Fuga de combustível obriga a isolar draga que se virou na Ria Formosa

A draga que se virou esta manhã junto à barra da Armona, em Olhão, está a libertar combustível e será […]

A draga que se virou esta manhã junto à barra da Armona, em Olhão, está a libertar combustível e será cercada por barreiras de contenção, ainda esta tarde. Para já, a situação não é muito preocupante, segundo o comandante Nunes Ferreira, capitão do Porto de Olhão, mas há «300 litros de óleo no motor» que poderão vir a libertar-se.

«Neste momento, há algum gasóleo a vir ao de cima. Ainda não sabemos se é uma pequena fuga ou se são resíduos de combustível. Vamos enviar agora uma equipa de mergulhadores, para avaliar a situação», revelou Nunes Ferreira ao Sul Informação.

O capitão do Porto de Olhão acrescentou que a quantidade de combustível não é elevada e que este «se evapora a menos de cem metros da draga», pelo que «não há perigo de chegar a terra». «Com as atuais condições meteorológicas, também não antevemos que haja risco para o ecossistema da Ria Formosa», acredita.

Ainda assim, «já estão a caminho» barreiras de contenção, que Nunes Ferreira espera ter instaladas «por volta das 15h00». «Parte delas são nossas, as outras vêm de Faro e de Portimão», disse.

Esta proteção também servirá de salvaguarda a uma eventual fuga do óleo do motor, neste caso, em quantidade considerável. Além disso, frisou o capitão do Porto de Olhão, «o óleo é muito mais prejudicial para o ambiente do que o gasóleo», já que este segundo se «dissipa no ar e dilui-se na água».

Para já, não se sabe o que motivou este acidente, ocorrido cerca das 8h00 de hoje, terça-feira. «Tendo em conta as condições meteorológicas que se faziam sentir, está colocada de lado a possibilidade de ter sido causado por um golpe de mar. Poderá ter sido falha humana ou falha técnica, mas só o inquérito que será feito é que permitirá apurar com certeza», explicou ao Sul Informação o comandante.

Quanto aos quatro tripulantes da draga, estão «fora de perigo». «Um deles, que estava com uma hipotermia leve, nem quis ir para o Hospital. Os outros três estão a ser submetidos a exames, mas a sua situação é estável», revelou Nunes Ferreira.

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