Encontros do DeVIR falam de emergência ecológica e guerra em cinco cidades algarvias

Haverá 13 obras criadas especificamente para este festival

Teatro, dança, escrita, fotografia, cinema e ilustração. A 9ª edição dos encontros do DeVIR começa a 20 de Setembro e passará por Faro, Loulé, Lagoa, Lagos, Quarteira e Bragança. 

Haverá 13 obras criadas especificamente para este festival que abordam a mutação climática e a emergência ecológica.

A programação divide-se em duas fases (entre Setembro e Novembro deste ano e Janeiro e Fevereiro de 2024). Entre Bragança, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé e Quarteira, os encontros do DeVIR convocam criadores portugueses e ucranianos, e cientistas ibéricos para partilharem as suas reflexões, incompreensões e possibilidades, partindo do mote desta 9.ª edição:

O primeiro espetáculo acontece a 12 e 13 de Outubro, no Cineteatro Louletano, onde será possível assistir a “Aquilo que há-de vir”, encomenda de criação na área do teatro à atriz, performer e encenadora Paula Diogo.

Este espetáculo integra ainda a leitura de “O que restará depois da guerra?” pela sua criadora, a poetisa e jornalista ucraniana Yuliia Iliuka e que será ilustrado pela designer digital Oksana Drachkovska, refugiada em Barcelona.

Será ainda apresentada a primeira parte dos documentários “Playa Futura” (Espanha) e o “Futuro das Praias” (Portugal) que fazem um paralelismo e questionam as problemáticas e a evolução da Costa de Cádis e da Costa do Algarve. Estes documentários serão exibidos faseadamente e integram alguns dos espetáculos do festival.

Entre 19 e 21 de outubro, é apresentado no CAPa, Centro de Artes Performativas do Algarve (Faro), um segundo espetáculo que integra um conjunto de encomendadas de criação.

“Caravela”, da atriz Leonor Cabral, “A eterna idade (de onde vim? para onde vamos?)” texto de André e Teodósio, ilustrado pelo designer gráfico Afonso Martins, e ainda a segunda parte dos documentários “Playa Futura” e o “Futuro das Praias”.

O terceiro espetáculo terá apresentações no Cineteatro Louletano nos dias 24 e 25. É constituído por “(Dis)connect”, do bailarino e performer ucraniano Dmytro Grynov, refugiado em Berlim, “por de onde vimos?”, “para onde vamos?”, “pelo amor é que vamos”, texto da autoria de Cátia Oliveira/A Garota Não, que será lido pela própria, com ilustração de A Cristina Faz, nome artístico de Cristina Viana, e ainda a terceira parte dos documentários que abordam o futuro das praias do sul da península ibérica.

O quarto e último espetáculo desta primeira fase do Festival integra a programação do CAPa, Centro de Artes Performativas do Algarve, entre 2 e 4 de Novembro, e apresenta a peça 1998 – elemento 1 – água da autoria de Patrícia Portela, o texto guerra e natureza, do premiado romancista, jornalista e ativista ucraniano Stanislav Aseyev com ilustração de Mari Kinovych.

Inclui ainda a exibição da quarta e última parte de Playa Futura e de o Futuro das Praias, ficando assim completa a apresentação integral destes dois documentários.

Fazem parte dos momentos únicos de apresentação, a performance e(u)co(m)lógica – o futuro é o nosso presente modificado, do bailarino, coreógrafo José Laginha, a 20 de Setembro, no Teatro Municipal de Bragança. A performance é destinada aos alunos do ensino secundário e propõe uma reflexão que cruza a Crise Climática e funcionamento do Cérebro Humano.

De regresso ao Algarve, um mês depois, a 20 de Outubro, no CAPa, Centro de Artes Performativas do Algarve, e destinado a todo o público, apresenta-se ato “ÚNICO”, a noite dos fotógrafos. No caso, cinco repórteres de guerra ucranianos e um português.

A 28 de Outubro propõe-se (em)RISCO um dia na Culatra, uma viagem pela paisagem desta ilha da Ria Formosa, que dá a conhecer a sua evolução e apresenta as perspetivas de futuro daquele território tendo por base investigações e previsões científicas.

O percurso é acompanhado por Óscar Ferreira, Ana Matias e Rita Carrasco, do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA), da Universidade do Algarve, pelos fotógrafos Vasco Célio e Luís da Cruz e por Silvia Padinha, da AMIC – Associação de Moradores da Ilha da Culatra.

Nesse mesmo dia, mas à noite, realiza-se no CAPa, Centro de Artes Performativas do Algarve, (a)RISCO conversas informadas, um momento de reflexão partilhada sobre a realidade das praias, das costas do Algarve e de Cádis.

Nessa conversa, mediada por Jorge Gallardo, da Párpado (Espanha), participam Óscar Ferreira, do CIMA, Fernando Perna, da Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo, da Universidade do Algarve, Gonçalo Duarte Gomes, da Associação Portuguesa de Arquitectos Paisagistas (APAP), Javier Benavente e Manuel Arcila, da Universidade de Cádiz, e Joanna Crowson, da Párpado/Bee. Time.

De resto, também haverá a apresentação da plataforma digital “ARTEPENSAMENTO&informação” em diversas escolas do ensino secundário, a exposição de fotografia 24.02.2022, o dia mais longo que nunca mais acabou, do jornalista David Araújo, e o filme de Jorge Jácome “Super Natural”.

 



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