Ministro do Mar mergulha no santuário dos cavalos-marinhos na Ria Formosa

Há duas Áreas de Proteção para salvaguardar os cavalos-marinhos da Ria Formosa criadas em 2020

Florian Sturm, Jorge Palma, Ricardo Serrão Santos, João Rodrigues – Foto: ©Frederico Cardigos

O ministro do Mar mergulhou esta semana num dos santuários de cavalos-marinhos recentemente criados na Ria Formosa, no Algarve, local onde foram libertados animais em novembro passado.

O convite partiu do fotojornalista de conservação João Rodrigues (Chimera Visuals), o qual documentou a visita do ministro a englobar em dois projetos fotojornalísticos em curso para as revistas internacionais Stern e Green Peace.

Ricardo Serrão Santos foi acompanhado pelo investigador do Centro de Ciências do Mar do Algarve, Jorge Palma, que aproveitou a oportunidade para mostrar in loco ao ministro «quer os cavalos-marinhos, quer o trabalho que ali temos desenvolvido», nomeadamente as estruturas artificiais colocadas para recriar habitat natural e onde estes se podem fixar e uma zona de transplante de ervas marinhas.

Cavalo-marinho – Foto: © Diogo Paulo

Segundo o CCMAR, «as ótimas condições da água permitiram localizar os animais e avaliar as condições do local onde há quatro meses foi libertado um grupo de 60 cavalos-marinhos, a maioria nascidos em cativeiro, naquela que foi a primeira ação de repovoamento neste local».

Em 2001, um estudo revelou que a Ria Formosa era a zona de maior densidade de cavalos-marinhos do mundo, mas um censo realizado em 2018 apontou para um decréscimo de mais de 90% daquela comunidade na última década, comprometendo seriamente a sua conservação, e tornando-as espécies em risco de extinção local.

A 3 de Março de 2020, foram criadas, pelo Parque Natural da Ria Formosa (PNRF)/Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), duas Áreas de Proteção para salvaguardar os cavalos-marinhos da Ria Formosa, cuja população diminuiu abruptamente nos últimos 20 anos.

As duas zonas, uma em Olhão – localizada no recovo a nascente do núcleo da Culatra (Ilha da Culatra) – e a outra em Faro – a norte da Cabeça do Morgado, (Geada) – perfazem aproximadamente uma área de 0.61 quilómetros quadrados onde é proibida a circulação de todas as embarcações.

 



Comentários

pub