Greve arranca sem filas, mas com postos da REPA esgotados

Para já, não há corrida aos postos de abastecimento

Bombas fechadas e postos, da Rede Estratégica de Abastecimento (REPA), onde também não há pinga de combustível. A greve dos motoristas de matérias perigosas arrancou esta segunda-feira, 12 de Agosto, com os efeitos a já serem notórios no Algarve.

O cenário até é, nalgumas bombas, de aparente tranquilidade, apesar de a paralisação já ter arrancado. Muitas pessoas aproveitaram os últimos dias da semana passada para se precaver e, por isso, pelo menos para já, não há corrida aos postos de abastecimento.

Esta manhã, o Sul Informação percorreu, por exemplo, as três bombas da cidade de Loulé, onde encontrou alguns automobilistas a tentar encher o depósito.

Em duas delas (BP, junto ao Modelo, e Galp, na Avenida Laginha Serafim, sentido Faro-Loulé), já não havia pinga de combustível.

 

 

A única que ainda está aberta é mesmo a Galp, também na Avenida Laginha Serafim, mas no sentido Loulé-Faro, na qual só há gasolina. E nessa até havia pessoas a encher os já tão famosos jerricãs, com combustível.

De acordo com os dados disponibilizados pelo site “Já não dá para abastecer”, em todo o Algarve só existem oito postos com gasóleo. De resto, 75 já não têm nem gasolina, nem gasóleo. No entanto, apesar de fidedigna, esta não é uma informação oficial.

Quatro destas bombas até fazem parte da Rede Estratégica de Postos de Abastecimento (REPA) para veículos não prioritários: Galp, em Lagos, Intermarché, de Ferreiras, Repsol, em Albufeira, e Intermarché de Vila Real de Santo António.

Em todo o caso, esta é uma situação que se deve ao facto de estes postos ainda não terem sido reabastecidos.

As bombas da REPA, recorde-se, têm um limite de 15 litros, ao passo que em todas as outras o limite é de 25… isto, claro, se houver combustível.

 

 

Numa altura em que o Algarve triplica a população, esta greve pode afetar o funcionamento das unidades hoteleiras, mas a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE) garante que a região tem os depósitos de gás cheios, tanto para hotéis, como para hospitais.

Segundo o jornal Eco, um responsável da ENSE garantiu ao primeiro-ministro António Costa que «há unidades autónomas de gás no Algarve que têm combustível suficiente para sete ou oito dias».

A greve, que começou esta segunda-feira, não tem fim à vista. O Governo decretou serviços mínimos entre 50 a 100%, mas o Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas já ameaçou boicotá-los.

No Algarve, há 21 postos de abastecimento na REPA e mais quatro destinados a veículos prioritários [ver mapa aqui].

 

Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação

 

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