Vamos à descoberta do turismo industrial do Algarve?

Durante sete dias, haverá a segunda edição da Agenda Nacional à Descoberta do Turismo Industrial, na qual o Algarve também consta

A NF Cork fica na Torre Natal, nos arredores de Faro. É uma fábrica que, além de produzir acessórios de decoração feitos com cortiça e revestimentos para chão e paredes, se dedica, há cinco anos, a outra atividade. Todas as semanas, recebe 10 a 15 visitas de turistas, ansiosos por conhecer um Algarve diferente. 

As visitas começaram há seis anos e são um sucesso, como explica Tânia Loução.

A trabalhadora, que costuma orientar os visitantes, conta que são essencialmente estrangeiros quem procura este produto turístico, encaminhados por hotéis.

A NF Cork é um exemplo, que o Sul Informação conheceu na passada sexta-feira, 31 de Março, a convite da Região de Turismo do Algarve, de uma área em que a RTA quer apostar.

Trata-se do turismo industrial: ou seja, incentivar os turistas a conhecerem as empresas que se dedicam a atividades típicas da região, como a produção de sal, de conservas, de cortiça ou de medronho.

 

 

Da parte de Tânia Loução, a experiência tem sido muito boa.

Há mesmo «um crescimento na procura» dos turistas, ansiosos por conhecerem a fábrica da NF Cork, onde, além das máquinas de outros tempos, os visitantes ficam a conhecer a história da cortiça e o modo de funcionamento da fábrica.

De 10 a 16 de Abril, essa aposta que a RTA quer fazer no turismo industrial terá um impulso.

Durante sete dias, haverá a segunda edição da Agenda Nacional à Descoberta do Turismo Industrial, na qual o Algarve também consta.

No total, haverá 19 atividades, de empresas que já recebem visitas.

Além da NF Cork e de uma outra corticeira algarvia (a Eco-Fábrica de Cortiça), também haverá, por exemplo, propostas de enoturismo (Quinta dos Vales, Quinta da Tôr, Adega Convento Paraíso, Cabrita Wines e Quinta do Francês).

A Conserveira do Arade estará de portas abertas para quem quiser descobrir como se produz uma conserva de peixe, podendo ainda provar alguns produtos, bem como os viveiros Monterosa, em Olhão, com direito a visita guiada ao olival e ao lagar.

 

 

A produção de sal também consta no programa com as “Salinas do Grelha” ou uma proposta mais arrojada: descer às profundezas para conhecer a mina de sal-gema, em Loulé.

Esta Agenda Nacional, que reúne atividades um pouco por todo o país, tem também uma visita guiada ao Museu de Portimão e zonas limítrofes, onde se dará particular enfoque à realidade fabril e social, e a uma exposição, em Vila Real de Santo António, sobre a “Indústria Conserveira e Artes Litográficas”.

Fátima Catarina, vice-presidente da Região de Turismo do Algarve, explicou que o objetivo passa por «expandir este produto [turismo industrial] no Algarve», estruturando também a oferta.

«É algo que pode ajudar também a combater a sazonalidade porque é um produto ao qual temos acesso o ano todo», considerou também esta responsável.

Teresa Ferreira, do Turismo de Portugal, disse que o turismo industrial pode também «contribuir para que os turistas fiquem mais tempo» numa região.

Para ver a programação completa das atividades, no Algarve, da “Agenda Nacional à Descoberta do Turismo Industrial”, basta clicar aqui.

 

 

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