Costa diz que Governo tem «compromisso muito sério» com o Algarve

Primeiro-ministro fez questão de «expressar uma palavra de solidariedade» para com o Algarve

Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

O primeiro-ministro António Costa disse, esta sexta-feira, 23 de Outubro, em Loulé, que o Governo tem um «compromisso muito sério» com o Algarve e que o seu executivo tem de «ser capaz de responder» às suas necessidades. Por isso, até 2027, a região terá acesso a mais 500 milhões de euros em fundos europeus.

O líder do Governo participou na cerimónia de assinatura de um acordo de colaboração entre a Câmara de Loulé e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), no Cine-Teatro Louletano, que vai permitir o financiamento de 320 novos fogos no concelho.

No seu discurso, Costa começou por «expressar uma palavra de solidariedade» para com o Algarve – «uma das regiões do país mais duramente atingida pela crise económica que a Covid-19 provocou».

«Esta crise tem uma dimensão social importante e não é seguramente por acaso que é das regiões onde a taxa de desemprego tem aumentado mais», reconheceu.

De acordo com os últimos dados, divulgados na quarta-feira, 21 de Outubro, o desemprego registado no Algarve cresceu 157,5% em Setembro.

 

Vítor Aleixo e António Costa – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

 

Com estes números em cima da mesa, António Costa reconheceu que o seu Governo tem «uma responsabilidade acrescida em contribuir para a diversificação da base económica da região, para a tornar mais resiliente a crises que possam atingir o turismo, sem que deixe de trabalhar para continuar a ser um dos grandes destinos à escala mundial».

O primeiro-ministro aludiu, por isso, à «preocupação» que houve para «compensar o Algarve» no próximo quadro financeiro plurianual que entrará a 1 de Janeiro.

«Reforçámos o programa operacional com uma dotação própria que permitirá duplicar o acesso da região nos próximos sete anos aos fundos comunitários. Isto é importante porque é uma região de transição e uma das que menos fundos tem conseguido mobilizar. O que vamos ter no próximo quadro é que vamos passar dos 300 milhões de euros para mais de 600 milhões de fundos comunitários para o desenvolvimento da região do Algarve», explicou António Costa que já tinha anunciado este reforço em Setembro do ano passado.

A isto soma-se, ainda, o «programa especial na área do Ambiente» que faz parte do «Programa de Recuperação e Resiliência», com o objetivo de «responder a um dos maiores desafios da região: a eficiência hídrica, seja para combater as perdas da rede, seja as novas formas de abastecimento, como a dessalinização».

 

António Costa – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

 

Por isso, «o próximo programa prevê cerca de 200 milhões de euros para investimento específico nestas áreas», disse.

Assim, «entre o próximo quadro financeiro e o programa de resiliência, o Algarve vai dispor de mais 500 milhões de euros», resumiu António Costa.

Este «reforço», como o apelidou o primeiro-ministro, não faz, ainda assim, «ignorar os compromissos que temos e que estão em curso».

Aqui, o líder do Governo elencou três: «a eletrificação da linha, o desenvolvimento do Hospital Central e também, ainda ontem foi aprovado, uma revisão do tarifário das portagens».

«Com esta determinação, nós conseguiremos fazer aquilo que em situações de crise é essencial: é com o mesmo euro conseguir prosseguir diferentes objetivos e aqui são claros: conseguir habitação, ajudar a reanimar a economia, criar emprego numa fase em que o desemprego está a aumentar e, assim, criarmos melhores condições para melhor coesão territorial e social e isso significa maior competitividade», concluiu António Costa.

 

 

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