Quase 600 operacionais ainda tentam controlar incêndio de Castro Marim e Tavira

Via do Infante está cortada ao trânsito

Foto: Flávio Costa| Arquivo-Sul Informação

O incêndio que começou em Castro Marim e se estendeu aos concelhos de Vila Real de Santo António e Tavira continua, na manhã desta terça-feira, ativo com duas frentes, sendo que a frente Sudoeste que entrou no concelho de Tavira é aquela que está a lavrar com mais intensidade. No combate às chamas estão quase 600 operacionais.

Fonte do Comando Regional do Algarve adiantou ao Sul Informação que o fogo, que deflagrou na madrugada de segunda-feira, no concelho de Castro Marim, «tem a cabeça do incêndio que é na frente Sul e a frente Sudoeste, que é mais um flanco, que entrou no concelho de Tavira a lavrar com intensidade».

Durante a noite, segundo a mesma fonte, que não precisou se houve habitações consumidas pelas chamas, «os bombeiros tiveram de fazer defesa perimétrica de edificado em zonas de povoado disperso».

Nesta altura, as chamas lavram com mais intensidade na zona da Asseiceira, Girões, Estorninhos e na orla da Mata Nacional da Conceição de Tavira.

 

Foto: Rúben Bento|Sul Informação

 

A fonte do Comando Regional de Proteção Civil adiantou que, para já, além do bombeiro que sofreu queimaduras e que foi transportado de helicóptero e de algumas situações de operacionais assistidos devido à inalação de fumos, não há conhecimento de mais feridos.

Devido a este incêndio, a Via do Infante mantém-se cortada. Já a EN125, que também chegou a estar cortada durante um período na noite de ontem, já foi reaberta.

O combate às chamas está a ser feito por 582 operacionais e 195 veículos que, com o nascer do dia, passam a contar com o auxílio dos meios aéreos.

Ontem à noite, no ponto de situação do incêndio, Richard Marques, comandante operacional regional, revelou que o perímetro do fogo já tinha atingido os 30 quilómetros, o que representava «uma área de interesse para as operações de quase 3.000 hectares».

Francisco Amaral, presidente da Câmara de Castro Marim, por seu lado, disse ao Sul Informação, que o fogo provocou danos materiais foram «muito avultados».

«O fogo queimou centenas de hectares. Arderam amendoeiras, alfarrobeiras, pinheiros e muitas colmeias. Houve pessoas que ficaram sem nada de um momento para o outro», adiantou.

O incêndio deflagrou à 1h05 da madrugada de segunda-feira, no sítio da Pernadeira, na freguesia de Castro Marim, tendo obrigado a evacuar montes  e levar os seus habitantes para o Azinhal.

O ataque musculado dos meios aéreos, ontem de manhã, permitiu que o incêndio entrasse em fase de resolução às 10h20. No entanto, a meio da tarde, houve um reacendimento forte, que se propagou rapidamente.

 



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