Autarcas algarvios entre os 102 portugueses retirados de Marrocos pela Força Aérea

Delegação de Loulé decidiu manter o plano original e voltar no voo comercial que já tinha antes marcado

Foto da delegação algarvia que esteve no Encontro Mundial de Geoparques, tirada antes do sismo ocorrer

Os representantes das Câmaras de Albufeira e Silves na delegação algarvia que estava em Marraquexe a participar no Encontro Mundial de Geoparques, incluindo os presidentes das duas autarquias, José Carlos Rolo e Rosa Palma, estão entre os 102 cidadãos portugueses que a Força Aérea retirou de Marrocos, na sequência do forte sismo que causou mais de dois mil mortos e grande destruição neste país.

A informação foi adiantada ao Sul Informação por José Carlos Rolo, que já regressou, inclusivamente, ao Algarve e a sua casa.

Já os representantes da Câmara de Loulé, incluindo Vítor Aleixo, presidente do município, terão a intenção de voltar ainda este domingo, devendo, para isso, aproveitar o reforço operado pela TAP, que duplicou os lugares nos voos de hoje para Casablanca e Marraquexe, disse a mesma fonte.

«O programa do encontro para hoje e amanhã eram saídas de campo. Íamos até visitar um geoparque existente em Marrocos, mas foi tudo cancelado», revelou o presidente da Câmara de Albufeira, o que o levou a pedir para vir no voo da Força Aérea.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, os 102 portugueses que pediram ajuda para deixar Marrocos (incluindo o pai e a criança que ficaram feridos na sequência do terramoto) chegaram esta madrugada, no avião da Força Aérea Portuguesa que havia seguido na noite de sábado para a cidade de Marraquexe.

A operação de retirada, “apesar das vicissitudes no terreno, decorreu de forma ordeira e pacífica”, indica o ministério, realçando que continuará em “contacto com os portugueses que permanecem na região mais afetada” pelo sismo, que, segundo o último balanço oficial, causou 2.012 mortos e 2.059 feridos, dos quais 1.404 em estado grave.

A diplomacia acrescenta que Portugal continua a aguardar que as autoridades de Marrocos “se manifestem para que seja operacionalizado o apoio já anunciado pelo Governo”, concretamente “o envio de equipas de busca e salvamento ou de medicina legal”.

O tremor de terra, cujo epicentro se registou na localidade de Ighil, 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe, foi sentido em Portugal e Espanha, tendo atingido uma magnitude de 7,0 na escala de Richter, segundo o Instituto Nacional de Geofísica de Marrocos.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) registou a magnitude do sismo em 6,8.

O reino de Marrocos decretou três dias de luto nacional.

 

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