Margarida Tengarrinha ganhou um voo de parapente no seu 90º aniversário

«Não quero morrer sem fazer parapente», tinha dito Margarida Tengarrinha à reportagem do Público, num artigo dedicado aos seus 90 […]

«Não quero morrer sem fazer parapente», tinha dito Margarida Tengarrinha à reportagem do Público, num artigo dedicado aos seus 90 anos bem vividos, que ontem se comemoraram. E no jantar (mais ou menos) surpresa que lhe promoveram esta segunda-feira, uma amiga ofereceu-lhe…um batismo de voo em parapente.

O original presente foi-lhe oferecido por Lurdes Pacheco, funcionária do Museu de Portimão, que tem trabalhado com Margarida Tengarrinha, por exemplo quando esta é voluntária na oficina de restauro e conservação da estrutura museológica algarvia.

«O meu sobrinho tem um centro de parapente e, quando eu li no jornal que a Margarida queria experimentar, pensei logo: é isto que vou oferecer!». E portanto, um dia destes, lá andará Margarida Tengarrinha pelos ares, a conhecer o seu Algarve a voo de pássaro.

O jantar de ontem, na Praia da Rocha, foi promovido por duas das suas amigas – Gisela Lima e Manuela Barra –, e contou com 80 pessoas, entre as quais as duas filhas de Margarida, Teresa Dias Coelho e Guida, que também estiveram na organização da festa.

Mas havia ainda amigas de infância e outras (e outros) mais recentes, membros do Partido Comunista, bem como autarcas, muitos membros dos Amigos do Museu de Portimão, do ICIA e da Universidade Sénior desta cidade, onde a aniversariante dá aulas de História de Arte. E até uma jornalista.

É que Margarida Tengarrinha, apesar dos seus 90 anos, não pára – foi resistente antifascista, antiga deputada e dirigente do PCP, é pintora, escritora, professora na Universidade Sénior de Portimão, sócia destacada do Grupo dos Amigos do Museu de Portimão, voluntária neste espaço museológico, lançou há pouco tempo mais um livro («Memórias de uma Falsificadora»)…e agora vai experimentar as emoções do parapente.

Muito feliz com a festa (mais ou menos) surpresa que lhe prepararam, Margarida recebeu também, como prendas, ramos de flores – com destaque para os cravos e para o ramo da espiga -, assim como teve direito a um bolo decorado com um cravo vermelho. «Não estou aqui a fazer um comício, mas quero dizer-vos que estou muito, muito feliz por estar aqui rodeada de tantos amigos», disse a homenageada, quando lhe cantaram os parabéns.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 

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