RTA une-se a associações «na procura de soluções» para danos causados pelo incêndio

Presidente do Turismo do Algarve garante que está a seguir de perto a situação e a trabalhar em respostas

A Região de Turismo do Algarve já está em contacto com a Rota Vicentina e com outras entidades que gerem trilhos dedicados ao Turismo de Natureza, de modo «procurar soluções» e «trabalhar num conjunto de respostas» à destruição causada pelo incêndio que deflagrou em Odemira no passado e alastrou para Aljezur e para Monchique.

Em declarações ao Sul Informação, André Gomes, presidente da RTA, revelou que nos últimos dias esteve em contacto com as associações que «gerem esses trilhos, que gerem essas rotas, em termos turísticos, em termos daquilo também que é a intervenção no território e ao nível da paisagem», para perceber qual a situação no terreno.

«Desde o início do incêndio e, principalmente, desde que o fogo se dirigiu para o Algarve, tentei acompanhar de muito perto com os presidentes de Câmara de Aljezur e de Monchique, qual é que estava a ser o impacto no território e, em particular, obviamente, naquilo que são as infraestruturas turísticas que temos nesse território», revelou.

Apesar de, para já, não haver conhecimento de «qualquer infraestrutura turística no Algarve que tenha sofrido de uma forma relevante, com os fogos» – ao contrário do que aconteceu em Odemira -, «tivemos um impacto grande ao nível daquilo que é a paisagem destes concelhos, principalmente ali na área de Aljezur, na zona de Odeceixe».

«Temos um impacto considerável nalguns trilhos da Rota Vicentina e, nesse sentido, também já estamos em contacto com as associações de turismo de natureza daquela área, daquele território, já estamos a trabalhar em respostas e à procura de soluções», assegurou o presidente do Turismo do Algarve.

 

André Gomes – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 

Na quarta-feira, a Rota Vicentina promoveu uma primeira reunião com a RTA «para, precisamente, encontrarmos soluções e respostas para o que foi o impacto ao nível da natureza, mas também nalguns equipamentos relacionados com a sinalética destes trilhos».

Hoje, a Rota Vicentina saiu «esperançosa» de uma reunião que manteve com os municípios afetados, o Governo e empresários.

André Gomes preconiza «uma resposta imediata» e o avanço célere «para projetos que reponham o mais rapidamente possível a beleza natural que temos naquele território».

O presidente do Turismo do Algarve admite usar um modelo semelhante ao que foi aplicado após o incêndio de Monchique e Silves, em 2018.

«Vamos agora construir o projeto, vamos procurar os parceiros adequados para tal e vamos reagir e repor aquilo que é o nosso património natural, que é tão característico do Algarve», concluiu.

 

 

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