Tertúlia Farense inaugura memorial para imortalizar legado de Fernando Silva Grade

O memorial e o local onde foi instalado, o Parque Ribeirinho de Faro, remetem para as diferentes facetas do artista e ativista farense, que morreu em 2019

Um homem de «convicções firmes como um rochedo», mas também com uma «sensibilidade eterna como a natureza». É desta forma que Fernando Silva Grade, artista e defensor do ambiente e do património que morreu em 2019, ficará para sempre recordado num memorial que a Tertúlia Farense lhe dedicou e que foi inaugurado na quinta-feira, dia 20, no Parque Ribeirinho de Faro .

Dezenas de tertulianos juntaram-se para inaugurar o monumento, idealizado pela arquiteta Amélia Santos, com o apoio de Cristina Grilo, e que a empresa Algarbritas, que cedeu a pedra, e a União de Freguesias de Faro ajudaram a que fosse uma realidade.

Fernando Silva Grade, além de  artista plástico e ativista de causas ambientais e de defesa do património do Algarve, foi um dos fundadores da Tertúlia Farense, bem como um dos elementos mais ativos deste grupo informal de reflexão de questões ligadas à capital algarvia e à região.

O memorial foi, de resto, instalado no jardim que ladeia a rua do parque ribeirinho que tem o nome do homenageado, um local que «tem tudo a ver» com o malogrado artista, que era biólogo de formação e sempre se bateu por causas ambientalistas.

Segundo Fernando Leitão Correia, também ele fundador e principal dinamizador da  Tertúlia Farense, esta instalação artística surge para que «não nos esqueçamos nunca do trabalho que [Silva Grade] fez e do legado que nos deixou».

O elemento central do memorial, um enorme bloco de rocha calcária algarvia,com mais de 10 toneladas, já estava no local há cerca de dois anos e foi já com ele no Parque Ribeirinho que Amélia Santos imaginou a instalação.

«A pedra chegou em 2021 e percebi que era, só por si, insuficiente. Foi então que me lembrei deste elemento da moldura em aço corten, a remeter para um quadro ou tela, que também pode ser visto como uma janela para algo que está no horizonte», resumiu Amélia Santos.

Já Cristina Grilo, que coordenou todo o processo, considera que tanto a peça como o local escolhido «são espetaculares para homenagear o Fernando», até porque as últimas pinturas que criou foram relacionadas «com formações rochosas».

Além disso, Fernando Silva Grade também foi um grande defensor do património edificado histórico da região algarvia e sempre se bateu pela preservação da identidade cultural do Algarve.

Também presente na cerimónia, esteve o irmão do homenageado, João Grade, que, visivelmente emocionado, agradeceu o reconhecimento que foi feito.

 

Fotos: Hugo Rodrigues | Sul Informação

 

 

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