Já arderam 13 mil hectares no incêndio de Monchique

Portugal endereçou à Comissão Europeia um pedido de mapeamento territorial, através do sistema Copernicus

Perto de 13 mil hectares já ardidos: são estes os números fornecidos pelo mapeamento territorial, feito através do sistema de emergência da União Europeia (UE) de navegação por satélite Copernicus.

Portugal endereçou à Comissão Europeia um pedido de mapeamento territorial, através do Copernicus. Os dados obtidos, com uma área que se vê no mapa, referem-se à situação até ontem. Hoje o fogo já progrediu, nomeadamente durante a madrugada, consumindo mais uns milhares de hectares.

O sistema de emergência da UE de navegação por satélite Copernicus é um programa europeu para a observação da Terra e assenta numa parceria estabelecida entre Bruxelas, a Agência Espacial Europeia e os vários Estados-membros.

O objetivo maior do Copernicus é a disponibilização de serviços que permitam o acesso atempado a dados e informação rigorosos e fiáveis sobre o ambiente, proteção civil e segurança do cidadão.

O fogo, que começou na Serra de Monchique pelas 13h30 de sexta-feira, dia 3, no sítio da Perna da Negra, perto da fronteira com o concelho de Odemira, já progrediu desde aí por dezenas de quilómetros.

Subiu a serra, ao longo da EN266, até estar às portas de Monchique, vila que ontem à noite ficou quase por completo rodeada pelas chamas. Onte, houve também uma frente que avançou para norte, entrando no concelho de Odemira.

Em Monchique, as chamas passaram o vale, atravessando para o cerro da Picota, daí desceu pela encosta sul em direção ao Alferce e à Fornalha, atravessou a barragem de Odelouca, e segue agora em direção a este, para São Marcos da Serra. Da Picota, o fogo desceu ainda para sudoeste, em direção às Caldas de Monchique.

Neste momento, o incêndio mantém duas frentes, uma a avançar para São Marcos da Serra, outra na zona das Caldas, estando a ser combatido por 1111 operacionais, com 324 viaturas. Há oito meios aéreos destacados, mas o fumo intenso não está a deixar que helicópteros e aviões atuem no combate às chamas.

Também devido à falta de visibilidade, foi difícil fazer a avaliação das áreas afetadas pelo fogo, por parte das autoridades, que ao início da manhã realizaram um voo de reconhecimento sobre a serra de Monchique.

Comentários

pub