Com uma população cada vez mais envelhecida, os dois países partilham a mesma preocupação: como se promove um envelhecimento ativo e saudável? A Embaixada do Reino Unido em Portugal tem dedicado «muita atenção» a este tema e veio a Loulé, na tarde de quinta-feira, 28 de Setembro, conhecer um projeto inovador e elogiar a atenção que também tem sido dada a esta temática.
O embaixador Christopher Sainty foi recebido no Salão Nobre da Câmara de Loulé, com direito a uma apresentação do Centro de Competências de Envelhecimento Ativo (CCEA).
Esta é uma infraestrutura sediada em Loulé e que tem como objetivo criar estratégias de formação a pensar em todos os que lidam, de alguma forma, com o envelhecimento.
Depois de ter sido inaugurado em Abril, o Centro já está a funcionar – e terá futuras instalações, feitas de raiz, na zona do Parque das Cidades.
O CCEA quer dar «um contributo fundamental para a melhoria dos cuidados prestados aos mais idosos», através de nova e melhor formação de profissionais dos lares, mas também dos cuidadores informais.
Nuno Marques, antigo presidente do Algarve Biomedical Center, é o diretor executivo deste centro e também foi escolhido, pelo Governo, como coordenador do Plano Nacional para o Envelhecimento Ativo e Saudável.
Este plano, apesar de ainda não estar concluído, irá apostar em áreas como a nutrição, o exercício físico e o combate ao tabagismo e alcoolismo… com o Reino Unido a ser uma referência.
«É uma área em que os ingleses já apostam muito e têm medidas implementadas que podem servir de modelo para nós, não só a nível nacional, como local», explicou Nuno Marques ao Sul Informação.
De resto, a «articulação» entre países foi uma das prioridades definidas pelo Governo, com esta visita a servir para «estreitar laços».
É que, como referiu o embaixador Christopher Sainty, a temática do envelhecimento ativo é uma «prioridade partilhada pelos nossos dois países».
«Nos últimos cinco anos, temos procurado, na Embaixada, criar um diálogo entre Portugal e o Reino Unido sobre o envelhecimento saudável. A realização de quatro fóruns anuais entre os dois países sobre esta temática, com uma participação de membros do Governo, autarquias, académicos, representantes do chamado terceiro setor, empresas, entre outras entidades, espelha também essa preocupação comum», considerou o diplomata.
De resto, Christopher Sainty elogiou o «progresso que Loulé tem feito neste campo».
«Espero que possamos contar com a ajuda da cidade de Loulé, do Centro de Competências de Envelhecimento Ativo e do Observatório Nacional do Envelhecimento para aprofundar o diálogo entre os nossos países e promover o envelhecimento saudável das nossas populações», reiterou.
Esta visita serviu também para o embaixador agradecer ao presidente da Câmara de Loulé e aos funcionários «a bondade e a compaixão para com os membros da comunidade britânica» durante o Brexit.
Já Vítor Aleixo disse que o processo de emissão dos passaportes aos cidadãos britânicos, com a instalação de equipamento necessário, «foi um sucesso».
No seu discurso, o autarca louletano destacou ainda o empenho do Município em criar as condições para os seus cidadãos nesta matéria do envelhecimento ativo e saudável e do envolvimento em projetos como o Observatório criado em Alte.
Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação
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