ACRAL: João Rosado leva eleições e adversários para a barra dos tribunais

João Rosado avisou esta segunda-feira que vai continuar a lutar nos tribunais pela anulação do ato eleitoral da passada sexta-feira […]

João Rosado avisou esta segunda-feira que vai continuar a lutar nos tribunais pela anulação do ato eleitoral da passada sexta-feira na Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL) e pediu aos sócios para «não se desvincularem da ACRAL», intenção que garantiu que «inúmeros» associados lhe transmitiram nos últimos dias «por não se identificarem com a forma como o processo [eleitoral] foi conduzido».

Uma reação à eleição de Victor Guerreiro como presidente da ACRAL na passada sexta-feira, um ato eleitoral em que a lista da direção cessante da associação não participou, por não ter sido aceite pelo presidente da Assembleia Geral Álvaro Viegas, por alegadas irregularidades.

Numa nota de imprensa, João Rosado adiantou que «há vários processos judiciais em curso, entre eles, por difamação a várias pessoas da lista de Victor Guerreiro, incluindo ele próprio». «Todos serão chamados à justiça», disse.

«Há um conjunto de irregularidades processuais que só serão sanáveis pela impugnação e anulação de todo o processo. Sei que o tempo está a nosso favor e peço aos associados que não desmobilizem e que não se desvinculem da ACRAL, pois a verdade será toda reposta», resumiu João Rosado.

Em declarações ao Sul Informação, o presidente da Assembleia Geral da ACRAL, a quem João Rosado atribui «inúmeras irregularidades de secretaria e manipulação dos boletins de voto», disse que não vai «alimentar mais essa questão» e que os resultados das eleições foram «muito claros».

«Houve o triplo dos votantes de há quatro anos e a lista de Victor Guerreiro obteve 65 por cento dos votos. Se contarmos os votos em branco e os nulos teve 70 por cento», ilustrou.

Acrescentou ainda que João Rosado «perdeu no seu próprio concelho», Portimão.

«O que João Rosado quiser fazer, como ex-dirigente da ACRAL,  é problema dele», disse ainda, considerando que, se o presidente cessante da associação quiser levar o assunto para a barra dos tribunais, tem todo o direito a fazê-lo. «Não deve é continuar com este enxovalho público, em notas de imprensa», considerou.

«Quem não dignificar o nome da ACRAL, pode ser alvo de um processo disciplinar, que lhe pode valer a expulsão como sócio», avisou Álvaro Viegas.

 

João Rosado defende que três secretariados não podem tomar posse

O recurso ao tribunal é já certo e a primeira disputa será relativa à tomada de posse dos novos órgãos, que terá lugar já amanhã, terça-feira, no Hotel EVA, em Faro. João Rosado defendeu que «não é líquido que todos possam tomar posse, em particular o caso dos secretariados de Olhão, Portimão e Albufeira».

Nestas secções da ACRAL, «os votos no “não” superaram os votos “sim” à única lista concorrente. O secretariado de Olhão obteve 21 votos “não”, contra 8 votos “sim” à lista proposta por Vitor Guerreiro. Em Albufeira, o secretariado obteve 20 votos “não”, contra 2 votos “sim”, e em Portimão foram 14 votos “não”, contra 10 votos favoráveis ao secretariado proposto pela única lista candidata», revelou.

Tendo em conta que os boletins de votos davam a possibilidade de dizer sim ou não, João Rosado defendeu que  «o correto é que sejam agendadas novas eleições para esses órgãos, pois os estatutos da ACRAL não preveem eleições em bloco, podendo por isso ser marcadas eleições separadas para os diferentes órgãos».

«Os atuais titulares desse cargo manter-se-ão no exercício dos mesmos até que novos membros sejam eleitos e empossados, para cujo efeito deverão ser convocadas novas eleições de acordo com os procedimentos previstos nos estatutos da ACRAL», defendeu, ainda, João Rosado.

Álvaro Viegas garantiu que os três secretariados em causa «vão tomar posse amanhã», uma vez que «o voto “não” em lista única não conta». «Qualquer estudante de direito sabe isso», atirou o presidente da Assembleia Geral da ACRAL.

João Rosado aproveitou ainda para expressar o seu receio que «cerca de cinco milhões de euros em projetos, uns em execução, outros aprovados ou em aprovação, sejam deixados cair».

«São projetos de formação, de dinamização para as pequenas e médias empresas, de apoio às mulheres empreendedoras, de internacionalização, de requalificação das baixas comerciais, de certificação comercial, de comunicação e publicidade em vídeo painéis, de incentivo à produção e venda de produtos regionais e do cartão de pontos, entre outros», enumerou.

Ao todo, há «14 projetos cofinanciados pelo Estado e União Europeia», que «são fulcrais para o funcionamento da associação, manutenção dos 22 postos de trabalho e para dar continuidade às feiras, eventos e exposições tão vitais aos associados e pelos quais os comerciantes todos os dias reclamam».

«Não roubámos nada a ninguém, mas quanto a isso a verdade será devidamente reposta», conclui João Rosado.

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