Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility
vila vita parc white asparagus

Há oito Câmaras das 16 existentes no Algarve que não vão assumir nenhuma das competências que o Governo decidiu transferir para as autarquias. No campo oposto, só Olhão e Portimão vão assumir todas.

Em causa, estão os nove diplomas que já foram publicados em Diário da República, que enquadram a transferência de competências do Estado Central para as autarquias, cuja não aceitação tinha de ser transmitida à Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) até ontem, dia 31 de Janeiro.

Nesta primeira fase estava em causa a passagem de responsabilidades relativas a Praias, a Modalidades Afins dos Jogos de Fortuna e de Azar, à Habitação, a Vias de Comunicação, à Justiça, aos Bombeiros, às Estruturas de Atendimento ao Cidadão, ao Património Imobiliário Público e ao Estacionamento Público.

recrutamento zoomarine 2025

Assim, depois de Silves e Lagoa, que há muito anunciaram que não iam aceitar nenhuma das atribuições a ser descentralizadas, também Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Monchique, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António decidiram deixar para mais tarde a assunção de mais responsabilidades.

Faro e Tavira aceitam sete competências, Loulé vai assumir seis das atribuições a descentralizar, Albufeira e São Brás de Alportel quatro e Lagos apenas uma competência – veja quais na infografia abaixo.

Silves foi a primeira a rejeitar liminarmente a transferência de competências. Ainda nem sequer tinham começado a ser aprovados, em Conselho de Ministros, os diplomas setoriais de transferências de competências, já a Assembleia Municipal silvense rejeitava assumir as novas atribuições que iriam ser transferidas, ao abrigo de uma lei aprovada algumas semanas antes.

«Nós comunicámos à DGAL antes de 15 de Setembro que não pretendíamos assumir qualquer competência e fomos o único município do Algarve a cumprir este prazo que estava estipulado na lei», disse ao Sul Informação a presidente da Câmara de Silves Rosa Palma.

Entretanto, e tendo em conta o atraso na publicação em Diário da República dos diplomas que foram sendo aprovados  – algo que só aconteceu em Novembro – este prazo foi prorrogado.

«À medida que iam sendo publicados, nós também comunicámos a nossa não aceitação à DGAL», assegurou a edil silvense.

Sul Informação

Também Francisco Martins, presidente da Câmara de Lagoa, disse, desde a primeira hora, que não iria aceitar nenhuma competência  e confirmou-o ao Sul Informação já este mês.

Mais recentemente, outros seis municípios aprovaram, em Assembleia Municipal, ficar livres de novas responsabilidades em 2019.

As razões para a rejeição de novas atribuições está, nos diferentes casos, muito ligada à vontade de perceber melhor o que está em causa e, principalmente, quais os pacotes financeiros associados a esta passagem de testemunho.

Ainda assim, muitos dos autarcas afirmaram que são totalmente a favor da descentralização em curso. No entanto, como ilustrou o edil alcoutenejo Osvaldo Gonçalves, há «ainda várias questões que gostaríamos de ver esclarecidas» e para as quais não chegou resposta «em tempo útil».

Estas dúvidas não são exclusivas daqueles que não aceitaram nenhuma competência. Também Vítor Guerreiro, que preside à Câmara de São Brás, disse ao Sul Informação que não aceita algumas novas atribuições, porque «não está bem explicado quais as contrapartidas financeiras».

Quanto à aceitação das competências relativas às praias, Vítor Guerreiro explicou que «assumimos já, pois tanto fazia assumir ou não», tendo em conta que este é um concelho do interior onde não existem praias fluviais ou lacustres, que também são incluídas no diploma.

A passagem das novas competências para os municípios foi regulamentada em 11 diplomas aprovados em Conselho de Ministros, em 2018, após negociação com a Associação Nacional de Municípios Portugueses.

Por enquanto, as Câmaras Municipais ainda têm poder para decidir quais as competências que aceitam. Mas esta descentralização vai ser universal e obrigatória a partir de 2021.

Infografia: Nuno Costa|Sul Informação

 

Sul Informação

Loading…

infraquinta rumo à sustentabilidade
festival de caminhadas

Também poderá gostar

Faro-Comunidade Intermunicipal do Algarve-CIM-PS3

AMAL aprova orçamento de 18,7 milhões para 2025

Faro Amal 2 anamadeira

OE2025: Municípios recebem 3157,3 milhões através do Fundo de Equilíbrio Financeiro

Câmara de Faro Ilha do Farol Rogério Bacalhau_2024_HR|Ilha do Farol de Santa Maria (1)|Ilha do Farol de Santa Maria (2)|Rogério Bacalhau e Feliciano Júlio_2024_HR|Rogério Bacalhau e José Luís Cacho_2024_HR|Feliciano Júlio_2024_HR

Núcleo de Farol e os seus problemas passam a ser geridos pela Câmara de Faro