As localidades de Falacho e Falacho de Cima, a pouco mais de dois quilómetros da cidade de Silves, estão a ser evacuadas devido à proximidade das chamas. O incêndio, que começou na sexta-feira em Monchique, alastrou ontem ao concelho vizinho e está a aproximar-se destes dois aglomerados populacionais, embora não haja informações de habitações em risco, revelou ao Sul Informação a presidente da Câmara de Silves Rosa Palma.
Segundo a edil silvense, a situação «complicou-se na noite de segunda-feira», o que levou a que fossem evacuadas casas isoladas e aglomerados populacionais. Desde ontem e ao longo da noite, o fogo andou perto do Zebro de Cima. Hoje, ameaça Falacho e Falacho de Cima.
«Temos estado a convidar as pessoas a deixar as suas casas, pelo menos na fase de maior risco. As pessoas têm compreendido. Umas estão a ir para casa de familiares, outras são deslocados para a Escola Garcia Domingos, onde os podemos receber e temos apoio logístico», revelou Rosa Palma.
«As condições climatéricas adversas que se fazem sentir não têm ajudado e têm levantado vários pontos de fogo dispersos. Está muito complicado», acrescentou.
No terreno, estão já bombeiros e meios a combater as chamas, mas a presidente da Câmara de Silves pede «que venham mais, porque os operacionais estão a ficar cansados». A população do Zebro de Cima acabou por ter de combater as chamas sozinha, durante a noite e boa parte da manhã, já que os meios que ali estavam foram enviados para outro local.
De manhã, começaram a ser ajudados por um helicóptero. Entretanto, três aviões Canadair estão já a atuar nesta frente de incêndio que lavra em Silves , que têm «dado uma ajuda».
A Câmara de Silves, garantiu Rosa Palma, fez o trabalho de casa e tem «a larga maioria das faixas de combustível feitas», bem como «todos os acessos». Mas, tendo em conta «que o fogo está a saltar» e devido ao vento, «tem sido difícil para os bombeiros combater as chamas».
Igualmente feito está «o levantamento de toda a habitação dispersa» existente no concelho. «Sabemos quais as casas habitadas, quais as pessoas com mobilidade reduzida, o que facilita o processo de relocalização quando há situações de perigo», assegurou.
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