Cineteatro Louletano vai ter “Ricardo III”, Lloyd Cole e Luís Osório em Maio

Há muito por onde escolher

Teatro com “Ricardo III”, um concerto de Lloyd Cole, um espetáculo de Luís Osório e muito mais. Maio vai ser um mês em cheio no Cineteatro Louletano, com dança, teatro, música, uma espécie de stand-up (mas sem muita comédia) e um festival internacional.

No dia 3, o Cineteatro Louletano recebe Ricardo III, da Companhia Terra Amarela. A peça de Shakespeare, que é uma coprodução internacional, estreou em Espanha, em Madrid, no Centro Dramatico Nacional, e é interpretada em Língua Gestual Portuguesa (LPG) e Língua de Signos Espanhola (LSE), incluindo a participação de vários atores/atrizes surdos/as.

No dia seguinte, um nome que para muitos dispensa apresentações: Lloyd Cole vem ao Cineteatro Louletano com um concerto acústico que faz parte da digressão internacional que o traz a Portugal.

O cantor e compositor inglês integrou a banda Commotions, que teve vários sucessos nos anos 90, entre eles a música talvez mais conhecida “Jennifer She Said”.

O concerto é no dia 4, às 21h00, e está esgotado.

Entre 6 e 10 de Maio, o Palácio Gama Lobo recebe uma residência criativa intitulada “Irrar”, por UmColetivo. Depois de recolhida inspiração e de trabalho de pesquisa e criação, “Irrar” transformar-se-á numa performance dirigida sobretudo a famílias. Em cena, estarão cinco performers que negoceiam entre eles possibilidades de errar para amar a humanidade, a partir das experiências literárias de Salette Tavares. A residência terá uma série de oficinas com escolas do pré-escolar e do 1.º ciclo.

A 11 de Maio, sábado, o jornalista Luís Osório encabeça um espetáculo criado a partir do seu livro homónimo, “Ficheiros Secretos”, mergulhando na história recente de Portugal e convocando ao palco memórias de figuras notáveis como Mário Soares, José Saramago e Amália Rodrigues, entre outros. O espetáculo é às 21h00.

Domingo, dia 12, há concerto às 17h00 com o grupo “Lá No Xepangara”. O coletivo, liderado por Manuel de Oliveira, reúne artistas como Isabel Novella (Moçambique), Selma Uamusse (Moçambique), Fred Martins (Brasil), Karyna Gomes (Guiné Bissau) e Edu Mundo (Portugal) e traz a Loulé, no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, o som da música e da palavra de José Afonso.

O projeto reflete a forte presença da cultura africana na vida e obra de Zeca Afonso e o seu papel na luta pela descolonização, democratização e desenvolvimento da sociedade e cultura lusófonas.

Na terça seguinte, dia 14 de maio, há mais um Filme Francês do Mês, com “Annie Colère”. Porque engravida por acidente, Annie, operária e mãe de dois filhos, descobre o MLAC – Movimento pela Liberdade do Aborto e da Contraceção – que pratica abortos ilegais aos olhos de todos. Recebida por este movimento único, baseado na ajuda concreta às mulheres e na partilha dos conhecimentos, vai encontrar na luta pela adoção da lei do aborto um novo sentido na sua vida. É às 21h00, no Auditório do Solar da Música Nova, com entrada gratuita.

No dia 16, há sessões para escolas, no Auditório do Convento do Espírito Santo, para os alunos do ensino secundário do concelho de Loulé.

Trata-se de “Planeta R”, pela ArQuente. Parte-se da preocupação de que o Planeta Terra está em perigo e de que este perigo ameaça os seres vivos, de forma geral, com o excesso de poluição e a destruição dos recursos naturais. O espetáculo está inserido na programação da Semana do Clima.

A 18 de Maio, sábado, às 11h30, há concerto “Crescendo”, no Auditório do Solar da Música Nova. A entrada é gratuita. Os “Crescendo” são momentos musicais que destacam e promovem o trabalho desenvolvido pelos alunos do Conservatório, valorizando, simultaneamente, as aprendizagens dos jovens artistas, a intervenção cultural e a ligação com a comunidade.

No mesmo dia, mas à noite, às 21h00, há teatro, com uma peça de Sara Barros Leitão. Chama-se “Guião para um País Possível”, espetáculo que conta com o recurso de Audiodescrição

De seguida, entre 21 e 25 de maio, o Cineteatro Louletano apresenta o Festival Tanto Mar, uma criação da Associação Folha de Medronho, sediada em Loulé, que já vai na quinta edição. O eixo central passa pela permuta de conhecimentos, experiências e memórias, substanciado em ações de formação, produção e coproduções, num trabalho conjunto com grupos CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). Com uma dedicatória especial à celebração dos 50 anos do 25 de Abril, o Tanto Mar pretende contribuir para a diversidade e qualidade da oferta artística em território nacional, apresentando trabalhos que têm por base outras culturas, outras vias estéticas, que embora se cruzem e contaminem, mantêm idiossincrasias próprias. No dia 22, o Tanto Mar oferece um workshop com Lena Bahule, artista e intérprete moçambicana.

A 26 de Maio, domingo, duas sessões com concertos para bebés, pela Musicalmente, às 10h00 e às 11h30. O Auditório do Solar da Música Nova recebe “Nas Asas de um Uirápuru”.

No mesmo dia, mas à tarde, há concerto duplo da Banda Filarmónica Artistas de Minerva, que desta vez, para celebrar o 148º aniversário, convida os músicos do Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado, partilhando o palco com a Orquestra de Sopros e Percussão (2º e 3º ciclos).

E por fim, a 31 de Maio, às 21h00, há dança, com “Suores de Mel e a Morte Não Terá Domínio”, de Joana von Mayer Trindade e Hugo Calhim Cristóvão, peça com Audiodescrição. Um espetáculo que trata a Dança como insubmissão e revolução de heterodoxia, articulando o espetáculo com a poesia de Natália Correia e Luiza Neto Jorge, somando ainda a Filosofia/Dança de Nietzsche.

Este espetáculo é precedido de uma masterclass com os dois coreógrafos, Joana von Mayer Trindade e Hugo Calhim Cristóvão, no dia 28, às 18h00, no Palácio Gama Lobo. As inscrições podem ser feitas através do e-mail [email protected]

 



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