Freguesia de Lagoa recupera antigos marcos das estradas nacionais

Freguesia tem apostado em embelezar os espaços públicos e de acolhimento

Hoje, na era do GPS, já ninguém liga aos marcos das estradas nacionais, que indicam a via onde se está a circular e as distâncias para as localidades mais próximas. Mas estes marcos, colocados de quilómetro a quilómetro ou de cem em cem metros, conforme o tamanho, ainda fazem parte da paisagem das nossas estradas e localidades.

Foi precisamente para preservar esse património que a União de Freguesias de Lagoa e Carvoeiro resolveu recuperar e pintar os marcos nas estradas nacionais que cruzam o seu território, nomeadamente a EN125, que ainda hoje divide a cidade de Lagoa ao meio, ou o antigo troço da EN124-1 (estrada de Silves), que passava pela Rua Mouzinho de Albuquerque e pelo largo da praça, a atual estrada de Carvoeiro (EN124-1) e o troço da antiga EN125, que passa por Estômbar.

Joaquim João Paulo, presidente da União de Freguesias, explicou ao Sul Informação que «se trata de uma memória de quando essas estradas nacionais passavam todas pelo centro da então vila de Lagoa, uma memória que não se pode perder».

Os marcos miliários estavam todos «a precisar de uma boa pintura, já nem se via os números ou as letras», acrescentou. Um deles, na EN125, junto à nova rotunda da Fatacil, estava quase enterrado em entulho na beira da estrada.

Mas agora está novamente colocado no sítio certo, ao lado da via, montado numa espécie de pedestal, pintado de branco, preto e vermelho. Lado a lado com a moderna placa em alumínio, o marco indica que faltam 10 quilómetros para Alcantarilha e 53 para Faro.

Esta iniciativa da União de Freguesias de Lagoa e Carvoeiro junta-se a outras que, nos últimos anos, têm contribuído para tornar mais bonitas as entradas da cidade ou as suas ruas e estradas, como a pintura das paragens de autocarro, o arranjo paisagístico com pintura mural na entrada para quem vem de Silves ou da Via do Infante, o mural à beira da EN125 na saída para Portimão.

«São pequenas intervenções, mas ajudam a dar um ar mais cuidado, o que tem sido apreciado pelos lagoenses e pelas pessoas que nos visitam», conclui Joaquim João Paulo.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 

Comentários

pub