Moça loira farense dá-se a conhecer no Alameda Beer Fest

Uma Moça loira, nascida em Faro, vai revelar-se hoje no Alameda Beer Fest. A mais recente cerveja artesanal algarvia será […]

Cerveja Moça (1)Uma Moça loira, nascida em Faro, vai revelar-se hoje no Alameda Beer Fest. A mais recente cerveja artesanal algarvia será apresentada – e dada a provar – no evento entre as 18h30 às 19h30.

A Moça vai começar a ser comercializada a partir de domingo na cervejaria Bohéme, na baixa de Faro, que partilha os proprietários com o restaurante Vila Adentro, onde nasceu a ideia de criar esta cerveja.

A Moça loira – a caminho está também uma morena e uma ruiva – «é uma cerveja de trigo frutado, com um acentuado aroma e travo a laranja. Fizemos questão de usar laranjas algarvias e, neste caso, farenses. É, por isso, um produto genuinamente farense», explica Pedro Alves, “pai” desta Moça, que desenvolveu a ideia com a sua mulher Vera Borges.

Esta cerveja é de tal forma genuinamente farense que o seu objetivo foi o de«conseguir conciliar as lendas, com a questão da Fábrica da Cerveja que existe aqui, e que nunca produziu cerveja, foi apenas um armazém de cereais». Por isso, «cada rótulo tem uma lenda escrita. A loira tem uma lenda, a ruiva terá outra, e a morena outra, que se conjugam com a temática da cerveja artesanal».
Mas porquê Moça, e não outro nome qualquer? «Não foi o primeiro nome mas, curiosamente, depois de o pormos em prática, chegámos à conclusão que temos três boas raparigas no Algarve: a Marafada, a Moura e a Moça. O nome é um regionalismo, não é brejeiro, e encaixa bem noutras culturas. Se formos para outras marcas, temos a Vadia, a Passarola, a Rapada… é difícil jogar com estas marcas noutros mercados. A moça é algo que “entra bem”, desde pessoas mais antigas, à camada mais jovem, abrange vários segmentos de mercado, o que faz com que a nossa campanha de marketing funcione, quer na parte das lendas e da história de um produto regional, quer numa parte mais lúdica, mais engraçada, inclusive dos piropos», explica Pedro Alves.

Cerveja Moça (2)
Pedro Alves e Vera Borges

A Moça loira é a primeira a mostrar-se ao mundo e chega primeiro porque ajuda a refrescar nos dias de maior calor. «Esta é a Moça mais leve, por ser de trigo frutado. É mais indicada para o Verão e tem pouco teor alcoólico: 5,1%. Embora já tenhamos a ideia para as outras receitas, aplicamos todos os esforços para que esta fosse a primeira a ser lançada».

Mas, para provar as outras Moças, não será preciso esperar muito. «As receitas estão preparadas e estão em fase de teste, já no próximo mês sairão para o mercado. Tivemos uma primeira pequena produção da loira, para dar a conhecer a cerveja, teremos outra produção em maior escala da mesma e, depois, serão lançadas as outras duas para termos as três variantes que idealizamos desde o princípio. O que concebemos desde Novembro do ano passado, foi uma cerveja frutada, uma stout e uma ruiva», explica o empresário.

Apesar de, inicialmente, a Moça estar apenas disponível na cervejaria Bohéme, o próximo passo não vai demorar muito a ser dado. «Queremos uma cerveja que possa ser comercializada em qualquer ponto do país e que possa levar a imagem de Faro por esse país fora e esse mundo fora, esse é o sonho que nós temos. A primeira produção é mais limitada e só nós a vamos comercializar mas, no prazo de duas, três semanas, já teremos capacidade para colocá-la em outros lugares para venda».

Este ano, a Moça vai ter uma passagem rápida pelo Alameda Beer Fest mas, para o ano, quer assumir-se como um dos atrativos do evento. «Para o ano queremos estar lá como mais uma marca representativa do Algarve e a vender em força, de preferência, já com as três Moças», ambiciona Pedro Alves.

Na apresentação de hoje, vai estar presente Nicolas Billard, mestre cervejeiro que ajudou a implementar a marca para «explicar todos os pormenores. Ele, como mestre cervejeiro, tem conhecimento técnico mais aprofundado do que nós e vamos aproveitar essa boleia do Alameda Beer Fest para dar-nos um impulso».

Um impulso que também poderá ser dado quando a Moça tiver a sua própria “casa”. «Não temos instalações próprias para a produção. A receita foi concebida no Vila Adentro e a matéria prima sai de cá, mas utilizámos a fábrica da cerveja Vadia para fazer a primeira produção da Moça. Eles fazem o favor de fazer as primeiras fornadas de cerveja, com o objetivo de criarmos as nossas primeiras instalações. O projeto foi desenvolvido com candidaturas ao Portugal 2020 e a primeira candidatura aprovada só nos permite produzir utilizando outras instalações, agora está em curso outra, para termos as nossas prórpias instalações».

A partir de domingo, na cervejaria Bohéme, a Moça – que, segundo o slogan, «é mesmo boa!» vai poder ser comprada por 3,5€ (garrafa) ou 2,5€ (pressão).

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