Contratação de 22 doutorados inicia regularização de investigadores precários na UAlg

A UAlg espera assinar mais 20 contratos em Janeiro, na sequência de um segundo procedimento, que já está em curso

A Universidade do Algarve celebrou contratos esta quarta-feira com 22 doutorados, nomeadamente bolseiros que já trabalhavam na instituição, e pretende admitir mais 20 em Janeiro de 2019. Estas contratações estão a ser realizadas ao abrigo da Lei do Emprego Científico e, além de regularizar as situações de investigadores que, até agora, tinham vínculos precários, permitirão «um reforço considerável nas condições de investigação», segundo a UAlg.

As contratações formalizadas na passada semana resultam de um concurso internacional aberto pela UAlg ao abrigo daquela lei. Este foi o primeiro de dois procedimentos anunciados em Maio pela reitoria da instituição, com o objetivo de regularizar a situação de investigadores que trabalhavam na universidade com bolsas da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

Entretanto, foi iniciado em Agosto um novo procedimento, desta vez para contratar outros 20 doutorados, ao abrigo da mesma lei, criada, em grande medida, para dar estabilidade laboral aos investigadores que trabalhavam nas diferentes instituições de Ensino Superior e Centros de Investigação do país, financiados por bolsas.

Apesar dos concursos terem sido lançados, os investigadores com vínculos precários da UAlg promoveram diversas manifestações, a exigir que a lei fosse cumprida e que fossem admitidos os quase 60 doutorados que não tinham ligações sem termo à instituição.

Na altura, José Moreira, delegado regional do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESUP), disse ao Sul Informação que havia «50 a 60 investigadores afetados», pelo que o primeiro concurso lançado deixava, ainda, «cerca de 40 pessoas de fora».

Com o segundo procedimento, que deverá estar concluído em Janeiro, de acordo com a UAlg, mais de metade dos casos fica resolvida. Mas não todos – o reitor da UAlg Paulo Águas tinha admitido ao Sul Informação e à Rádio Universitária do Algarve que há «três ou quatro casos» que não cumprem os critérios de elegibilidade a financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), pelo que a instituição não sabe como resolver estas situações.

Assim, o esforço da UAlg de regularização das situações de bolseiros que trabalham na instituição e de reforço das unidades de investigação não ficará por aqui. Também em 2019, a universidade algarvia vai lançar um concurso de emprego científico individual, institucional e ao abrigo de projetos de investigação, ao abrigo do qual «recrutará mais de 30 novos doutorados».

Segundo Paulo Águas, com estes concursos, «pretende-se rejuvenescer a atividade de investigação na UAlg e revitalizar o seu corpo docente, estimulando a inovação, produzindo mais ciência valorizável economicamente, mas também altruística e que contribua para uma melhor sociedade e para um desenvolvimento sustentável».

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