Algarve está em «prontidão máxima e preparado» para combater os incêndios

Forças de segurança vão ter «tolerância zero» para quem seguir comportamentos de risco

Todo o dispositivo está em «prontidão máxima e preparado» para combater os incêndios no Algarve. A garantia é dada por Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, que visitou, esta quarta-feira, 1 de Agosto, o centro de meios aéreos de Loulé. 

Desde hoje que o Algarve está sob aviso Amarelo, emitido pelo Instituto Português do Mar e Atmosfera, devido às altas temperaturas, mas amanhã o aviso sobe para Laranja, e, com o forte calor previsto, vem a possibilidade de incêndios.

Por isso, a visita do governante à região teve como objetivo «afirmar aquilo que é um princípio nacional: a prontidão máxima de todo o dispositivo».

«Verificámos, no Algarve, essa interligação entre Bombeiros, GNR, Forças Armadas e o reforço do patrulhamento e medidas de sensibilização. Todos conjugados neste esforço coletivo, também com grande envolvimento das autarquias da região», disse Eduardo Cabrita aos jornalistas.

A região é uma das zonas de risco máximo ou muito elevado de incêndio, prevendo-se, nas próximas 48 horas, um aumento gradual do número de concelhos com risco máximo, no Sotavento algarvio.

«A prevenção é fundamental», considerou o ministro, que deu, como exemplo, comportamentos a evitar: «não fazer sardinhadas em zonas de florestas» ou «não lançar foguetes em zonas de risco».

O governante fez questão de reafirmar que o dispositivo está «na sua máxima capacidade no Algarve, nas suas várias frentes».

«O patrulhamento foi reforçado, foram ativados mecanismos adicionais de patrulhamento quer da GNR, quer das Forças Armadas, que já estão em plena eficácia», exemplificou. Na região, adiantou, há «oito unidades de patrulhamento da GNR em funcionamento».

Esse fortalecimento dos meios já ajudou, por exemplo, a combater um incêndio, que deflagrou esta madrugada, na Serra de Monchique. A ocorrência foi combatida «num espaço mínimo de tempo», o que mostra como «estamos preparados», disse.

De Janeiro a Julho, houve, em Portugal, 6500 incêndios, o terceiro menor número dos últimos 10 anos, com 70% a deverem-se ao «uso inadequado do fogo». «Temos uma área ardida muito baixa, mas é cedo para fazer qualquer balanço». Até porque até agora os bombeiros tiveram a grande ajuda das condições climatéricas, com temperaturas abaixo da média normal para a época.

Eduardo Cabrita fez-se acompanhar, na sua visita ao Centro de Meios de Loulé, pelo secretário de Estado da Proteção Civil e pelo comandante nacional da ANPC, tendo-se reunido com elementos da Proteção Civil no Algarve, como o comandante Vítor Vaz Pinto, bem como com o presidente da AMAL Jorge Botelho, deputados e Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé. Fez também uma visita aos meios da GNR, INEM e Bombeiros.

O ministro apelou a «todos os cidadãos para que cumpram as recomendações para um país mais seguro».

Quem adotar comportamentos de risco, garantiu, terá «tolerância zero». «Estamos a fazer tudo em matéria de sensibilização, mas a orientação dada às forças de segurança é que, na fiscalização, a tolerância seja zero relativa a comportamentos de risco», concluiu.

 

Fotos: Gonçalo Dourado e Pedro Lemos | Sul Informação

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