Presidente da Câmara de Monchique quer «medida de emergência» para apoiar pequenos agricultores

Presidente da Assembleia da República diz que apoio a Monchique é consensual entre os Grupos Parlamentares

O presidente da Câmara Municipal de Monchique quer «uma medida de emergência, um fundo para apoio direto» aos agricultores afetados pelo incêndio, «ou então que o aviso, a ser publicado o mais rápido possível, contemple também as despesas feitas desde agora e não só após a publicação dessa portaria».

Rui André, no final de uma reunião com os deputados da Comissão Parlamentar de Agricultura, que contou também com a participação de Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, disse que não deve ser a Câmara a gerir as verbas dos apoios. No entanto,«se for essa a intenção do Governo», a Câmara e as Juntas de Freguesia poderão «localmente e mais próximo das pessoas», «agilizar este tipo de apoios, que são de dois, três mil euros».

Trata-se apoios em que, «na maior parte dos casos, não é necessário um processo de candidatura como alguém que precisa de uma ajuda de 100 ou 200 mil euros», defendeu.

«É preciso simplificar os processos para ajudar as pessoas, porque estas pessoas precisam de uma resposta imediata e não podem esperar mais tempo», sublinhou o autarca de Monchique.

Rui André diz ter feito ver aos deputados da Comissão da Agricultura que «é importante que se olhe para estes agricultores como pequenos agricultores que precisam simplesmente de dinheiro para comprar umas tubagens ou umas máquinas».

Neste momento, explicou, «está a fazer-se um registo, um mero levantamento», mas o edil teme que, se a solução for um processo de candidatura a apoios, «quando vier esse dinheiro já passou muito tempo e as culturas que ainda podiam ser recuperadas já se perderam».

Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, por seu lado, garantiu hoje à saída da reunião da Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas, que decorreu em Monchique, que «não será pela Assembleia da República que haverá qualquer obstáculo a que Governo seja rápido nas respostas no terreno».

Acrescentou que é «consensual» entre os Grupos Parlamentares a necessidade de apoiar Monchique, manifestando que a Assembleia da República está «totalmente disponível para apoiar esse esforço».

«O mais urgente é responder às solicitações das pessoas que perderam casas, que estão em condições difíceis no dia a dia, que felizmente são em número limitado. Mas cada caso é um caso e os que perderam habitações tem de ser o primeiro objetivo. O segundo é o apoio à reposição de rendimentos e do património florestal e também a questão de oportunidade, depois desta crise, para uma reestruturação florestal, que os senhores presidentes das Câmaras de Monchique, Silves e Portimão vão coordenar, juntamente com o governo», acrescentou Ferro Rodrigues.

 

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