A abolição das portagens, aprovada na passada quinta-feira pela Assembleia da República, só «peca por tardia», afirma a Comissão Coordenadora Regional do Bloco de Esquerda no Algarve.
Segundo os bloquistas algarvios, a eliminação das portagens na Via do Infante e noutras ex-scut, aprovada por «uma ampla maioria na Assembleia da República, onde se incluiu o Bloco de Esquerda», foi «uma enorme vitória para todos aqueles que lutaram contra umas portagens injustas, implementadas em 2011, entre os quais muitos militantes e simpatizantes do Bloco».
A abolição, recordam, «foi proposta diversas vezes na Assembleia da República», mas «essas propostas foram sempre rejeitadas por PS, PSD, CDS e Iniciativa Liberal».
O Bloco afirma que irá manter-se «atento até final de todo este processo legislativo para assegurar que a proposta será clara, efetiva e de aplicação urgente, mas tomamos nota, desde já, que a persistência de todos os que lutaram por este dia valeu a pena».
No Algarve, «a luta travada foi intensa e persistente, protagonizada principalmente pela Comissão de Utentes da Via do Infante, ao longo de vários anos», salientam os bloquistas.
Para este partido, «a introdução de portagens provocou sérios prejuízos à região, utentes e populações: perderam-se inúmeras vidas em muitos acidentes mortais na EN125, que ainda não se encontra totalmente requalificada; muitas empresas foram à falência; a região perdeu competitividade em relação à vizinha Andaluzia; o Estado perdeu muitos milhões de euros para os bolsos da concessionária privada; a mobilidade regrediu e as assimetrias regionais agravaram-se».
Ora, salienta o Bloco de Esquerda, «a principal responsabilidade de todas estas consequências negativas só pode ser assacada, principalmente, ao PS e PSD».
«A partir de agora um futuro mais promissor abre-se para o Algarve, livre de portagens. A concretização desta medida, que se espera para breve, só foi possível devido à luta, árdua e tenaz dos algarvios. Vale sempre a pena lutar e o Bloco cá estará para impulsionar essas lutas em prol de melhores condições de vida e mais justiça social para todos».
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