Chumbo do orçamento: Câmara de Faro «não é agência de emprego», diz Bacalhau

Presidente da Câmara de Faro diz ter sido apanhado «desprevenido» pelos votos contra de dois eleitos do seu partido, o PSD

A Câmara de Faro «não é nenhuma agência de empregos, nem cria cargos a pedido. Ponto final, não digo mais nada». Foi desta forma que Rogério Bacalhau, presidente da autarquia farense, comentou o chumbo da proposta de Orçamento para 2024, na Assembleia Municipal, esta terça-feira, graças a dois votos contra de eleitos pelo seu partido, o PSD.

O edil farense confessa que ele e os membros do seu executivo foram «apanhados desprevenidos», garantindo que «isto é da responsabilidade de duas pessoas, não mais do que isso».

«Ontem, houve reunião da comissão política da secção de Faro do PSD, onde foi aprovado por unanimidade e aclamação um voto de confiança ao executivo. Portanto, isto é só responsabiliza as duas pessoas que o fizeram», disse.

As duas pessoas a que o presidente da Câmara se refere são Gameiro Alves e Tiago Botelho, que votaram contra e justificaram o chumbo numa declaração de voto, onde se mostram preocupados que as opções do atual executivo possam prejudicar o partido, nas próximas autárquicas e sugerem várias medidas.

Com o chumbo, diz Rogério Bacalhau, «no dia 1 de Janeiro não teremos orçamento, continuaremos com o orçamento que temos».

Na prática, assegurou, isso não fará grande diferença, porque a proposta que foi apresentada – e chumbada – era «o orçamento possível» e um documento «que não tem nada de novo, (…) porque só em Fevereiro, quando fizermos a incorporação do saldo de gerência, é que pomos as medidas novas».

«Tudo aquilo que lá está foi aprovado pela Assembleia Municipal. Não se justifica nada disto, é apenas uma questão política», defendeu.

Depois, «no final de Janeiro ou em Fevereiro, será aprovado um novo orçamento para 2024».

«Nós temos obras cujos contratos foram assinados este mês e que se vão desenvolver agora e são essas obras que estão na proposta que foi chumbada. Não tem nada de novo. Na revisão do orçamento, é que nós pomos coisas novas. Portanto, este orçamento é aquilo que tem que ser, nem foi feito por mim, foi feito pelos serviços. Eu tenho uma lista de coisas que quero fazer no próximo ano que vou pôr depois na revisão. Na revisão, vão estar as coisas que nós entendermos que devem ser feitas em 2024», concluiu.

 

 

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