Se incêndio teve origem nos trabalhos do parque eólico, seguros podem ajudar a cobrir prejuízos

Se vier a provar-se que o incêndio do Cachopo teve origem nas obras do Parque Eólico, poderão vir a ser […]

Se vier a provar-se que o incêndio do Cachopo teve origem nas obras do Parque Eólico, poderão vir a ser pedidas «as devidas indemnizações», até porque serão «acionados os seguros» que salvaguardam este tipo de atividade económica, revelou Jorge Botelho, presidente da Câmara de Tavira.

Em declarações ao Sul Informação, o autarca confirmou a existência de um primeiro relatório às causas do incêndio, cujas conclusões já foram avançadas em diversos órgãos de comunicação social, mas prefere deixar este caso na esfera judicial. «Agora, vamos ver se há matéria para o Ministério Público avançar com uma acusação», limitou-se a dizer.

A imprensa generalista dá ainda conta de um relato de fonte judicial de que o primeiro foco de incêndio surgiu na sequência de uma queimada de combustão lenta que os funcionários da empresa estariam a fazer numa clareira junto a um poste de transporte de energia.

Entretanto, vários trabalhadores da empresa CME, que está a construir o parque eólico do Cachopo, foram constituídos arguidos por suspeita de terem provocado o incêndio que, em julho, destruiu cerca de 26 mil hectares, nos concelhos de Tavira e São Brás de Alportel, mas a empresa já disse não ter encontrado indícios de culpa por parte dos seus colaboradores num inquérito interno que realizou logo após os fogos.

No Cachopo, no segundo dia de incêndio e numa altura em que as chamas estavam à porta da aldeia serrana tavirense, esta era já uma possibilidade avançada por muitos populares para a origem do incêndio. Uma suspeita que as pessoas repetiram aos responsáveis camarários que fizeram o levantamento dos estragos, no terreno, e que a PJ também partilha.

O incêndio que grassou nos concelhos de Tavira e São Brás de Alportel há cerca de três semanas destruiu dezenas de casas e anexos, para além de ter afetado profundamente a base da economia da Serra do Caldeirão, assente no setor agro-florestal, deixando atrás de si uma imagem desoladora de destruição.

 

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