Olhão assume competências na saúde, mas pede ao Governo mais médicos de família

Autarquia diz que está disposta a ceder um espaço para instalação de uma nova Unidade de Saúde Familiar

A Câmara de Olhão vai assumir a partir de 1 de Fevereiro a responsabilidade pela manutenção e gestão do Centro de Saúde, bem como pelos assistentes operacionais que ali trabalham, após ter assumido oficialmente novas competências nesta área, na segunda-feira.  

António Pina, presidente da Câmara de Olhão, aproveitou a ocasião para transmitir quer ao ministro Manuel Pizarro, com quem assinou o auto de transferência de competências, quer ao secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, «as suas preocupações» pelo «facto de existirem, ainda 7 mil olhanenses sem acesso a médico de família».

Durante a tarde de dia 23, o autarca e a sua equipa acompanharam Ricardo Mestre numa visita ao Centro de Saúde, onde o governante  «trocou impressões com os profissionais e escutou as suas expetativas relativamente ao processo de descentralização de competências nas autarquias na área da Saúde».

De caminho, transmitiu ao secretário de Estado a necessidade de reforçar os quadros médicos no concelho.

«No que depender do Município, e apesar de o pessoal médico e de enfermagem não passar para o domínio das competências municipais, tudo faremos para criar condições para que todos os olhanenses disponham de um médico de família», considerou o edil olhanense.

 

 

«António Miguel Pina referia-se, em concreto, à disponibilização, por parte da autarquia, de um espaço onde possa vir a ser criada mais uma Unidade de Saúde Familiar, disponibilidade essa que foi transmitida esta segunda feira aos responsáveis máximos do ministério da Saúde», segundo a Câmara.

Quanto à transferência de competências na área da Saúde do Governo, determina que a partir da próxima semana a autarquia «vai passar a ter competências na área da gestão e manutenção dos imóveis e da frota automóvel, bem como, no que diz respeito aos recursos humanos, dos assistentes operacionais».

A assinatura decorreu à margem da iniciativa “Saúde Aberta”, que trouxe o ministro da Saúde e os seus dois secretários de Estado ao Algarve, para falar com autarcas e profissionais de saúde dos 16 concelhos do Algarve.

 

 



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