O Instituto da Conservação Natureza e Florestas (ICNF) garante que não foi «pedida qualquer autorização» para o abate de árvores, em Cacela Velha, no Parque Natural da Ria Formosa, e que vai analisar o processo.
Em resposta hoje enviada às perguntas do Sul Informação, o ICNF diz que «se deslocou ao local, no sentido de verificar se existia alguma irregularidade associada às intervenções» e que, dessa visita, «resultou a paragem imediata dos trabalhos».
Ao nosso jornal, fonte da GNR garantiu, na passada quarta-feira, 4 de Julho, que estes trabalhos de desmatação numa propriedade privada, que está em zona protegida pela Reserva Agrícola Nacional (RAN) e Reserva Ecológica Nacional (REN), foram autorizados pelo ICNF. Os trabalhos, disse a GNR, estavam a ser realizados ao abrigo do decreto de lei 124, que regulamenta a limpeza obrigatória de terrenos.
O Instituto apenas confirma, em resposta às questões do Sul Informação, que o objetivo dos trabalhos foi «dar resposta às obrigações decorrentes da legislação relativa à Defesa da Floresta contra Incêndios».
O processo vai agora ser «analisado», para que haja uma «atuação necessária em conformidade com a legislação aplicável e as competências do ICNF».
Fonte da GNR tinha dito ao Sul Informação que o trabalhos tinham sido suspensos esta quinta-feira, 5 de Julho, devido a infrações nas arribas, mas o nosso jornal confirmou que só hoje tal aconteceu.
«A desmatação já foi suspensa e vão ser levantadas contraordenações pois andaram a limpar além daquilo que podiam», referiu, então, a fonte da GNR.
Os deputados José Carlos Barros e Cristóvão Norte, eleitos pelo PSD no círculo de Faro, também já pediram, entretanto, esclarecimentos a João Matos Fernandes, ministro do Ambiente, sobre este abate de árvores, em Cacela Velha, em pleno Parque Natural da Ria Formosa.
Comentários