Universidade do Algarve quer transformar Escola Superior de Saúde em residência universitária

Academia algarvia acredita que, caso seja viável, a nova residência será contributo que os estudantes possam encontrar alojamento a preços acessíveis

A Universidade do Algarve vai estudar a viabilidade económica de transformar as antigas instalações da Escola Superior de Saúde, junto ao Teatro das Figuras, em Faro, numa nova residência universitária.

Esta decisão surge na sequência da adesão da academia algarvia ao Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado (FNRE), formalizada esta segunda-feira, 12 de Novembro, em Tomar.

Para Paulo Águas, reitor da UAlg, «saber se economicamente é viável transformar as instalações do antigo edifício da Escola Superior de Saúde, em residência universitária, é condição indispensável para o processo de tomada de decisão em curso».

Segundo a Universidade do Algarve, «a transformação do edifício em residência, situada entre os dois campi (Gambelas e Penha) e com boa ligação à rede de transporte urbanos, constituirá um forte contributo para minorar as dificuldades atualmente sentidas pelos estudantes deslocados em encontrar alojamento a preços acessíveis».

O Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado é gerido pela Fundiestamo, com envolvimento do Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social, e «irá promover a oferta para estudantes do ensino superior e famílias que, não sendo carenciadas, têm dificuldade em encontrar habitação condigna a valores que conseguem suportar», explica a UAlg.

Este fundo não implica verbas do Orçamento do Estado, nem obriga as entidades a endividarem-se ou a consumirem capitais próprios.

Segundo o presidente da Fundiestamo, Alberto Souto Miranda, «os imóveis envolvidos representam um total de 19 milhões de euros, a que se juntam os 18 milhões para obras, num investimento total de 37,7 milhões de euros».

Atualmente, os Serviços de Ação Social da Universidade do Algarve dispõem de nove Residências Universitárias, com 558 camas, destinadas aos estudantes de formação inicial e mestrados, mas estão «totalmente lotadas».

As residências encontram-se distribuídas por Faro, Gambelas e Portimão e apresentam estruturas diferentes, estando organizadas por edifícios tipo residencial ou apartamentos.

Docentes e investigadores (nacionais e estrangeiros) também podem contar com o apoio dos Serviços de Ação Social da UAlg, que disponibilizam seis residências, com uma capacidade global de 56 camas.

Além da UAlg, assinaram protocolo com o FNRE as Universidades de Coimbra e de Évora e os Institutos Politécnicos de Coimbra e de Leiria.

Em Junho, a ideia do reitor para ocupar o edifício da Escola Superior de Saúde era diferente, uma vez que anunciou, em entrevista ao Sul Informação, que havia a «intenção de transferir o curso de Artes Visuais para o Campus de Saúde».

Entretanto, a Escola Superior de Saúde já está a funcionar em pleno no Campus de Gambelas, desde o início deste ano letivo, uma decisão que provocou contestação por parte dos alunos, com a Associação Académica da UAlg a mostrar-se «desconfortável» com a mudança.

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