Faro quer concluir até final do ano projetos das obras para transformar zona ribeirinha

Porto de recreio exterior e passadiço a Sul da linha férrea, entre o Centro Ciência Viva e o Largo de S. Francisco, são duas das obras previstas

Foto: Pablo Sabater/Sul Informação

A Câmara de Faro quer ter concluída, até final deste ano, a elaboração de todos os projetos de requalificação urbana previstos para a zona ribeirinha, incluindo o do futuro porto de recreio exterior, para ter obra no terreno o mais depressa possível, revelou ao Sul Informação Rogério Bacalhau.

O desejo do presidente da Câmara de Faro é terminar este seu 3º e último mandato com o máximo de obras em execução possível, nesta zona da cidade. Quanto às inaugurações, admite, será um próximo presidente de Câmara a fazê-las.

Após a Docapesca ter passado para o Município as competências sobre todo o espaço urbano da zona ribeirinha, incluindo a atual doca e toda a frente de ria entre o Largo de São Francisco e o Teatro Municipal, a Câmara terá mais facilidade em avançar com os projetos que tem para a frente ribeirinha.

E são muitos – e ambiciosos – os planos da autarquia para esta zona nobre da cidade.

«Quanto aos projetos que temos para a zona a Sul da linha de caminho de ferro, o relativo ao troço entre o Centro Ciência Viva e o largo de São Francisco foi-nos entregue agora. Estamos só a conferir todas as peças», revelou Rogério Bacalhau.

«Do projeto do porto de recreio exterior, já temos uma parte concluída. Pensamos ter o resto do projeto concluído também este Verão», acrescentou.

No caso desta obra, até já há Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável. «É algo que já vinha de um anterior projeto. O atual é um projeto mais ligeiro e, portanto, estamos a utilizar essa DIA para dar sequência ao porto de recreio».

Mais atrasada, está a elaboração do projeto da renovação da ligação do Teatro até à doca, «porque está dependente dos outros. Mas seria sempre a última fase da requalificação, uma vez que só devemos fazer a intervenção após o porto de recreio estar concluído, porque não faz sentido estarmos a requalificar aquilo e, depois, estarem ali a passar camiões das obras».

«Foi-nos entregue agora o projeto do Bairro Ribeirinho, que prevê a requalificação de toda aquela zona ali da rua Conselheiro Bívar, largo da Madalena e as ruas adjacentes. O planeamento da obra do eixo central, desde a Estação até ao largo São Francisco, também está numa fase final», resumiu o presidente da Câmara de Faro.

«Pensamos que, este ano, teremos todos estes projetos concluídos, para passarmos à fase seguinte, que é a do financiamento e da execução», revelou.

 

 

Para realizar as intervenções, a autarquia farense irá fazer candidaturas a fundos da União Europeia, mas, antecipa o edil farense, também será necessário «recorrer a financiamento externo ao município, uma vez que há coisas destas que não têm linhas de financiamento nos fundos comunitários».

«Esse é o passo seguinte: assim que tivermos os orçamentos e os projetos concluídos, procurar financiamento e tentar ver se conseguimos apoios europeus. Estamos a falar de alguns milhões de euros para executar tudo isto».

Quanto ao prazo de execução das obras, Rogério Bacalhau não se compromete com datas definitivas, assumindo, apenas, que já não será presidente da Câmara quando o grosso dos trabalhos for concluído.

«As obras não estarão, certamente, prontas em 2026 [Rogério Bacalhau não se poderá recandidatar nas próximas autárquicas, por ter atingido o limite de mandatos]. O meu objetivo é que elas estejam a decorrer, até porque são obras muito profundas e que têm que ser faseadas. Por exemplo: se as obras do eixo central e do Bairro Ribeirinho acontecessem ao mesmo tempo, nós tínhamos que pegar nas pessoas e levá-las para outro lado», ilustrou.

Certo é que estas obras «vão levar algum tempo», pelo que «têm que ser feitas de uma forma faseada».

Ainda assim, diz Rogério Bacalhau, daqui a dois anos e meio, quando terminar o seu último mandato, haverá, «certamente, obras a decorrer e pode haver fases concluídas, mas os projetos não estarão todos concluídos no final do mandato. Vão continuar para o mandato seguinte. O objetivo é ter os projetos prontos, porque sem eles não há obra. Quem vier a seguir, tem projetos para inaugurar e isso é muito bom».

 

 

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