Algarve e Alentejo deixam de estar em seca após mês de Março chuvoso e com temperaturas normais

Segundo o mais recente boletim climatológico do IPMA

O Algarve e as partes do Alentejo que ainda estavam em situação de seca meteorológica, deixaram de o estar, após um mês de Março que «foi normal em relação à temperatura do ar e muito chuvoso em relação à precipitação», anunciou esta segunda-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no seu boletim climatológico relativo ao mês passado.

Isto significa que já não há locais em Portugal Continental em situação de seca, tendo mesmo boa parte do Baixo Alentejo e a zona mais a Barlavento do Algarve passado para uma situação de chuva fraca – o restante território de ambas as regiões está com um índice normal, que fica entre a chuva fraca e a seca fraca.

Quanto à precipitação, o IPMA revela que o total mensal foi de 177.8 milímetros (mm), um valor «quase três vezes o valor médio 1981-2010, sendo o 16º Março mais chuvoso desde 1931 e o 4º desde 2000. Durante o mês registou-se precipitação intensa, por vezes forte, nos períodos de 1 a 3 na região Norte e litoral Centro e nos dias 7 e 8 e 26 a 30 em todo o território».

Como o Sul Informação já tinha dado conta, houve volumes muito significativos de pluviosidade, no Algarve, em Março, nomeadamente na Fóia, em Monchique,  Loulé, Albufeira, Carvoeiro, Olhão, Fontes de Estômbar e Aeroporto de Faro.

A muita chuva refletiu-se, de resto, nos níveis das barragens do Algarve, apesar de ainda ser cedo para baixar a guarda, no que à poupança de água diz respeito.

Ainda assim, foi no Algarve, em Vila Real de Santo António, o local do país onde se registou o menor valor de precipitação, em Março (78.7 mm).

Já ao nível da temperatura do ar, Março foi um mês normal, em Portugal, mas voltou a bater recordes, a nível global, uma vez que foi considerado «o mais quente já registado no Globo, com uma temperatura média de 14.14°C, 0.73 °C acima do valor médio 1991-2020. Estima-se que o mês tenha sido cerca de 1.68°C mais quente do que a média pré-industrial de 1850-1900. Este é o décimo mês consecutivo mais quente já registado para o respetivo mês do ano».

2023 também foi o ano mais quente de que há registo, a nível global.

Olhando para a realidade nacional, «o valor médio da temperatura média do ar, 12.43 °C, foi muito próximo do valor normal 1981-2010 (+0.01 °C). O valor médio da temperatura máxima do ar, 17.23 °C, foi -0.34 °C inferior ao normal, sendo o 11º mais baixo desde 2000. O valor médio da temperatura mínima do ar, 7.63 °C, foi 0.36 °C acima da normal, sendo o 4ª mais alto desde 2000 (mais altos: 2001, 2003 e 2006)».

O IPMA destaca, por um lado, «os valores baixos de temperatura no inicio do mês (1 a 9) e no final do mês (25 a 31)» e, por outro, «o período quente entre 15 e 24 de Março com ocorrência de uma onda de calor nalguns locais do interior norte e Centro do território».

 

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