No início do mês, foi aberta uma nova rua em Portimão, na zona ribeirinha, junto à Casa Manuel Teixeira Gomes. Até aqui tudo bem, o pior foi quando plantaram seis palmeiras enormes no passeio, junto à Casa.
Imediatamente estalou a polémica no Facebook (“Livro das trombas”, numa tradução muito livre) com a malta do dedo rápido no gatilho a disparar em todas as direções, opinando, criticando e imaginando as mais rebuscadas teorias da conspiração.
Enfim, coisas que acontecem a todo o momento nas redes sociais. Diga-se de passagem que também não achei piada a mais este episódio de palmeirite aguda.
Passados uns dias, já o pó facebookiano tinha assentado, veio a explicação oficial de que as seis palmeiras, integradas no projeto do futuro Núcleo Museológico Casa Manuel Teixeira Gomes, o homenageavam duplamente, uma vez que eram um símbolo de uma casa abastada como era a sua e representavam o norte de África, onde faleceu.
Percebo a ideia, MAS…
Este grande MAS tem uma razão de ser. Se até a nova rua se chama José Libânio Gomes, pai do homenageado, que fez fortuna com o comércio de frutos secos, e a ideia é prestar tributo via árvores, porque não fazê-lo através de uma alfarrobeira, uma amendoeira e de uma figueira? Está bem, podem deixar também a palmeira pelas razões referidas.
E esta biodiversidade vegetal até refletiria as várias facetas de Manuel Teixeira Gomes: comerciante, diplomata, escritor, Presidente da República…
Será que isto seria uma ideia assim tão descabida?
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