Graça Freitas: «É preciso reduzir contactos mas sem deixar de viver»

Primeiro caso de Covid-19 em Portugal foi há 8 meses

Foto de Arquivo

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse hoje que é preciso reduzir contactos, mas sem deixar de viver, trabalhar, ir à escola, ao teatro, ao cinema ou fazer compras.

“Temos de continuar a viver. Só temos de diminuir o número de contactos, sem deixar de ir ao trabalho, à escola, ao teatro, ao cinema, ou de fazer compras” disse Graça Freitas na habitual conferência de imprensa sobre a situação da pandemia em Portugal, durante a qual agradeceu aos profissionais de saúde que têm acompanhado os doentes há oito meses.

Dirigindo-se aos cidadãos em geral, a diretora-geral da Saúde recordou que as únicas medidas contra a propagação do novo coronavírus, que provoca a doença Covid-19, são os comportamentos.

“Passam hoje oito meses sobre o primeiro caso de Covid-19 em Portugal e todos aprendemos com cada dia que passou. Apelo para não se baixar a guarda por muito cansados que estejamos”, disse.

“Estamos numa fase ascendente e é da nossa responsabilidade achatar a curva”, adiantou, insistindo que quanto menos contactos se tiver no dia-a-dia menos hipóteses existe de transmitir a doença.

Graça Freitas explicou ainda o que quer dizer quando se refere a uma bolha nas advertências que tem feito para que as pessoas não misturem bolhas de contactos.

“O que é uma bolha? É um sítio isolado onde posso estar com algumas pessoas. É a família que mora na mesma casa. Os nossos amigos e os colegas não são da minha bolha. Não podemos facilitar no emprego e na escola em momento em que estamos mais relaxados”, explicou.

“É em casa, vida social, laboral que temos de fazer um esforço adicional todos os dias”, frisou.

Graça Freitas fez ainda um apelo aos responsáveis pelos diferentes setores de atividade para que criem condições para que alunos, trabalhadores, frequentadores dos espaços e espetáculos possam estar seguros.

Portugal ultrapassou hoje os máximos de óbitos e internamentos por Covid-19 desde o início da pandemia com o registo de 46 mortos e 2.255 doentes internados, 294 dos quais em cuidados intensivos, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

 



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