Quarteira vai ter mais Avenida do Atlântico, Loulé vai ganhar via panorâmica

Uma via panorâmica, a construir a Sul da cidade de Loulé, integrada num parque urbano e agrícola que aí será […]

Uma via panorâmica, a construir a Sul da cidade de Loulé, integrada num parque urbano e agrícola que aí será criado, e a extensão da Avenida do Atlântico, na entrada de Quarteira para quem vem de Loulé, são duas das obras que a Câmara de Loulé tem previstas, na área das acessibilidades.

Estas intervenções juntam-se à da conclusão da Circular Norte de Loulé, uma obra que ganhou novo alento depois de, na semana passada, a Câmara louletana e a Infraestruturas de Portugal terem assinado um acordo que dá à autarquia o poder (e a responsabilidade) de fazer a obra com capitais próprios.

Na sessão em que foi apresentada a obra que permitirá ligar a rotunda de Querença (Pavilhão Municipal) e a rotunda das Barreiras Brancas, um sonho antigo dos louletanos, também foram anunciados outros investimentos.

Um deles foi revelado ao Sul Informação pelo presidente da Câmara de Loulé, à margem da sessão. Como frisou Vítor Aleixo, a chamada circular é, na realidade, «uma ferradura», que passa a Norte da cidade. E a ideia não é tornar esta via alternativa num círculo, como o seu nome sugere.

«O que falta da chamada circular, a Sul da cidade, será substituído por uma via com uma filosofia diferente, que atravessará uma área cujo o fim é outro. Queremos desenvolver nesse local um parque urbano e agrícola, pelo que as soluções de mobilidade serão diferentes», explicou o edil louletano.

A autarquia louletana está a projetar «uma via panorâmica», aproveitando a vista sobre a zona que fica entre Loulé e o mar existente neste local.

A zona para onde está previsto este projeto está inserida, em boa parte, na propriedade do palácio do Fonte da Pipa. Há um ano, este imóvel histórico ardeu. Na altura, o presidente da Câmara de Loulé salientou que, apesar das intenções dos proprietários do palácio e «da grande propriedade» que o rodeia em urbanizar esta zona, o PDM não o permite, pelo que a solução teria de ser outra.

Agora, surge este projeto, que Vítor Aleixo assume que irá privilegiar «a mobilidade suave». «Nós queremos estar sintonizados com o nosso tempo e estamos empenhados em apostar nos novos conceitos de mobilidade, mais suaves e amigos do ambiente e, dessa forma, alterar os hábitos das pessoas», enquadrou.

Noutra cidade do concelho, a de Quarteira, também há uma intervenção de grandes dimensões planeada: a extensão da Avenida do Atlântico (antiga EN396), cuja primeira fase foi inaugurada há um ano.

Neste momento, está a decorrer o estudo prévio da segunda fase da obra, que incide sobre a extensão de cerca de 870 metros entre o local onde termina, atualmente, esta avenida e a rotunda do Vila Sol, no Semino. Este trabalho deverá estar concluído «dentro de alguns meses», segundo Paulo Viegas, da Câmara de Loulé e autor do estudo.

O novo troço da Avenida do Atlântico terá as mesmas caraterísticas do já existente, «que será usado como modelo»: duas faixas de circulação no sentido Loulé-Quarteira e apenas uma no sentido inverso, ladeadas por uma ciclovia e por passeios. Uma solução que está, em grande medida, ligada à vontade da equipa projetista em «preservar o maior número possível de árvores», na sua maioria pinheiros e cedros.

Isto significa manter a atual estrada, sem a alargar, criando «uma nova plataforma a Nascente, a seis metros da atual», para preservar a flora existente.

De caminho, a Câmara vai procurar tornar mais seguro um dos pontos negros desta zona da EN396, o entroncamento com a rua Altura de Maio, conhecido como cruzamento da Gida. Isto será conseguido, desde logo, devido ao perfil escolhido, que vai impedir que quem venha desta estrada possa virar para Quarteira, obrigando a usar a rotunda do Vila Sol. Por outro, devido à instalação de «medidas de acalmia de trânsito», como lombas, e limitando a velocidade.

Para Vítor Aleixo, este é «um lindíssimo projeto», classificando a requalificação deste troço da EN396 – rebatizado como Avenida do Atlântico – como «a cereja no topo do bolo» da nova imagem que, considera, Quarteira ganhou, com as obras públicas que foram feitas nesta cidade nos últimos anos.

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