa Vicentina. Além disso, o Sul Informação revelou como será a programação desta iniciativa até aos primeiros dias de Junho de 2019.

Ameaça de bomba obrigou à evacuação do Campus da Penha
| Foto: Nuno Costa

A descentralização de competências continuou e as escolas chegaram às mãos das Câmaras Municipais, tal como a manutenção dos centros de saúde.

A solução para a falta de verba para a construção da nova ponte da Praia de Faro teve de ser encontrada pela Câmara, que disponibilizou mais um milhão de euros para o lançamento de um novo concurso. Ainda em Faro, a autarquia foi apanhada de surpresa com a mudança do Comando Territorial da GNR para Loulé.

A Câmara de Monchique avançou mesmo para uma candidatura ao PDR2020 para trabalhos de estabilização pós-incêndio, mas os 2,7 milhões de euros podem não ser suficientes.

A 12 de Novembro, um avião da Transavia aterrou de emergência no Aeroporto de Faro, um dia depois de uma outra aeronave também ter feito uma aterragem de emergência, mas no Aeroporto de Beja.

Apesar de, inicialmente, ter havido uma ideia diferente, a Universidade do Algarve anunciou que está a pensar em transformar a antiga Escola Superior de Saúde numa residência para estudantes.

Duas ameaças de bomba obrigaram a evacuações. A primeira, no Albufeira Shopping, a 14 de Novembro, e a segunda, no Campus da Penha, no dia 21. Ambas foram falso alarme, e o autor da segunda ameaça foi detido.

O Sul Informação foi para a serra de Silves com uma equipa que anda à caça de diabetes entre os idosos e contou a história em reportagem.

Novembro foi ainda um mês de prémios: Loulé venceu o prémio de Município do Ano, o Sul Informação foi eleito o melhor órgão de informação regional e o jornalista Nuno Costa foi nomeado finalista do Prémio Nacional de Jornalismo de Inovação. Também habituado a ganhar prémios, fomos conhecer Daniel Batista, um dos melhores pizzaiolos do país, que é algarvio.

ETAR Faro/Olhão foi inaugurada

Nas estradas, Novembro fez quatro vítimas: duas delas num despiste de um camião do lixo, em Castro Marim, e outras duas, em Portimão, num acidente em que um camião esmagou um automóvel.

Na cultura, a secretária de Estado, numa entrevista ao Sul Informação, anunciou que iria haver mais dinheiro para este setor no Algarve. Um aumento de verba que não vai ser gerido por Alexandra Gonçalves, uma vez que estava de saída do cargo de diretora regional de Cultura.

Em Vila Real de Santo António, as obras da Pousada de Portugal prosseguem e deve abrir até ao final de 2019, isto se os trabalhos não acabarem mais cedo do que o previsto.

De Marrocos chegaram boas notícias para o Algarve. Representantes e docentes de várias universidades marroquinas assinaram protocolos com a Universidade do Algarve que abrem a porta deste país a empresas portuguesas e permitirão que alunos de mestrado marroquinos possam vir para a região estudar.  O 1º Conselheiro da Embaixada do Reino de Marrocos em Portugal, que acompanhou a delegação, adiantou ao Sul Informação que o seu país está «a trabalhar e a fazer contactos» no sentido de reativar a ligação marítima entre o Algarve e Marrocos.

A bonita caminhada do Silves na Taça de Portugal terminou a 25 de Novembro, depois de ter sido derrotado pelo Rio Ave.

No turismo, as eleições para a presidência da Associação Turismo do Algarve agitaram o mês. João Fernandes anunciou a sua candidatura, mas Carlos Luís, o presidente em funções, recandidatou-se afirmando que uma vitória do presidente da Região de Turismo do Algarve seria «um passo atrás».

Em dois dias, a Águas do Algarve teve dois motivos para sorrir: a 27 de Novembro inaugurou o novo datacenter e, no dia seguinte, a nova ETAR Faro/Olhão, que vai tratar os esgotos de um terço da população do Algarve.

Uma reportagem do Sul Informação revelou, a 30 de Novembro, que uma pedreira labora, em Monchique, há 15 anos, sem cumprir as regras de funcionamento.

A fechar o mês, mais uma notícia de uma morte, de Santos Serra, antigo presidente da Assembleia Municipal de Albufeira.

