Algarve Summit quer ser «farol» para criar região mais «inovadora e diversificada»

Primeira edição do evento vai decorrer em Faro e Loulé

Sete dias, 50 oradores de 10 países, entre eles experts nacionais e internacionais, conferências, debates, uma Startup Competition e também momentos de networking são alguns dos ingredientes da primeira edição da Algarve Tech Hub Summit, que vai decorrer entre 28 de Março e 3 de Abril, nos concelhos de Loulé e Faro.

Este evento quer ser um «farol» para criar um Algarve «mais inovador e diversificado» que conste no roteiro de destinos para remote workers (trabalhadores remotos), nómadas digitais, estudantes, empresas e investidores na área das tecnologias.

O clima, as praias, o aeroporto, a qualidade de vida são fatores que podem transformar o Algarve num dos Lifestyle Tech Hub do top 3 mundial. Para isso, é preciso dar a conhecer a região e criar um ecossistema acolhedor para empresas e profissionais.

«Queremos mostrar que o Algarve é um sítio excelente para que famílias de qualquer parte do mundo se possam relocalizar», realçou Miguel Fernandes, presidente da Algarve Evolution, associação que reúne empresas algarvias da área das novas tecnologias, na sessão de apresentação da Algarve Tech Hub Summit que decorreu, esta quarta-feira, como não podia deixar de ser, online.

 

Miguel Rocha Fernandes |Foto de Arquivo

 

A Algarve Evolution é uma das 12 entidades que, por enquanto, estão envolvidas na promoção da Algarve Tech Hub Summit: Algarve Tech Hub, Algarve STP, Universidade do Algarve, Algarve Evolution, NERA, Museu 0, ANJE, Município de Faro, Faro 2027, Município de Loulé, CCDR Algarve e AMAL.

Apesar de a organização ainda não querer levantar «muito o véu», Vanessa Nascimento, também membro da associação empresarial, revelou que, entre os oradores, «haverá representantes de instituições europeias, de multinacionais, de experts nacionais e internacionais. São nomes que iremos divulgar nas próximas semanas».

A Algarve Tech Hub Summit, que quer ter um conceito que seja uma referência «tanto a nível nacional como internacional», irá funcionar em formato «híbrido», ou seja, presencial e online, para «facilmente chegarmos a qualquer parte do mundo».

No caso dos eventos presenciais, apesar de gratuitos, para alguns deles é necessária uma inscrição prévia, devido aos limites de lotação.

Destes eventos fazem parte uma Conferência de Arte Digital, Conversas de Cultura e Tecnologia, Science-to-Business Meetings ou o 1º Encontro da Rede Ibero Americana de Parques de Ciência e Tecnologia.

 

Sessão de apresentação do Algarve Tech Hub Summit

 

Além da interação presencial, nas networking business drinks, haverá ainda uma plataforma digital que irá permitir entrar em contacto com os speakers, com as empresas, «um pouco como na Web Summit. Será o pilar da comunicação entre todos os eventos».

As sessões, nesta primeira edição, vão decorrer nos concelhos de Faro e Loulé mas, realçou Vanessa Nascimento, «este é um evento que não é de Faro ou Loulé. Em edições futuras, esperamos tornar o evento itinerante por todo o Algarve».

Miguel Rocha Fernandes aponta ao objetivo da participação de 1000 pessoas, sendo que um dos objetivos é também o de conseguir reunir neste evento uma parte considerável dos nómadas digitais e dos remote workers (trabalhadores remotos) que já descobriram o Algarve, “piscando o olho” aos que ainda não conhecem a região.

«A comunicação do evento será do Algarve para o Mundo. O website é bilingue e em três dos dias haverá sessões completas em inglês», revelou também Vanessa Nascimento.

A realização desta conferência levou a um unir de esforços de 12 entidades – às quais, segundo a empresária, outras estão em vias de se juntar.

Esta união é «o caminho» para «quebrarmos o gelo da comunicação internacional», segundo Miguel Fernandes.

 

Uma visão que é partilhada por Francisco Serra, presidente da Algarve STP, que considera que «não há entidades que sejam, por si só, poderosas para influenciar estas visões» para uma região.

É preciso massa crítica e, nesse ponto, a Universidade do Algarve tem um papel preponderante enquanto entidade formadora na área das TIC. Paulo Águas, reitor da academia algarvia, gostaria que houvesse «mais estudantes a entrar nestas áreas» e esse é um objetivo definido.

Ainda assim, lembra, a UAlg, além de ter formação desde os cTeSP até ao doutoramento, terá brevemente o UAlg Tech Campus, «uma aceleradora de empresas na área das TIC que vai contribuir para termos uma economia da região mais diversificada».

Segundo o Mapeamento do setor tecnológico da região do Algarve, um estudo realizado pela Blackbird, havia, em 2018, no Algarve, cerca de 1100 empresas na área das TIC, que empregam 2500 pessoas.

Hugo Pinto, um dos autores deste documento, considera que «o setor das TIC é uma oportunidade para a região. Com a crise, de 2008, o Algarve foi a região que mais sofreu. Recuperou rapidamente, mas importa pensar em que moldes e se foi com qualidade. A evidência que temos é que, face a uma segunda crise, como a pandémica, a região voltou a não mostrar resiliência».

O setor das tecnologias pode ser parte da solução.

 

Clique aqui para ver o programa provisório

 

Veja o teaser do Algarve Tech Hub Summit:

 

 



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