Meios aéreos ainda não conseguem atuar devido ao fumo, a partir das 12h00 volta o vento

O comandante Abel Gomes anunciou «quadro meteorológico adverso» a partir do meio dia

Os meios aéreos ainda não estão a conseguir atuar, no incêndio de Monchique, devido ao fumo espesso que paira sobre a zona, disse o sub comandante distrital Abel Gomes, na conferência de imprensa da Proteção Civil que está a decorrer agora em Monchique.

O comandante Abel Gomes revelou ainda que, a partir das 12h00, se prevê que o vento aumente, sendo essa uma situação que «preocupa». «Teremos um quadro meteorológico adverso, a intensidade dos ventos vai aumentar», em direção a São Marcos da Serra.

A favor, aquele responsável disse que está «todo o empenhamento feito durante a noite», com o trabalho da bateria das máquinas de rastos.

Quando à frente que lavra na zona das Caldas de Monchique, Abel Gomes admitiu que se trata de uma «situação muito sensível», estando os meios «pré posicionados», depois de terem sido retirados moradores e turistas dessas zonas.

O comandante adjunto disse que, para um ataque mais forte, «falta a possibilidade de dar apoio aéreo», mas os helicópteros e aviões só poderão começar a atuar «quando o fumo se dissipar». «Com o passar das horas esperamos que o fumo se desvaneça».

Apesar das duas frentes, Abel Gomes garantiu que neste momento a «situação é muito mais favorável do que foi durante a noite», embora continuem as situações «sensíveis», a merecer «toda a nossa preocupação e atenção», no combate a este incêndio, que tem «um perímetro muito grande».

Quanto a casas afetadas, o responsável adiantou não ter ainda dados concretos sobre o «edificado afetado», não sabendo se se trata apenas de «casas devolutas» e «edifícios de apoio agrícola». Mas o Sul Informação sabe que há casas que arderam, total ou parcialmente, em diversos pontos da serra, nomeadamente na zona à volta da vila de Monchique.

O sub comandante operacional salientou que «a salvaguarda da vida humana é a maior preocupação» dos agentes da proteção civil no terreno, embora tenha havido «várias casas defendidas».

Durante a madrugada, foram evacuadas várias localidades e sítios, nomeadamente as Caldas de Monchique, a urbanização do Montinho, o hotel MacDonald, Barranco do Banho, Monchicão (junto à ribeira de Odelouca).

Mais abaixo, já no concelho de Portimão, foram retiradas as populações da zona de Vale Boi e Rasmalho, já que as chamas seguem ao longo da estrada entre Monchique e Portimão.

A maioria das pessoas deslocadas foram levadas para a Escola EB 2,3 de Monchique, enquanto outras ficaram alojadas em casa de familiares. Neste momento, ainda não há condições para que as populações regressem a casa.

As estradas de acesso a Monchique estão quase todas cortadas, seja pelo lado de São Marcos da Serra e Alferce, seja pelo lado de Portimão. Neste caso, o trânsito está cortado na rotunda do Porto de Lagos, como acaba de constatar o repórter do Sul Informação.

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