Uma equipa composta por um médico, um enfermeiro e um psicólogo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) Central está a prestar apoio diário aos utentes e funcionários do Lar da Santa Casa da Misericórdia de Boliqueime, na sequência da identificação de mais de duas dezenas de casos positivos à Covid-19 no âmbito do rastreio realizado no início deste mês.
A ARS Algarve realizou também uma ação de formação junto dos funcionários da instituição sobre os procedimentos a adotar pelas Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI), no âmbito das orientações da Direção Geral da Saúde, para reforçar as medidas de prevenção e controlo da infeção, bem como, sensibilizar para a importância da correta utilização de Equipamentos de Proteção Individual por parte dos funcionários do Lar.
A Unidade de Saúde Pública do ACeS Central, em articulação com a Câmara Municipal de Loulé, a Proteção Civil, a Segurança Social, a Cruz Vermelha Portuguesa, assim como o Algarve Biomedical Center (ABC), «está desde o início a acompanhar e a apoiar a Santa Casa da Misericórdia de Boliqueime de forma a diminuir e limitar o impacto da Covid-19 na instituição».
Depois de se saber que a diretora deste Lar estava infetada, foi o Algarve Biomedical Center que fez um rastreio a todos os utentes e funcionários da instituição. Num primeiro momento, soube-se que 21 utentes estavam contaminados com Covid-19.
Para tentar evitar que a situação se alastrasse aos restantes, utentes e funcionários que tinham acusado negativo foram levados para um hotel em Vilamoura, enquanto os casos positivos e os inconclusivos ficaram no lar.
Na semana passada, o 2º piso do edifício foi desinfetado por uma equipa especializada da GNR.
Ontem, em comunicado publicado na sua página de Facebook, a própria direção da Santa Casa da Misericórdia (SCM) de Boliqueime anunciou que o número de infetados já tinha subido para 37, dos quais 26 utentes e 11 funcionários. Ou seja, ao que tudo indica, as medidas tomadas quando se soube da situação não foram a tempo de evitar que outras pessoas fossem contaminadas.
Apesar de «a larga maioria continuar assintomática, sem manifestar, por isso, sintomas da doença», foi necessário evacuar para o Hospital de Faro uma utente «que já ontem [dia 14] se encontrava com tosse persistente». Os familiares diretos desta senhora já foram «pessoalmente informados», acrescentou a direção da Misericórdia.
Esta é já a segunda utente do lar a ser internada, uma vez que, na semana passada, o presidente da Câmara de Loulé já tinha anunciado que um outro utente tivera de ser transportado para o hospital, devido ao seu estado de saúde.
Segundo a responsável pela Misericórdia de Boliqueime, foram feitos novos testes aos utentes que estão alojados no hotel, bem como aos próprios funcionários da unidade.
Hoje, quinta-feira, a Câmara de Loulé irá promover uma ação de higienização e limpeza do piso 2 do lar, que foi alvo de uma ação de descontaminação há uma semana. Este trabalho será levado a cabo «por uma empresa especializada».
«Esperamos assim, e logo que a autoridade de saúde entenda estarem reunidas as condições adequadas, que os utentes que se encontram no hotel possam regressar ao lar (piso2) e ao espaço que tão bem conhecem e onde se sentem bem», acrescentou a provedora.
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