Faro cria equipa para desenvolver candidatura a Capital Europeia da Cultura

A preparação da candidatura de Faro a Capital Europeia da Cultura de 2027 vai ser desenvolvida por uma equipa cuja […]

A preparação da candidatura de Faro a Capital Europeia da Cultura de 2027 vai ser desenvolvida por uma equipa cuja constituição deve ser conhecida ainda no primeiro trimestre de 2018.

Rogério Bacalhau, em entrevista ao Sul Informação, adiantou que «estamos a formar uma equipa que deve estar completa no primeiro trimestre de 2018. Essa equipa começará a desenvolver ações e a conceber o um projeto que seja partilhado e acarinhado por todos os concelhos do Algarve e todas as forças políticas.

Segundo o autarca, quando foi conhecida a intenção de candidatura da capital algarvia à iniciativa, «houve algum trabalho feito. Depois, a partir do primeiro trimestre de 2017, suspendemos um pouco, pelo menos em termos de visibilidade, porque este é um projeto que não é deste mandato, deste presidente ou de quem vier a seguir. É um projeto que se pretende que seja do concelho e da região. Eu estou à vontade para dizer isso, porque, em 2027, não estarei sentado nesta cadeira».

Festival F | Foto: Martyna Mazurek

No corrente ano de 2018, o trabalho visível de promoção de Faro enquanto candidata a Capital Europeia da Cultura vai recomeçar.

A autarquia quer desenvolver «uma estratégia de desenvolvimento cultural para o concelho, com um conjunto vasto de ações. «No primeiro ano de trabalho efetivo, vamos criar esta equipa e queremos ter um plano estratégico para desenvolver. A questão aqui, até mais importante do que ganharmos o galardão (apesar de ser para isso que estamos a trabalhar), tem a ver com todo o processo que vamos desenvolver e toda a dinâmica que queremos atingir no concelho. E isso é que é importante para quem faz as análises e a seleção».

Questionado pelo Sul Informação sobre se esta nova dinâmica pode levar à criação de novos “eventos-âncora” no concelho, para juntar ao Festival F, por exemplo, Rogério Bacalhau admitiu que «estamos a estudar essa situação, mas não temos uma decisão tomada relativamente a isso».

«Quando pensamos em eventos, pensamos no Verão e, na época alta, há uma multiplicidade de eventos muito grande. Quando olhamos para o calendário, há poucos momentos disponíveis e temos que dar sustentabilidade ao que existe. Temos, sim, que criar mais atividade na época baixa, essa é uma nota que nos deve orientar», acrescentou o presidente da Câmara de Faro.

Apesar de a intenção de candidatura ter sido avançada durante o seu mandato, Rogério Bacalhau realça que esta é uma aposta que não tem uma cor política, até porque, «felizmente, durante a campanha, todos os partidos tinham este desígnio. Quando decidimos avançar, falámos com todos os partidos e todos mostraram estar de acordo. Não queremos que seja um projeto deste mandato, desta cor política, ou de outra. Queremos que seja nosso, em termos de concelho e também da região», concluiu.

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