Algarve e Alentejo juntam-se ao resto do país para andar “À Descoberta do Turismo Industrial”

São 22 atividades no Algarve e mais 13 no Alentejo

Mina de Sal-Gema de Loulé – Foto ©Filipe da Palma

Visitas guiadas a antigas fábricas, minas, lagares, adegas, destilarias de gin e medronho, a museus, fábricas de conservas ou cortiça, a salinas e zonas ribeirinhas, bem como a outros espaços e atividades ligados à memória e à cultura industrial. Estas são algumas das atividades que, de 16 a 30 de Março, vão pôr Portugal “À Descoberta do Turismo Industrial”.

A 3ª edição da iniciativa, que conta com um total de 179 atividades, de Norte a Sul do país, contando com os Açores, foi apresentada na quinta-feira, dia 7, no III Encontro de Parceiros da Rede Portuguesa de Turismo Industrial, em Aljustrel (Beja), onde foi apresentado o “estado da arte” desta rede.

No Algarve, estão previstas 22 atividades, enquanto o Alentejo contará com 13 iniciativas.

Assim, na região algarvia, está marcada uma visita guiada à fábrica de cortiça NF Cork, em Torre Natal (Faro), outra visita Guiada à Fábrica Artesanal de Conservas de Peixe – Conserveira do Arade, situada na Zona Industrial do Pateiro (Lagoa), bem como à Adega e Caves da Quinta dos Vales (Lagoa).

 

 

Na Quinta da Tôr (Loulé), haverá visita guiada e prova de vinhos, caça ao ovo com prova de vinhos e tapas, enquanto a mina de sal-gema de Loulé, propriedade da TechSalt,, oferece uma Experiência Mineira e ainda Tour Mineiro e Experiências Salgadas.

Em Monchique, no Lagar dos Pardieiros, terá lugar uma prova de azeite e medronho, enquanto em Moncarapacho (Olhão), os Viveiros Monterosa promovem, uma visita guiada ao olival, lagar e prova de azeite. Também em Olhão está prevista uma visita guiada às Salinas do Grelha.

O Museu de Portimão, ele próprio construído numa antiga fábrica de conservas, promove uma visita à Zona Ribeirinha de Alvor e à sua tradição marítimo-piscatória, bem como a atividade “No tempo das fábricas”. A indústria conserveira está ainda em evidência na visita à exposição “Viagem pela Indústria Conserveira”, no Arquivo Histórico Municipal (Vila Real de Santo António).

 

 

Em São Brás de Alportel, haverá uma visita guiada à antiga Secção de Conservação da Junta Autónoma de Estradas – Casa Memória da EN2, bem como outra visita guiada e workshop de cortiça na Eco Fábrica de Cortiça, no Sítio da Mesquita Baixa (São Brás de Alportel), e ainda uma visita ao lagar de azeite da Pecoliva.

Em Silves, são as adegas a promover atividades. Assim, está marcada visita e prova de vinhos na adega Cabrita Wines, bem como visita à adega com Prova de Vinhos e Passagem pela Vinha da Paxá Wines.

Para Tavira, está marcada uma visita guiada à fábrica de transformação de azeitonas de Helder Madeira.

Quanto ao Alentejo, está agendada uma visita ao Parque Mineiro de Aljustrel, bem como à Herdade da Figueirinha, para conhecer a sua produção de Vinho, Azeite e Amêndoas (Beja), ou ainda uma visita ao Lagar Museu – Azeite do Castelo de Marvão.

Nas antigas Minas de São Domingos (Mértola), haverá as atividades Cine Mina, Oficina da Memória e Os mineiros visitam-se, enquanto a Fábrica do Arroz (Ponte de Sor) acolhe uma Caça ao Tesouro.

Outras atividades previstas são o Trilho da Quinta Black Pig, a visita técnica à destilaria de Gin e ainda o workshop Aprenda a preparar um Gin tónico perfeito, na Herdade do Sobral (Santiago do Cacém).

Para conhecer os chocalhos, património mundial, está programada uma visita guiada aos Chocalhos Pardalinho, bem como a oficina Chocalheiro por um dia, em Alcáçovas (Viana do Alentejo). Finalmente, haverá um Tour dos Mármores, em Vila Viçosa.