O Festival da Batata Doce em Aljezur, que começou em Novembro e se prolongou para os primeiros dias de Dezembro, voltava a vender a verdadeira batata doce.

 

Dezembro

João Fernandes foi eleito presidente da ATA

O Algarve começou o mês de Dezembro com dois Óscares mundiais do turismo. É também à procura de uma distinção internacional para a Baía de Armação de Pêra, que a Câmara de Silves, a Universidade do Algarve, a Junta de Freguesia de Armação de Pêra e a Associação de Pescadores de Armação de Pêra estão a trabalhar.

O caso da pedreira de Monchique que tem uma aversão às regras, revelado pelo Sul Informação, continuou a ser notícia em Dezembro, com a Inspeção Geral de Ambiente a garantir que vai intervir, «caso se justifique». Já o ministro do Ambiente veio ao Algarve dizer que «dentro de dias» teria acesso aos resultados da inspeção à pedreira de Monchique.

No Algarve, em 2018, ainda se morre de Sida, mas segundo a médica Helena Ferreira, a deteção precoce é cada vez mais eficaz.

Nas eleições para a presidência da ATA, João Fernandes venceu Carlos Luís e acumulou o cargo com a presidência da RTA. O Brexit e o reforço das ligações aéreas a Lisboa estão no topo da lista do novo responsável.

Portugal sagrou-se campeão europeu de andebol em cadeira de rodas, com a ajuda de dois atletas algarvios, que o Sul Informação deu a conhecer.

Outra vitória conquistada em 2018, mas para os habitantes de Clareanes, Malhada Velha e Carvalhal, foi o início das obras da rede de água e de esgotos, que começaram em Dezembro.

Caldas de Monchique vão mudar de dono | Foto: Pablo Sabater/Sul Informação

As Caldas de Monchique vão mudar de mãos. Um consórcio formado pela Taylor’s, pela Unlock Boutique Hotels e por uma das empresas proprietárias das Águas de Monchique vai comprar a estância e tem 10 milhões de euros para investir.

O presidente chinês visitou Portugal, numa altura em que a laranja algarvia pode estar muito perto de entrar nesse mercado asiático.

Os habitantes de Faro receberam uma “prenda no sapatinho”: os parquímetros da cidade foram gratuitos durante o último mês do ano, devido ao fim dos contratos com as empresas de estacionamento tarifado à superfície.

Depois de o Sul Informação ter avançado que Alexandra Gonçalves ia sair do cargo, em Dezembro, revelámos que Adriana Freire Nogueira ia ser a nova diretora regional de Cultura. Adriana Nogueira tomou posse no dia 16.

Os eventos apoiados pelo programa 365 Algarve continuaram a animar a região. Houve Cataplay, um “Video Lucem” renovado que estreou com Salvador Sobral e, no final do ano, a magia do novo circo regressou a Monchique, pela mão do “Lavrar o Mar”, com um espetáculo difícil de definir. O Sul Informação visitou os ensaios e a companhia francesa Cirque Aital parabenizou quem teve a ideia de trazer um espetáculo destes à vila serrana.

A ideia foi de Madalena Victorino e de Giacomo Scalisi, que deram uma entrevista ao Sul Informação, garantindo o futuro do projeto “Lavrar o Mar”.

A Gulbenkian viajou até Portimão trazendo consigo as artes plásticas, mas no futuro também irá trazer música à cidade.

As Atas de Vereação de Loulé dos séculos XIV e XV foram distinguidas como Tesouro Nacional, no dia 10 de Dezembro. No mesmo dia, soube-se que a Comissão de Avaliação do Impacte Ambiental “chumbou” o loteamento turístico nas arribas de Benagil e da praia da Marinha.

Joaquim Romero Magalhães foi distinguido com doutoramento Honoris Causa

O Sul Informação continuou a arrecadar distinções, vencendo o Prémio Nacional de Jornalismo de Inovação, que foi entregue numa cerimónia na Alfândega do Porto.

Os preparativos para o Natal começavam a animar as cidades, vilas e aldeias. Em Monchique, depois da catástrofe do fogo, a quadra natalícia foi celebrada a pensar nas crianças. A Orquestra de Jazz teve um reforço de artistas internacionais para os concertos especiais de Natal e a Cortelha voltou a fazer o seu presépio de cortiça. Já em Lagoa, as estátuas vivas voltaram a encantar e a Bordeira teve um Sítio do Natal.

