Foi mesmo um tornado que destruiu casas e deixou duas pessoas desalojadas em Messines

No dia 28 de Março

Imagem de arquivo

Foi mesmo um tornado o fenómeno extremo de vento registado no dia 28 de Março, em São Bartolomeu de Messines, que causou danos em casas e deixou dois desalojados, confirmou esta quinta-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Numa nota de imprensa sobre duas ocorrências registadas nesse dia, no concelho de Silves e no rio Tejo, o IPMA confirmou que ambas foram tornados.

«Nas regiões do centro e do sul, à passagem de uma ondulação frontal de noroeste para sueste, encontravam-se reunidos os ingredientes necessários à formação de nuvens com desenvolvimento vertical, por vezes com natureza de supercélula (SC)», segundo o instituto.

«Estas perturbações são caraterizadas pela presença de um mesociclone (MC), que corresponde a um movimento de rotação na nuvem, organizado, mas que se estabelece apenas em altitude. Só em condições muito particulares é possível a formação de um tornado, a partir do referido MC», acrescentou.

Essas condições verificaram-se em dois pontos distintos do território nacional, no dia 28.

 

 

No caso do «episódio de vento forte em Benaciate, na Freguesia de São Bartolomeu de Messines, «pela análise das observações com radar, documentação e relatos, confirmou-se que a ocorrência esteve associada a um tornado».

Pelas 17h07 UTC a supercélula situava-se ainda sobre o mar, localizando-se nas proximidades de Lagoa dez minutos depois. Com uma advecção de 22,5 m/s (81 km/h) na direção es-nordeste, pelas 17h27 UTC esta SC situava-se próximo do local de onde foi reportada a ocorrência e, dez minutos mais tarde, já se encontrava após a auto-estrada A2. Este tornado destruiu duas casas pré-fabricadas, danificou outras habitações e causou a queda de árvores de grande porte que danificaram viaturas, a queda de postes de telecomunicações e de energia. Ignora-se a extensão e largura do trajeto de destruição deste fenómeno», descreve o IPMA.

«Uma análise preliminar dos efeitos da destruição reportada no local, aponta para que o fenómeno tenha alcançado uma intensidade de, pelo menos, F1/T2 (escala clássica de Fujita/escala de Torro), correspondendo a vento na gama 33-41 m/s, ou seja, 119-148 km/h (rajada, média de 3s). Estes valores devem ser considerados como provisórios, podendo vir a ser confirmados ou alterados proximamente», concluiu o instituto.

 

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