Osvaldo Gonçalves na Algar mostra que PS faz da empresa «central de reciclagem partidária»

Não é a primeira vez que um autarca do PS salta da presidência de uma Câmara para este lugar na Algar

O PSD/Algarve criticou, esta segunda-feira, 29 de Abril, a saída de Osvaldo Gonçalves, presidente da Câmara de Alcoutim, para administrador da Algar. Os sociais-democratas acusam o PS de fazer desta empresa uma «central de reciclagem partidária». 

Em comunicado, o PSD/Algarve diz que, «além da óbvia questão do compromisso que fica por cumprir com a população de Alcoutim, sobretudo numa altura em que dossiers críticos com a Ponte de Sanlucar ou a falta de médicos no concelho estão por resolver, avulta a total ausência de competências de gestão nesta área que a pessoa em causa manifesta».

«Nada no seu currículo dá as mínimas garantias de que pode ser útil para a empresa. Pelo contrário: Alcoutim representa para a Algar 0,003 % da sua atividade», acrescenta.

Em 2018, foi criado novo cargo para vogal executivo do Conselho de Administração da Algar – empresa privada da qual os 16 municípios do algarvios têm uma parte minoritária do capital social -, em representação da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL).

A razão de ser, explicada pelo Sul Informação nessa altura, devia-se ao facto prestado pelo Algar não estar «a ser bom, motivando frequentes queixas dos municípios, em especial devido à falta de capacidade de resposta da empresa no período do Verão».

O primeiro vogal nomeado pelos municípios, foi Nuno Amorim, à época vice-presidente da Câmara de Lagoa, com uma vasta experiência em gestão empresarial, resíduos, e formado em Direito.

Seguiu-se, em 2021, a entrada de Adelino Soares que, à época, também era presidente de Câmara, mas em Vila do Bispo. A saída de Adelino provocou, na altura, críticas da sua sucessora Rute Silva.

Na opinião do PSD/Algarve, apesar de ter sido criado o cargo, desde então «o serviço piorou e o preço disparou».

«Colocar pessoas sem competência e conhecimento da área a gerir os destinos da empresa não contribui para a sua melhoria, mas sim para o seu fracasso. Esta é a marca do PS. E a razão fundamental que está por detrás desta nomeação é garantir um “ exílio dourado” a quem estava no final do terceiro mandato e não se poderia recandidatar a presidente da Câmara, e abrir as portas da presidência ao número dois da autarquia, que, sendo presidente, teria melhores condições para a sua candidatura em 2025», acusam ainda.

«Ao mesmo tempo, desejam promover alguém para ser candidato a Castro Marim. É a “arte” da política com p minúsculo», concluem os social-democratas algarvios.

 

 

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