Algumas destas atividades são pagas e todas precisam de marcação prévia. Clique aqui para conhecer a programação completa em todo o país (PDF).

A iniciativa “À Descoberta do Turismo Industrial” pretende ser “muito orientada para o público português, de descoberta e divulgação de todo um conjunto de atividades e experiências que acontecem em recursos de turismo industrial”, explicou a coordenadora do Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa do Turismo Industrial, Teresa Ferreira.

De acordo com esta responsável, que é também diretora do Departamento de Dinamização dos Recursos Turísticos do Turismo de Portugal, a 1.ª edição desta iniciativa, em 2022, teve “cerca de 2.500 participantes no conjunto de 100 atividades”, número que, em 2023, aumentou para “4.000 participantes, com mais atividades”. “Gostávamos muito que a agenda deste ano pudesse subir em número de participantes”, acrescentou.

 

 

Do total de 179 atividades em todo o país, 82 vão ter lugar na área de influência da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Porto e Norte de Portugal. Na região Centro, estão previstas 51 atividades, enquanto no Algarve serão 22 e no Alentejo e Ribatejo 15. O programa inclui ainda cinco atividades na área da ERT da Região de Lisboa e mais quatro nos Açores.

Para Teresa Ferreira, este tipo de atividades ligadas à indústria “tem tudo a ver com a identidade dos territórios”. “São atividades que as comunidades reconhecem e uma maneira de descobrir determinadas regiões de outra forma”, frisou.

Além do mais, continuou, “a interação do turismo com outros setores de atividade também é muito importante como contributo do setor para o bem-estar das comunidades e para a atividade económica em geral do país”.

O Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa do Turismo Industrial é uma estrutura informal coordenada pelo Turismo de Portugal, que integra as cinco ERT, a Direção Regional de Turismo dos Açores, a Associação Portuguesa de Património Industrial e o Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal.

A estes, juntam-se ainda a Fábrica Vista Alegre e a New Hand Lab – Associação Cultural, da Covilhã, assim como os municípios de São João da Madeira, Santa Maria da Feira e Vale de Cambra (todos no distrito de Aveiro), Vila Nova de Famalicão (Braga), Marinha Grande (Leiria), Santo Tirso e Vila do Conde (Porto).

 

 

O grupo dedicado à Rede Portuguesa do Turismo Industrial é uma estrutura informal coordenada pelo Turismo de Portugal e que integra as cinco entidades regionais de turismo (ERT), assim como a Direção Regional de Turismo dos Açores, a Associação Portuguesa de Património Industrial e o Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal.

A estes, juntam-se ainda a Fábrica Vista Alegre e a New Hand Lab – Associação Cultural, da Covilhã, assim como os municípios de São João da Madeira, Santa Maria da Feira e Vale de Cambra (todos no distrito de Aveiro), Vila Nova de Famalicão (Braga), Marinha Grande (Leiria), Santo Tirso e Vila do Conde (Porto).

Segundo Teresa Ferreira, coordenadora do Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa do Turismo Industrial, esta “tem vindo a crescer em recursos” ao longo dos últimos dois anos, contabilizando atualmente “216 parceiros”.
Em 2023, a rede promoveu a 2.ª edição da iniciativa “À Descoberta do Turismo Industrial”, além de ter marcado presença em eventos nacionais e internacionais.

“Houve um grande esforço [para] estar presente em diversos momentos, para consolidar o conceito” de turismo industrial, notou Teresa Ferreira, considerando que ainda existe “um longo caminho a percorrer”.

Para este ano, a estrutura vai organizar a 3.ª edição da iniciativa “À Descoberta do Turismo Industrial”, entre os dias 16 e 30 deste mês de Março.

Além disso, o grupo quer trabalhar na dinamização de parcerias internacionais com França e Itália, promover ações de formação executiva e realizar um inquérito de caracterização da rede.

“O desafio é consolidar, crescer e promover este segmento” turístico, concluiu Teresa Ferreira.

 

*com Agência Lusa

 

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