Ligação ferroviária ao Aeroporto vai ser estudada mas é um problema «essencialmente ambiental»

A ligação ferroviária da Linha do Algarve ao Aeroporto de Faro vai ser «estudada», mas é um problema «essencialmente ambiental […]

A ligação ferroviária da Linha do Algarve ao Aeroporto de Faro vai ser «estudada», mas é um problema «essencialmente ambiental e não tanto financeiro» nas palavras de Carlos Fernandes, vice-presidente da Infraestruturas de Portugal (IP). 

De acordo com o responsável, a indicação que a IP tem do Ministério do Planeamento e Infraestruturas é de «desenvolver os estudos de avaliação da ligação da rede ferroviária nacional ao Aeroporto».

Carlos Fernandes, que falava durante a apresentação do projeto de eletrificação da Linha do Algarve, esta sexta-feira, em Faro, referiu ainda que é necessário «encontrar uma solução que, do ponto de vista ambiental», consiga «materializar a ligação. Depois veremos como e de que forma».

Esta seria uma obra que custaria entre 20 a 25 milhões de euros, «valores importantes, mas não proibitivos», considerou o vice-presidente da IP.

Pedro Marques, ministro do Planeamento e Infraestruturas, também já abordou a questão ambiental que a ligação ferroviária ao Aeroporto levanta.

Em Janeiro de 2017, o governante, num jantar de ano novo do PS Algarve, disse que, «se for possível, do ponto de vista ambiental, se formos capazes de integrar do ponto de vista intermodal os transportes no Algarve, essa ligação há-de ser uma prioridade do Governo do PS e uma ligação para realizar».

Carlos Fernandes

De acordo com Carlos Fernandes, a obra só poderá avançar no próximo quadro comunitário porque, para o que está em vigor, «não há verba, nem tempo».

O responsável adiantou ainda que, além de Faro, a IP gostaria de estudar as ligações ferroviárias aos Aeroportos de Lisboa e Porto.

Quanto à possibilidade de retirada da linha ferroviária do centro de Faro, Carlos Fernandes disse que essa é uma questão que «transcende a IP». «O que estamos a fazer com a Câmara é trabalhar na melhoria da situação existente. Estive cá há pouco tempo a estudar, no local, as melhores soluções possíveis para melhorar o que existe hoje».

Ainda quanto a isto, Abrantes Machado, da administração da CP, referiu que «sendo legítimos os interesses dos cidadãos de Faro, são também legítimos os interesses de todos os que hoje utilizam essa linha para se dirigir para Faro».

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