Maria João Raminhos Duarte lança livro “O Algarve em Transe – Os Loucos Anos 60 e 70 em Portimão”

Obra é editada pela Câmara de Portimão

Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

O livro “O Algarve em Transe – Os Loucos Anos 60 e 70 em Portimão”, de Maria João Raminhos Duarte, é apresentado no dia 24 de Abril, a partir das 18h00, no Museu de Portimão. 

Com edição da Câmara de Portimão, a obra relata com detalhe os acontecimentos que marcaram as décadas de 1960 e 1970 em Portimão e no Algarve, desde o boom do turismo até ao 25 de Abril.

Esta é, para autarquia, uma «leitura essencial para quem quer entender o passado e o presente desta terra e da região algarvia».

Segundo Maria João Duarte, que deu uma entrevista ao Sul Informação recentemente onde fala sobre esta obra, o livro «pretende comemorar, sem pruridos ideológicos ou ressentimentos, o 25 de Abril de 1974 em Portimão, o que lhe antecedeu e o que lhe sucedeu, demonstrando que a cidade, pelas suas características particulares, é um verdadeiro paradigma desses tempos em transe e antecipou muitas das mudanças ocorridas depois da Revolução dos Cravos no campo dos valores e no modo de vida das pessoas».

Para o efeito, a autora biografou as famílias e os principais elementos da oposição em Portimão, destacando individualidades, hábitos, modos de vida dos portimonenses e transformações ocorridas na cidade, no concelho e na sua economia.

Também incluiu uma série de subsídios biográficos de residentes, turistas, intelectuais, artistas, resistentes, operários, empregados de hotelaria ou anónimos que, de alguma forma, tiveram relevância para a reconstituição desta narrativa histórica e historiográfica dos anos 60 e 70, debruçando-se especificamente sobre a Praia da Rocha, o motor da transformação ocorrida pelo turismo, bem como o impulso dado à sociedade e à economia locais pela vinda dos ‘retornados’.

Doutorada pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Maria João Raminhos Duarte tem um vasto currículo no âmbito da História local e regional algarvia contemporânea, abordando temas como os industriais conserveiros, o movimento operário corticeiro e conserveiro, o regionalismo, a instituição do Estado Novo e sua oposição, a educação e assistência, entre outros.

Faz parte do Grupo “Usos do Passado”, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e é formadora acreditada pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua da Universidade do Minho.

Há 38 anos docente na escola pública, leciona em Portimão na Escola E.B. 2,3 Eng. Nuno Mergulhão, coordenando a escola “UNESCO”.

 



Comentários

pub