A estratégia tem sido «um sucesso» e a Marinha garante que «vai manter» o combate ao narcotráfico, ao largo do Algarve, que permitiu, na madrugada desta terça-feira, 21 de Março, aprender mais 2,5 toneladas de droga.
Esta foi mais uma apreensão para o rol de dezenas que têm acontecido nos últimos meses e voltou a resultar de uma ação conjunta entre a Autoridade Marítima Nacional, Força Aérea Portuguesa e Marinha Portuguesa.
Em declarações aos jornalistas, no Porto Comercial de Faro, José Sousa Luís, porta-voz da Marinha, garantiu que este aumento de apreensões se deve também à maior fiscalização.
«Neste momento, já batemos todos os valores de quantidade de droga apreendida, de elementos identificados ou detetados em suposto tráfico e também embarcações de alta velocidade – isso poderá ser eventualmente devido ao aumento do fluxo de narcotráfico para Portugal, mas também houve um reforço de meios da Marinha e da AMN e mudanças na nossa tática», disse.

Para o responsável, os resultados dessa mudança «estão à vista».
«Tem sido um sucesso e a Marinha vai manter este combate ao narcotráfico com o empenhamento de vários meios», acrescentou.
Em relação a esta detenção em específico, o porta-voz da Marinha adiantou que, apesar da apreensão de uma embarcação rápida, houve outras duas que conseguiram fugir. O alerta foi dado por uma aeronave da Força Aérea.
«A aeronave detetou 3 embarcações suspeitas, mas duas conseguiam fugir para águas espanholas, tendo nós alertado as autoridades», explicou.
Em relação aos três tripulantes da lancha apreendida – dois marroquinos e um espanhol -, não apresentaram qualquer resistência à atuação das autoridades.
Questionado sobre se já é possível identificar alguma ligação entre estes detidos e outros alegados traficantes que têm sido apanhados no Algarve, Fernando Jordão, diretor da Polícia Judiciária no Sul, disse que não é possível, para já, estabelecê-la.
«Relação entre os transportadores não as temos feito: o que podemos é ter entre as redes que recebem a droga e isso é algo que estamos a estudar», explicou.
Segundo o responsável, «sempre houve tráfico de haxixe para o Algarve», mas ele era feito «noutras condições».
«Se aqui há uns anos falávamos de um combate mais perto da costa, hoje temos esta realidade diferente que cria traz dificuldades na deteção das redes, mas nos traz uma apreensão de droga mais fácil», disse Fernando Jordão.
Já Bernardo da Costa, chefe de relações públicas da Força Aérea Portuguesa, vincou a «cooperação» que permitiu mais esta apreensão.
«As operações têm permitido afinar procedimentos e esse é um aspeto que queria vincar», concluiu.
Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação
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