O Dia da Universidade do Algarve, que distinguiu Joaquim Romero Magalhães como doutor Honoris Causa, teve também recados do reitor ao Governo, que não está a cumprir o que prometeu à academia algarvia.

Depois das mudanças na Direção Regional de Cultura, também a Direção Regional de Agricultura e Pescas teve um novo diretor regional: Pedro Valadas Monteiro.

Em Loulé, o construtor de cordofones recordista do Guiness instalou-se no Loulé Criativo para “fazer escola”.

O Portimonense continuava numa posição estável na tabela classificativa e batia o Vitória de Setúbal com o regresso de Jackson Martinez aos seus bons velhos tempos.

Os trabalhos de estabilização de emergência, depois do incêndio que assolou Monchique e Silves em Agosto, chegaram, mas não chegou todo o dinheiro pedido.

Incêndio no Algarve fez um desalojado

A Galp desistiu do furo ao largo de Aljezur em Outubro, mas a PALP continuou de pé atrás em relação às reais intenções da petrolífera e exigiu a publicação do ofício em que a ENI/Galp renunciou ao furo de Aljezur.

A 19 de Dezembro, soube-se que a empresa municipal NovBaesuris, de Castro Marim, vai ter de fechar portas, por imposição do Tribunal de Contas.

A história de Loulé em banda desenhada foi publicada em livro, a tempo de ser um bom presente para a época natalícia.

O fogo, ao longo do ano, não quis dar tréguas a Monchique e, a 20 de Dezembro, um incêndio numa casa em Alferce deixou um homem de 87 anos desalojado.

No dia 21, houve protesto nacional dos coletes amarelos e os drones foram proibidos nas imediações dos aeroportos. A manifestação acabou por não ter as dimensões esperadas pelas autoridades.

Em Olhão, continuavam as obras na Avenida 5 de Outubro que vão preparar a baixa da cidade para os «próximos 20 anos». Já em Lagoa, disputava-se o Torneio Internacional de Andebol Cidade de Lagoa, que teve padrinhos especiais.

A 23 de Dezembro, soube-se que Lagos vai ter a única Escola Ciência Viva do Algarve.

Já para adoçar a boca para o Natal, o Sul Informação visitou a Kubidoce, uma pastelaria que está mais saudável.

A véspera de Natal trouxe três notícias tristes para a região: Joaquim Romero Magalhães, que havia sido agraciado com o doutoramento Honoris Causa no início do mês, morreu, aos 76 anos, na sua casa em Coimbra. Também Maria João Calapez, a voz da Fatacil, morreu aos 46 anos, vítima de aneurisma e João Santos, fundador e sócio número 1 da Associação Almargem faleceu, vítima de cancro, aos 66 anos.

Hospital de Faro é centro reconhecido para a colocação de bombas de insulina

No dia 26 de Dezembro, o Sul Informação deu a conhecer o trabalho de uma empresa algarvia que está na linha da frente do combate à legionella.

Um parque de diversões no Algarve, que funcione todo o ano, é uma ideia que está a ser acalentada por empresários associados da Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa. Este projeto pode permitir contrariar a sazonalidade da região.

Em jeito de balanço dos factos ambientais do ano, a Quercus considerou que o abandono da exploração de petróleo em Aljezur merece destaque.

Também a merecer destaque no final do ano esteve a nova ponte da Praia de Faro que teve concurso relançado.

Em Albufeira, foram apresentados os projetos para 2019, entre eles o investimento de 8 milhões de euros nos lares de Olhos de Água e Fontaínhas.

Boas notícias também no Hospital de Faro que, depois de ter sido reconhecido como centro de tratamento para Perfusão Subcutânea Contínua de Insulina, pode colocar «pâncreas de bolso» nas crianças diabéticas do Algarve.

O Farense acabou o ano a dar um presente aos seus adeptos, goleando a Oliveirense e terminado 2018 no sexto lugar da II Liga.

Para o novo ano, vai haver novidades no abastecimento de água e no saneamento de Vila Real de Santo António, serviços que vão ser geridos por uma empresa concessionária.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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