Zona a sul da Nave, Casais e Barragem de Odelouca são as áreas de maior preocupação no fogo de Monchique

Turbulência está a impedir a atuação dos meios aéreos

Há ainda «seis pontos quentes» no incêndio de Monchique, mas as zonas de maior preocupação atual são «a sul da Nave», «em direção a Casais» e «a zona da Barragem de Odelouca», acaba de dizer Vítor Vaz Pinto, comandante operacional da Proteção Civil no Algarve, numa conferência de imprensa em Monchique.

O responsável adiantou que esta manhã os meios aéreos voltam a ter dificuldade de operar, devido à grande «turbulência». Há «ventos com rajadas fortes, que causam constrangimentos ao nível operacional». «Temos dificuldades no combate devido à turbulência, que impede uso dos meios aéreos», reforçou Vaz Pinto.

No entanto, garantiu, «não é por falta de meios que a extinção [do incêndio] não se faz mais cedo».

Por seu lado, o secretário de Estado da Proteção Civil não quis responder a perguntas sobre o atraso num plano de ordenamento promovido pelos produtores florestais ou sobre as acusações da Associação de Bombeiros Profissionais.

O governante disse que «a prioridade é combater o incêndio, salvaguardar as pessoas», instando todos a «respeitar as orientações das autoridades», nomeadamente as que estão a «retirar pessoas» ou a «cortar estradas para ninguém ter acesso às zonas de risco».

Quanto ao número de casas, de primeira habitação ou não, destruídas pelas chamas, nem o presidente da Câmara Rui André quis responder às perguntas. «Estamos ainda em ação de combate, temos que dar resposta». «Vamos depois quantificar os números, para já não tenho números precisos», salientou o autarca.

Neste momento, as chamas, que se espalham por vários focos e frentes, com reativações e projeções constantes, estão a ser combatidas por quase 1150 operacionais, apoiados por 334 veículos e 16 meios aéreos, com dificuldade em atuar. Trata-se de seis aviões Fireboss, quatro Canadairs, quatro helicópteros ligeiros/médios e um helicóptero pesado. Há ainda um avião de apoio.

Em Monchique já há operacionais de todo o país, desde Viseu e Aveiro, bem como espanhóis.

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