Parlamento terá menos mulheres na próxima legislatura

Lei da paridade foi revista em 2019, passando a fixar em 40% a percentagem mínima de cada um dos sexos nas listas eleitorais

O parlamento português terá menos deputadas na próxima legislatura, depois de terem sido eleitas no domingo 76 mulheres, que vão ocupar 33,6% dos 226 mandatos já atribuídos.

Depois de a lei da paridade ter sido revista em 2019, passando a fixar em 40% a percentagem mínima de cada um dos sexos nas listas eleitorais, os resultados das legislativas de 2022 já tinham ficado aquém: as 85 eleitas representavam 37,0% do parlamento.

De acordo com os resultados provisórios das legislativas de domingo divulgados pelo Ministério da Administração Interna, quando faltam contar apenas os votos dos círculos da Europa e Fora da Europa (quatro mandatos no total), essa meta ficou agora mais longe.

Entre os nove partidos com representação no parlamento na próxima legislatura, foram eleitas apenas 76 mulheres.

Além do PAN, que elegeu como única deputada Inês Sousa Real, o Bloco de Esquerda (BE) é o partido com maior representatividade feminina, tendo elegido três mulheres entre os cinco mandatos conquistados (60%), seguindo-se o PS, com 30 mulheres entre os 77 deputados (39%).

No conjunto, PSD e CDS-PP elegeram 79 deputados, 24 dos quais mulheres (30,1%), e a bancada parlamentar do Chega será ocupada por 13 deputadas (27,1%).

Três dos oito deputados da Iniciativa Liberal (IL) são mulheres (37,5%), enquanto o PCP e o Livre elegeram, igualmente, uma mulher entre os quatro mandatos conquistados.

 



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