Já nasceu a Associação Geoparque Algarvensis

Esta associação será responsável por submeter a candidatura durante o próximo ano

Já nasceu a Associação Geoparque Algarvensis, que junta os Municípios de Loulé, Silves, Albufeira e a Universidade do Algarve, e passará a gerir a candidatura do Território Algarvensis a Geoparque Mundial da UNESCO.

Passados três anos (Dezembro de 2019) da assinatura do protocolo de entendimento entre as três Autarquias, a Universidade do Algarve, e o CIMA – Centro de Investigação Marinha e Ambiental, este foi o momento de se constituir a respetiva unidade de gestão.

É que será esta associação a responsável por submeter a candidatura durante o próximo ano.

O passo seguinte será a realização da primeira Assembleia Geral, com a tomada de posse dos respetivos órgãos sociais, aprovação do plano de atividades para o ano de 2024 e discussão das linhas mestras do Plano Estratégico para o Território Algarvensis para os próximos quatro anos.

Para Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, este é «um dia feliz num caminho que tem ainda algumas etapas pela frente».

O autarca não tem dúvidas de que, «dadas as características, a vontade política e a densidade do trabalho já realizado que irá constituir o conteúdo da candidatura a apresentar em Paris, na sede da UNESCO, será coroada de sucesso».

Já Rosa Palma, presidente da Câmara de Silves, sublinhou que este é um projeto que não passa só pela área científica mas só é possível «com o envolvimento das pessoas».

«Temos contado com o excelente trabalho da Universidade do Algarve em todas as vertentes (Paleontologia, Geologia, Botânica…). Mas o projeto só se consegue se for mais identitário do local onde faz parte, e se as pessoas começarem por divulgar aquilo que é o seu território, desenvolvendo em si o sentimento de pertença», afirmou a autarca.

O outro signatário foi José Carlos Rolo, edil de Albufeira, que realçou as mais-valias deste aspirante a Geoparque.

«Irá diversificar a oferta turística, com uma aposta num turismo científico, como forma de quebrar um pouco a sazonalidade, já que não se trata de ‘sol e praia’ e, como tal, pode complementar um pouco aquilo que é a nossa atividade principal. Para além disso, irá desenvolver tudo aquilo que está envolvido nas nossas comunidades, como seja o artesanato, a gastronomia e atividades de outra índole que possam estar inseridas neste grandioso projeto», disse.

Por seu turno, Paulo Águas, reitor da UAlg, manifestou a alegria em fazer parte da constituição desta associação.

«Os nossos professores e os nossos investigadores estão fortemente comprometidos com este projeto, um projeto transformador do território, claramente alinhado com os desafios da sustentabilidade, e é também para isso que estamos cá. A Universidade do Algarve foi criada e existe para cooperar com as entidades regionais e locais, no sentido de construirmos um melhor Algarve e um melhor futuro para as nossas gentes», frisou Paulo Águas.

O desenvolvimento de atividades ligadas ao turismo criativo, à sensibilização para as alterações climáticas e preservação dos valores naturais, à valorização da gastronomia e produtos locais, ao património cultural e imaterial, entre outros aspetos, será uma das prioridades de trabalho da Associação Geoparque Algarvensis, procurando deste já parceiros para a área da geoeducação, geoconservação e geoturismo.

As entidades que operem neste território, nas mais diversas áreas de atuação, e que tenham na sua cultura, critérios de responsabilidade com o ambiente, património cultural, e valorização dos recursos endógenos, poderão desde já apresentar as suas propostas de parceria e projetos ao aspirante Geoparque Algarvensis, para uma maior dinamização socioeconómica do território.

 



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