Ministro conta ter «dentro de dias» resultados da inspeção à pedreira de Monchique

Governante está «à espera dos resultados» da inspeção a uma pedreira que não cumpre as regras há 15 anos, mas continua a laborar

Foto: Pablo Sabater | Sul Informação

João Matos Fernandes, ministro do Ambiente e Transição Energética, mandou investigar o caso da pedreira da Palmeira, em Monchique, e espera receber «dentro de dias» os resultados dessa inspeção.

O governante revelou aos jornalistas estar «à espera» das conclusões da investigação.

«Se da inspeção resultar a indicação de que se deve encerrar a pedreira, concordarei certamente», adiantou Matos Fernandes, que esta quinta-feira, 6 de Dezembro, participou no encerramento do seminário “Economia Circular do Algarve”, na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, em Faro.

A Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) já tinha garantido, ao Sul Informação, que está a «acompanhar de perto» o caso da pedreira da Palmeira, em Monchique, que não cumpre regras há 15 anos, garantindo que irá «intervir, caso se justifique».

Em declarações ao nosso jornal, Nuno Banza, inspetor-geral do IGAMAOT, tinha dito que «o assunto está a ser tratado pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), mas nós vamos analisar o auto de notícia que recebemos e poderemos ser nós ou a ASAE a instruir o processo».

A pedreira da Palmeira labora numa zona que é Rede Natura 2000 e que faz parte do perímetro de proteção da Água Mineral das Caldas de Monchique, uma situação que, segundo documentação a que o nosso jornal teve acesso, está também a preocupar a Sociedade das Águas de Monchique.

Aquela exploração de sienito está licenciada desde 1988, mas esteve sem laborar entre 1997 e 2003, tendo retomado os trabalhos nesse ano.

Desde então, têm sido feitas denúncias e queixas pelos moradores devido ao incumprimento de várias regras, como o horário de trabalho da pedreira ou o constante alargamento da área de exploração sem permissão, o que até já levou a Câmara de Monchique a embargar fora da zona licenciada, tal como o Sul Informação revelou em primeira mão no passado dia 30 de Novembro.

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