Greve Geral fecha escolas e afeta hospitais no Algarve

Greve foi convocada pela CGTP e UGT e está a afetar, principalmente, as áreas da educação e saúde

Escolas fechadas e hospitais a meio gás são alguns dos efeitos, no Algarve, da Greve Geral da função pública de hoje, 26 de Outubro.

Ao Sul Informação, Rosa Franco, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e das Regiões Autónomas, disse que os «serviços públicos estão fortemente afetados pela adesão à greve», não querendo revelar números.

As escolas Secundária de Loulé e EB 2,3 Duarte Pacheco, em Loulé, a Secundária Tomás Cabreira e EB 2,3 D. Afonso III, em Faro, e a EB 2,3 D. Manuel I, em Tavira, são alguns dos estabelecimentos fechados, de acordo com informação avançada por Rosa Franco. A estes junta-se, apurou o Sul Informação, a Escola EB 2,3 de Quarteira.

«No Hospital de Faro, as consultas externas estão quase paradas. O Bloco Operatório só funciona para urgências e, de resto, está tudo com serviços mínimos assegurados», disse ainda. A sindicalista recebeu também a informação de que «os balcões das Finanças e Segurança Social iam fechar».

Em Portimão, os efeitos da greve também se estão a fazer sentir. João Barnabé, do SINTAP – Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos, disse ao Sul Informação que «quase todas as escolas estão fechadas e, na parte da administração local, a adesão à greve é de 80%».

No Hospital «há muitos serviços encerrados», acrescentou. Paula Vieira, do mesmo sindicato, estimou uma «adesão de 90% à greve».

Já em Faro, o nosso jornal constatou que o balcão de atendimento da Câmara de Faro, na Loja do Cidadão, está fechado, bem como o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Já nas Finanças, não havia ninguém a trabalhar nos balcões de atendimento.

Quanto a Lagos, os efeitos da greve também se fazem sentir. Na Câmara Municipal, a adesão é grande, mas, mesmo assim, está prevista a realização da cerimónia de formalização do Acordo de Geminação entre aquela cidade e Ksar El Kebir (Alcácer Quibir, em Marrocos).

Esta greve também vai afetar «muito a recolha de lixo» com os efeitos a notarem-se «mais de hoje para amanhã», disse João Barnabé. Em Portimão, por exemplo, a greve «começa às 19h00». Já na Algar, a adesão «também é grande».

A greve geral da função pública foi convocada pela CGTP e UGT e é a primeira que o Governo de António Costa enfrenta desde que tomou posse em 2015. O facto de não haver uma atualização salarial, na administração pública, há 10 anos, é uma das razões da greve.

 

Fotos: Pablo Sabater | Sul Informação

 

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