«Casamento» entre bibliotecas de Loulé e Liga dos Combatentes leva 20 mil livros a S. Tomé

Livros vão ser distribuídos por escolas de São Tomé e Príncipe

Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

349 caixas, que contêm 20 mil livros, vão seguir esta sexta-feira, 26 de Março, com destino a São Tomé e Príncipe. A iniciativa solidária juntou a Rede de Bibliotecas do concelho de Loulé e a Liga dos Combatentes, com o objetivo de ajudar quem mais precisa. 

A recolha começou em 2020, apanhou dois anos letivos (2019/2020 e 2020/2021), mas só agora é que os livros vão seguir viagem rumo a África.

No passado domingo, dia 21 de Março, três carrinhas, cedidas pela Câmara de Loulé, foram carregadas com todos os livros que seguiram para o Aeroporto Militar de Figo Maduro, em Lisboa.

Daí, vai partir um voo da Força Aérea, na próxima sexta-feira, rumo a São Tomé e Príncipe.

Ao Sul Informação, Dina Adão, coordenadora da Rede de Bibliotecas do concelho de Loulé, explicou como surgiu esta iniciativa solidária,

«A ideia nasceu no âmbito da Semana da Leitura. Estávamos no ano letivo de 2020 e decidimos honrar os livros, fazendo uma campanha de recolha solidária com o objetivo que fossem para África», disse.

A Rede de Bibliotecas acabou por se aliar ao Núcleo de Loulé da Liga dos Combatentes, que também tinha uma campanha paralela, e daí «surgiu um bom casamento».

Entre os 20 mil exemplares, há livros infantojuvenis, outros mais técnicos e também manuais escolares. E porquê a escolha de São Tomé e Príncipe?

 

Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

 

Dina Adão explicou que «há uma ponte familiar entre o presidente da Liga dos Combatentes de Loulé e a Escola Portuguesa em São Tomé, que vai receber os livros, acabando por ser uma garantia em como tudo chegará a bom porto».

Manuel Costeira, presidente do núcleo de Loulé da Liga dos Combatentes, explicou ao nosso jornal que será a Escola Portuguesa «a fazer a distribuição justa e equitativa dos livros, por todas as escolas».

«São Tomé é um país pequeno, tem algumas bibliotecas, mas, infelizmente, só de nome», lamentou.

Para que tudo corra bem na receção dos livros, «já estão também envolvidos o Adido da Defesa Militar e o próprio embaixador de Portugal em S. Tomé para podermos garantir que os livros chegam a bom porto e ao seu destino», concluiu.

A campanha “Livros Solidários para São Tomé”, promovida pela Rede de Bibliotecas, contou com o apoio da comunidade das escolas públicas e privadas do concelho de Loulé (Escola Profissional de Alte e Colégio Internacional de Vilamoura), da Biblioteca Municipal de Loulé e da Fundação Manuel Viegas Guerreiro.

Também contou com o apoio logístico da Câmara Municipal de Loulé, da Junta de Freguesia de Quarteira e da Liga dos Combatentes – Núcleo de Loulé.

 

 

 



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